Enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS), considera elevar o alerta de epidemia do vírus do Ébola para "situação crítica global", a situação nos países onde mais este surto teve o seu início agrava-se a cada dia que passa. O número de mortes nos três países da África Ocidental mais afectados já ultrapassa o milhar, e na Nigéria, o mais populoso país do continente, já se registaram vários casos, e os profissionais de saúde daquele países temem o pior. Na Libéria há famílias que abandonam ainda vivos no meio da rua os seus membros infectados com o Ébola, ficando a apodrecer, causando o pânico entre os transeuntes, que vão sendo cada vez menos - escolas, serviços governamentais e outros locais públicos foram encerrados na quarta-feira em muitas cidades do epicentro da epidemia, dando-lhes um aspecto abandonado e tenebroso. Como a taxa de mortalidade dos infectados pela estirpe EBOV do vírus, a mais agressiva das cinco existentes, é na ordem dos 80-90%, os doentes recusam-se a procurar os centros de isolamentos, pois consideram-nos "antecâmeras da morte". As autoridades sanitárias chinesas estão também em estado de alerta, pois com as notícias da chegada do Ébola à Nigéria, o foco de atenção vira-se para os cidadãos dessa nacionalidade a viver no continente - só na cidade de Guangzhou são mais de 50 mil. De mortalidade elevada, difícil de conter, sem cura e com um elevado risco de contágio, o Ébola é a sombra mais negra que paira neste momento sobre a humanidade. Para quem acredita no poder da oração, é esta a hora. Do que estão à espera?
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