O tema forte deste blogue nos últimos dias tem sido o referendo civil, a iniciativa que as três associações que reúnem o "all-star team" dos activistas da pró-democracia em Macau levam a cabo desde o último Domingo e até dia 31, e que tem deixado o Executivo local à beira de um ataque de nervos. Sendo este um espaço de "variedades", com actualidade, vídeos, humor (já sei que não tenho piada, mas considero-me "camp"), desporto e principalmente opinião - a minha opinião - decido as prioridades, se não se importam. Obrigado. Em mais de vinte anos (21 desde 10 de Agosto) que vivo em Macau, nunca assisti a um momento de maior agitação política do que este que temos vindo a passar desde finais de Maio, altura em que a contestação a um diploma que dava poderes especiais ao Chefe do Executivo e benefícios chorudos ao seu séquito levou às ruas 10 mil pessoas, na maior manifestação de sempre da história do território, antes e depois da transferência de soberania. Se há quem insista que isto abala a frágil flora do segundo sistema, vigente desde 20 de Dezemnbro de 1999, é porque passou todo este tempo a acreditar num conto da fadas - se o sistema não tolera uma (1) manifestação de dez mil pessoas, então este sistema é um "tigre de papel", recorrendo a um chavão muito em voga nesta região do globo.
Não é segredo nenhum que este "tsunami" político que varreu Macau é consequência do terramoto que teve epicentro aqui ao lado em Hong Kong, onde existe uma economia sustentada que nasceu da força e da inteligência dos homens e das mulheres que ali nascem, vivem e morrem. Em Macau temos casinos. Pois, não se trata de nenhum ponto final prematuro, este, as coisas são o que são, e aos iluminados de algumas economias asiáticas, que olham para os números de Macau e encontram uma solução milagrosa, aconselhava que viessem até Macau ver o que isto é, e não apenas de férias; também não precisam de ficar aqui a viver, basta passarem 15 dias e vão ver o que custa ter à porta de casa a meca do jogo. Assim, e com a inflação, a especulação, a (não) distribuição de riqueza, a juntar ao desinvestimento e abandono das infra-estruturas, Macau é um oásis com o 6º maior PIB per capita do mundo segundo o banco mundial, à frente do Kuwait, mas enquanto ali andam de camelo até ao palácio, aqui os camelos somos nós, e como referiu muito oportunamente aquele funcionário de um casino durante a manifestação dos "croupiers" esta semana (uma das actividades de Verão aqui na terra), "trabalhamos num palácio e vivemos num buraco". Atentem ali em cima à fabulosa ilustração do cartoonista Rodrigo de Matos, e nem é necessário um esforço para produzir mentalmente esta imagem.
De facto passa tanto dinheiro por Macau, dinheiro a rodos. Voltando aos tais números "per capita", isto traduz-se em 90 mil dólares anuais, ou seja, cada residente de Macau ganha em média 720 mil patacas por ano. Dividindo isto por 14 meses, usando o meu exemplo, dá qualquer coisa como 51,428 patacas por mês. Reparem que nem vou ao ponto de dividir por 12 meses, o que certamente será o normal entre a maioria da população, pois assim teria 60 mil patacas mensais "redondas". Em Macau duvido que mais de 5% da população ganhe metade desse valor, ou mais. Macau chegou ao ponto em que um casal com rendimentos líquidos de 20 mil patacas vive melhor que outro com o dobro dos rendimentos, desde que tenha casa própria, com as prestações da hipoteca completamente liquidadas. É que por um fabuloso apartamento num edifício "vintage", cheio de potencial histórico (no sentido de "passar à história brevemente") custa actualmente qualquer coisa como 3 ou 4 milhões de patacas - entre 300 mil euros e pouco menos de 400 mil. Escusado será dizer que por qualquer coisinha mais decente, paga-se muito mais, às vezes o dobro, e no caso do segundo casal, que ganha 40 mil patacas mensais, irá precisar de dispender 70% do seu orçamento mensal para acabar de pagar a casa em 30 anos. Com a qualidade da construção em Macau, terá sorte se não lhe cair o prédio em cima ainda antes de liquidar a hipoteca. Olhando as coisas pelo lado positivo, não precisará mais de andar a apertar o cinto, e passar uma vida de emoções, fazendo diariamente o percurso casa-trabalho e trabalho-casa.
