Tem visto algum homem de Neandertal ultimamente? Não? Pudera, já estão extintos há 28 mil anos, e qualquer semelhança com um indivíduo menos dotado de beleza não passará disso mesmo: semelhança. O Neandertal volta a ser notícia devido a um novo estudo elaborado pela Universidade de Oxford em conjunto com o museu de história natural de Londres, que adianta uma nova teoria para a sua extinção. Analisados os crâneos de alguns Neandertais, concluiu-se que este antepassado do homem actual teria um cérebro de tamanho semelhante, mas os seus grandes olhos limitavam-lhe as capacidades cognitivas. Assim o cérebro dedicava mais espaço e recursos ao sentido da visão, e menos ao processamento da informação. É caso para dizer que o Neandertal via muita coisa, mas exclamava sempre: “que m… é esta, pá???”. A visão mais apurada era útil durante as noites mais longas, próprias das regiões onde habitavam, mas a falta de capacidades cognitivas, vulgo “burrice”, tornaram-nos menos aptos para lidar com mudanças como a Idade de Gelo. O Homo Sapiens, com que ainda conviveu, era mais dotado de inteligência, criou roupas quentes e organizou-se em grupos sociais maiores. Há quem diga que os Sapiens ainda os terão avisado: “Ó Neandertal, agasalha-te e vai para dentro que está frio!”, mas os Neandertáis estavam entretidos a olhar para qualquer coisa com aqueles olhões que atrapalhavam a mioleira. Mesmo assim eram considerados “inteligentes”; durante os 250 mil anos que habitaram a Terra fabricaram roupas e utensílios, utilizavam o fogo e enterravam os mortos com rituais. E viram tanta coisa que nunca chegaram a entender, coitados.
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