
Duas personalidades deixaram-nos durante o fim-de-semana que passou, uma das letras, outra do jornalismo. Na sexta-feira partiu o poeta, ensaista e tradutor irlandês Seamus Heaney, laureado com o Prémio Nobel da Literatura em 1995. Heaney era uma poeta na linha dos grandes poetas irlandeses, um contador de histórias sem igual, e um académico que fazia transbordar a paixão pela escrita e pela poesia, e talvez por isso tenha lecionado em Harvard e em Oxford - o melhor para o melhor. Nascido em Castledawson, Irlanda do Norte, há 74 anos, partiu dos vivos em Dublin, cumprindo o círculo de vida na ilha-esmeralda que amava, que o viu nascer e que sonhava um dia ver unificada.

Já este Sábado foi a vez de David Frost nos deixar, e curiosamente também aos 74 anos. Sir David Frost era uma das figuras televisivas mais querida dos ingleses, acumulando a sua formaço jornalística adquirida em Cambridge com a comédia e a escrita para TV. Foi ainda apresentador de concursos televisivos, e o seu último grande sucesso foi o programa "Breakfast with Frost", que deixava os britânicos ligados à BBC nas manhãs de Domingo durante 12 anos, entre 1993 e 2005. Ficou célebre a sua série de entrevistas a Richard Nixon em 1977, quando um ano antes o ex-presidente norte-americano tinha resignado do cargo após o caso "Watergate". As entrevistas deram origem a um livro, uma peça, e um filme, "Frost/Nixon", com Michael Sheen no papel do jornalista.
Sem comentários:
Enviar um comentário