Reparem no ar de felicidade daquela residente de Macau, igual a muitas outras, o retrato do cidadão médio - atendendo ao exemplo que dei no parágrafo anterior. A exiguidade da sua habitação garante-lhe calor humano, caso viva com a família, o marido e os dois filhos. A vizinhança deve ser abundante em número, e pode-se dizer que ali se encontra um exemplo perfeito da vida em comunhão, uma comunidade da acepção do termo: um monte de gente feliz com lágrimas, na cidade dos patetas alegres. Sim, porque ainda aqui há alguns anos, entre 2008 e 2009, foi um ver-se-te-avias imobiliário, com as famílias de Macau que tinham mais que uma habitação, fruto de um investimento nos tempos idos em que se compravam casas pelo preço que elas realmente valiam, a lucrarem com a venda da mesma no mercado. Yupi, olha o lucro aí, aquela casa mais-ou-menos que se comprou por 300 mil patacas em 1998 é vendida dez anos mais tarde por dez vezes o seu preço. Mas as casas não são como as flores, que voltam na Primavera, e actualmente o mercado imobiliário está apenas acessível a dois tipos de comprador: os "estupidamente ricos" e os "que ricos estúpidos". Isto não querendo chamar de "estúpidos" ao pobrezinhos que não gastam dez patacas de uma vez sem pensar que têm que pagar a casa todos os meses, sempre com medo que o dinheiro não chegue. A situação levou-nos a um ponto em que perder o emprego tornou-se proibitivo, e na eventualidade disso acontecer, é uma tragédia.
É neste local ermo e triste, onde os locais dizem existir fantasmas (não acredito em fantasmas, agora em esqueletos no armário...) que vive o Chefe do Executivo - qualquer Chefe do Executivo, uma vez que esta faustosa habitação na imagem é o Palácio de Santa Sancha, residência oficial do dirigente máximo de Macau, já desde os tempos da administração colonial portuguesa. Situada na zona da Colina da Penha, é rodeada de outras moradias que não lhe ficam muito atrás, e onde vive a fina-flor do entulho de Macau, entre eles os restantes elementos do Executivo, os seus amigos e a classe empresarial dominante, que dita as regras do mercado em todos os aspectos. O referendo civil a que fiz referência no primeiro parágrafo, e que tem sido o "fantasma" que antes não existia mas agora paira por Santa Sancha e arredores, propõe à população que responda a duas perguntas, ou moções: se deverá o Chefe do Executivo ser eleito por sufrágio directo em 2019, e se o actual, que se prepara ser reeleito para um segundo mandato, merece a confiança da população. É assim, muito simples, não manda ninguém a nenhum sítio feio, existem três opções de resposta (sim, não, não sei), e não produz qualquer efeito jurídico. É uma mera consulta, e para mais sem carácter oficial, ou seja, não muda nada, servindo apenas de referência.
E perante estes factos e muitos outros, não me resta senão entrar em estado de absoluto estupor: o que teme o Governo que leva a que abra uma guerra sem quartel aos organizadores do referendo civil, a maioria deles que mal tem idade para tirar a carta, e nem barba tem? Desde o anúncio da realização do referendo que é evidente o desconforto da parte do Executivo e seus pares, e foi um pequeno passo até se avançar para a tese da ilegalidade. Para o efeito recorreu-se a um vício perigoso, que pode abrir um precedente inédito em qualquer jurisdição onde o primado da lei está acima de tudo: o que não é legal, só pode ser ilegal. Claro que este "contorcionismo" foi feito à medida da ocasião, mas nada me diz que não possa ser usado futuramente para efectuar detenções arbitrárias, sem que legislação alguma a sustente: - "Está preso, venha comigo para a esquadra". - "Porquê?" - "Porque sim". Tão simples quanto isto, pois não há lei nenhuma que diga que eu posso ir ao supermercado, estalar os dedos na rua, sair da casa de banho nu depois de tomar banho, etc.. E agora estarão a pensar que estou a levar isto para o disparate, e que não há nada que me proíba fazer todas essas coisas e muitas outras, assim como também não há nada que proíba uma consulta popular não-oficial. Basicamente é como votar para o vosso artista "pop" preferido, e faz-se igualmente através de recurso a meios electrónicos. Posto isto, pegou-se na lei da protecção dos dados pessoais, deu-se um estatuto sacrossanto ao número do BIR, o bilhete de identidade de residente de Macau, e prenderam-se alguns organizadores do referendo, acusou-se o seu promotor de "desobediência qualificada", e Macau foi notícia na imprensa internacional, não pelos bons motivos, como o seu PIB per capita, não pelos maus, como a as dificuldades da aquisição de habitação própria, mas pelos piores: atentado à liberdade de expressão.
