Malala Yousufzai é uma menina paquistanesa de 15 anos que foi notícia em Outubro do ano passado quando foi alvejada na cabeça pelos talibã quando voltava das aulas em Mingora, no estado de Swat. Os talibã opõem-se à educação das mulheres, e têm destruído várias escolas no Paquistão que aceitam alunos do sexo feminino. Malala ousou ser uma voz dissonante, reclamando o direito das mulheres a receber uma educação, e quase pagou a ousadia com a vida. O atentado contra a jovem adolescente causou uma onda de indignação que levou milhares às ruas de Karachi, a maior cidade do Paquistão, protestando contra os radicais islâmicos que aterrorizam o país, impondo uma versão rígida do Islão, negando às mulheres alguns dos direitos mais básicos. Malala esteve entre a vida e a morte, e foi tratada na Inglaterra, onde fixou residência com o estatuto de refugiada. A jovem regressou agora às aulas na Edgbaston High School, em Birmingham, curiosamente uma escola unicamente de meninas, e que custa mais de 15 mil dólares (120 mil patacas) por ano. Certamente que não faltarão beneméritos que suportem os custos. A pequena heroína foi acompanhada até à escola no primeiro dia pelo pai, e diz ter saudades dos colegas e amigos no Paquistão, mas quer apenas viver uma vida normal, e espera adaptar-se o mais rapidamente possível à nova realidade, e fazer novos amigos na escola que agora frequenta. Malala está nomeada para o Prémio Nobel da Paz, e cajo seja escolhida pela Academia Sueca, tornar-se-á a mais jovem receptora do prémio.
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