Mas apesar dos esforços no sentido de dissuadir os organizadores de um referendo, consulta, pesquisa, sondagem ou o que lhe quiserem chamar (deviam ter baptizado a iniciativa de "perguntas carinhosas", um nome ao estilo desses que se vêem por aí nas repartições públicas) não foram suficientes, e apesar de se ter dito 385542 vezes que o referendo era "ilegal", não foi possível impedi-lo. Estranho, pois se eu for comprar droga, violar a minha vizinha no elevador ou atravessar fora da passadeira, e for supreendido pelas autoridades em qualquer um destes actos, tenho que responder perante a justiça, mas contudo, caso assuma que votei no referendo e dei os meus dados pessoais de livre vontade à organização, nada me acontece. A estratégia tem sido a da intimidação para os organizadores, e o apelo quase em jeito de súplica aos residentes, uma falta de coerência que deixa exposta a falta de bases legais para proibir a iniciativa, ou vetá-la ap fracasso. E de facto até ao momento, quando faltam três para terminar a votação, participaram já 7500 residentes. O promotor do referendo, Jason Chao, disse inicialmente que esperava uma participação com números "entre os oito e os vinte mil". Parece que os mínimos estão praticamente garantidos, apesar da participação ser cada vez menor - normal, uma vez que já não é novidade, quem queria participar já o fez, e agora restam os retardatários e os "tímidos", que vão ganhando coragem. Interessante que continuem a existir participantes, uma vez que o Governo arranjou forma de proibir qualquer promoção, publicidade ou divulgação do referendo. E não é tudo.
Olha, olha o que temos aqui, a página do Facebook intitulada de "anti-referendo civil", e bem ao estilo da Revolução Cultural, o símbolo consiste do mesmo do referendo, mas com uma cruz vermelha por cima - que original. Não vou cair na tentação de falar mal por falar, e prefiro apenas analisar os factos, o conteúdo e a argumentação. E já que daqui a pouco vamos analisar também a credibilidade do próprio referendo, posta em causa por esta contra-iniciativa (lógico), olhemos para o "pedigree" dos seus autores. Trata-se de uma "joint-venture" entre duas associações próximas do Governo: a Associação de Moradores, vulgo "kai-fong", e a Associação dos Naturais de Jianmen, de onde saíu a lista que ficou em 2º lugar nas últimas eleições legislativas, em 2013. Ena, gente fina é outra coisa, mas deixem-me fazer uma observação: estes últimos, os de Jianmen, estiveram em destaque no mesmo dia em que se deu a tal manifestação onde participaram 10 mil pessoas, em Maio. Assim estes senhores juntaram 3 mil pessoas (ou menos, acho eu) que marcharam a favor de um diploma que atribuiria regalias luxuosas a quem já era consideravelmente rico. Convicção estranha esta, e secreta também, pois entrevistados pela televisão - enquanto os organizadores da contra-manifestação "democraticamente" permitiram - alguns manifestantes diziam "não saberem" o que estavam ali a fazer. Portanto em termos de credibilidade, estamos conversados. Vamos aos argumentos.
Os argumentos não diferem muito dos que têm sido utilizados, e que apostam na ignorância da população, além do medo. Na falta de acusações sérias, acusam-nos de ser "desleais", "desonestos", de "quererem enganar a população", ou de "estarem ao serviço de interesses estrangeiros" (um argumento muito na berra durante o maoísmo). Agora preparem-se para rir (ou chorar, depende): os
Este é um vídeo patético que ilustra bem aquilo que eu quero dizer. Pouco menos de um minuto e meio de prolongada palhaçada, onde vemos um grupo de jovens de Macau a jogar basquetebol num recinto na zona da Barra, onde por trás podemos ver um lindo cenário de prédios devolutos e uma estrada por onde passam viaturas ligeiras particulares e transportes públicos - mérito para o "engenheiro" de som, pelo menos. Do lado direito vemos um estaleiro com um telhado de zinco enferrujado e uma carrinha azul de carga daquelas que andam por aí com gajos da China lá dentro. Este é o cenário ídilico que os organizadores do referendo civil quer destruir, e depois de mais de um minuto a assistir a uns gajos a jogar basquetebol intervalado de imagens da série de animação japonesa "Slum Dunk", uma menina diz ao avô, que segura uma bola, que "ele não pode marcar um cesto, porque não está a jogar". De facto o velho mal consegue andar, e até está com má cara, coitado, mas aqui o sentido de "marcar um cesto" ou "encestar", que contém o caracter "投" (tou), é também o de "votar", palavra onde anda o mesmo caracter! Ufa, ainda bem que "votar" e "f..." não têm o mesmo caracter. Não que eu não preferisse, mas neste caso, vindo de onde vem , dispenso. Portanto aqui é lição é: os outros votam e vocês chucham no dedo, sendo "outros" o colégio eleitoral, e "vocês" o resto da população. Ai não é nada que estúpido, que maldade. O que este vídeo espectacular e super-bem representado escrito, realizado e pago com o nosso dinheiro quer dizer é: não acreditem nessas coisas do referendo, porque vos vai iludir pensando que estão a participar de uma eleição genuína, e na verdade estão a ser enganados por uns tipos maus como as cobras que querem tirar daí proveitos políticos.
Ahh...depois de ver cinco vezes, percebi mais ou menos. Portanto, aqueles gajos maus que não ganham um avo com isto (se for preciso a polícia, o IACM ou o GPDP ainda lhes leva a carteira), e pagam todo o material de campanha do próprio bolso, querem que eu vote em duas perguntas, dando-me três escolhas para cada, não pedindo nada em troca a não ser o nº do BIR, estão-me a enganar??? Ai que me vai dar outra crise, e lá vai a minha professora do ensino especial ter trabalho suplementar comigo, e receitar-me uma sessão suplementar de electro-choques. Ah pois, os malandros querem-me ficar com a alma, que retirarão das informações confidenciais que eu lhes vou entragar estupida e voluntariamente. Que grande tanso que eu sou. Querem ver?
Aquele demónio só com a cabeça que vemos na imagem é um dos organizadores desta demoníaca charada, e vejam só como ele se orgulha da sua maldade, ao ponto de admitir sem recurso a tortura que "o server que usam para recolher os dados dos participantes está sediado na América!". Horrível, a América, os Estados Unidos, malditos imperialistas. Ainda bem que o nosso Chefe do Executivo foi para lá estudar para depois nos contar como aquilo é mau e pérfido, e um dia ele conta mesmo. Os filhos dos nossos generosos dirigentes vão para lá estudar também, para aprenderem o que é sofrer, e assim ficarem mais perto do povo, sentir o que ele sente, e, e...
Desculpem...é que não aguentei, e precisei de chorar. O amor e o carinho que os nossos dirigentes nutrem por nós é simplesmente demais. E como eles se preocupam com a nossa segurança também, en nos protegem desses criminosos. Querem ver?
Pronto aí está, e desculpem eu ter borrado a pintura, mas não se esqueçam que sou atrasadinho mental. Com que então ainda pensam que a lei da protecção dos dados pessoais é uma brincadeira, uh? Andam para aí a mandar para o outro lado do mundo o nº do BIR, que segundo o GPDP "é importante para comprovar a identidade dos residentes de Macau". Agora não se admirem se um dia destes acordarem sem nome, data de nascimento e ainda qualquer coisa que vos faça falta. Mas esperem lá, o que é isto?
O quê? VISA? Eu tenho cartão VISA! Mas...isso quer dizer que...Sim, quer dizer que ao contrário dos números do BIR que não valem o peido de uma velha quando põe as patas fora de Macau, o nº do cartão VISA, que usam naquelas lojas onde o passam avidamente para as mãos de estranhos com pressa de satisfazer a vossa sede de consumo, vale dinheiro. Dinheirinho, upa, upa! E agora, onde fica sediado este VISA? Foster City? Onde é que essa merda fica? "Ah mas ó Leocardo, VISA é VISA, não vais comparar uma companhia mundialmente conhecida com os democratas pois não?". Porque não? Os dois usam servidores que ambos garantem ser de confiança, e nenhum deles tem o controlo absoluto sobre esse servidor, querem que eu diga o quê? Olha, VISA é VISA, e um parvalhão é um parvalhão, que acredita em tudo o que lhe impingem. "Olha agora foste tu o parvalhão: eu tenho MasterCard!".
Ai tens? Então vai a Purchase, Nova Iorque, ver se eu lá estou. Aparentemente a legislação relativa à protecção de dados pessoais que estes inteligentes vos atiraram para a cara não se aplica nestas situações de transferência de informação para um "server" fora de Macau, pois não? É mais uma sacanice, enfim, mas parece que há quem goste de ser sacaneado por estes gajos. Para vosso bem, espero que eles não gostem de rabinho. O quê? Tem American Express, o/a menino/a?
Pronto, e para premiar a teimosia, vai com uma prenda suculenta e tudo. Olha, isto começa a ficar tarde e eu começo-me a aborrecer com tanta fanchonice. Têm alguma coisa para mostrar que me convença que não passam de uma cambada de mariconços?
E o que temos nós aqui? Ah ah! Prova de que o referendo é um engodo! A mãe do ou da PauPauApple não pode votar, coitada. Porquê? Porque "alguém votou por ela", e isto prova "além de qualquer dúvida" que o referendo é um bacanal de votos, com os pais de uns a votarem na cara das filhas dos outros, e as mães de alguns a levarem com a boletim dos filhos de outros na sua urna apertada e húmida. Ora bem, como expliquei aqui no outro dia, depois de se fornecerem aqueles números do BIR e o nº de telemóvel, recebe-se uma mensagem por SMS com um código que depois de inserido no campo reservado ao efeito leva até ao boletim de voto. Escusado será dizer que cada número de telemóvel só pode ser usado uma vez. Como explicar isto, assumindo que o ou a PauPauApple não é um mentiroso ou mentirosa de merda? Para já vamos colocar no ar a possibilidade de ter acontecido algum problema relacionado com as imperfeições próprias de qualquer sistema electrónico. Sinceramente, acreditam mesmo que até nas maiores democracias e as mais perfeitas, quando o partido A tem 323857 votos quer dizer que exactamente 323857 pessoas votaram nele? Mas é suspeito que uma vez que o número do código só aparece no telemóvel cujo número foi deixado no campo dos dados pessoais, só a mãe do ou da PauPauApple podia ter acesso a ele. Mistério. Tenho uma teoria, mas para apresentá-la vou ser obrigado a cometer umas pequenas ordineirices. Posso? Obrigado, aqui vai. Portanto a mãe deste personagem que tresanda a cocó por tudo o que é sítio disse ao marido que ia a farmácia comprar calicida, mas na realidade foi ter com o amante, um crioulo portador de um mangalho de meio metro. Depois da limpeza da chaminé, a senhora voltou para casa com um andar novo, e esqueceu-se do telefone na casa do tripé, que sendo natural da Zâmbia mas grande adepto de sufrágios universais, aproveitou o esquecimento para votar no referendo. Masi tarde, depois de duas horas a arrefecer sentada no balde do gelo, a mãezinha do PauPauCaralho foi lá buscar o aparelho, deu uma "rapidinha" entalada na porta, e quando quis votar, ainda meio a ver estrelas da bandeira dos Camarões, não conseguiu. Tão credível como estes argumentos da treta.
Esta página do Facebook dedicada a denegrir uma iniciativa privada de participação perfeitamente voluntária, que desde o início é tida como "ilegal" e esclarecidamente não altera nada, pois não produz qualquer efeito jurídico, é da responsabilidade de um tal David Wong. Apesar dos ferverosos apelos que faz à navegação para que evite o Adamastor do referendo, este David Wong prefere manter-se num quasi-anonimato, sendo esta a única imagem sua na conta que tem no Facebook. Aprendi com um grande homem que isto (e até muito mais) é indicativo de que este "anónimo" pode ser qualquer pessoa, ou 10 pessoas, ou 50, ou até as mil que vão assinar a petição que vai entregar ao Governo. É chato ser vítima do seu próprio jogo sujo não é? Mas não se aborreça, que não é você que tem a polícia à perna, para aproveitar a mínima oportunidade para o levar a uma visita de estudo pela esquadra durante um dia inteiro, sem acusação formada, ou com uma muito, mas mesmo muito forçada. Assim como este "auto-intitulado" David Wong, coitadito, forçado a fazer este frete. Mas não fiques triste, ó David, anima-te homem/mulher/bot: tenho aqui uma prenda para ti, e de certeza que vais gostar. Toma:
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