Um avião da companhia aérea TransAsia, de Taiwan, aterrou de emergência no aeroporto de Magong, na ilha de Penghu, depois de ter partido de Kaohsiung menos de uma hora antes. O voo doméstico foi condicionado por condições atmosféricas adversas causadas pela passagem de um tufão, e apesar não ser recomendável que se efectuasse, a companhia aérea arriscou, e das 58 pessoas a bordo, incluindo passageiros e tripulação, perderam a vida 51, tendo as restantes ficado feridas - praticamente a mesma coisa do que se tivesse despenhado. O avião aproximou-se da pista 35 minutos antes da hora prevista de chegada, e a queda deu-se a pique, com o aparelho a ficar praticamente destruído. Há uma teoria para os desastres de avião na ilha nacionalista, que há alguns anos eram bastante frequentes; muitos dos pilotos actualmente ao serviço das companhias civis são ex-militares, que durante o tempo que estiveram na força aérea, foram treinados para não ter medo de morrer, e não hesitar caso fosse necessário tentar uma manobra mais perigosa. Mas se este é um factor a ponderar, ninguém explica o porquê do voo ser autorizado quando o tufão obrigava ao seu adiamento. Para estas companhias que se estão nas tintas para questões de segurança e colocam o lucro acima de tudo, sempre com receio da concorrência, se em dez cair um vale sempre a pena arriscar. Qualquer dia os passageiros são enfiados em caixas na posição horizontal, para se poderem acomodar um milhar deles num avião e tornar "lucrativa" a viagem. Mas pronto, o que estou para aqui a dizer, quando a hora é de luto, e devia estar antes a lamentar as vidas humanas que se perderam neste acidente. Afinal a culpa é do tufão, que mandou o avião a pique para cima da pista do aeroporto, onde se estava alguém com dois palmos de testa, certamente ainda se está a interrogar: "quem é o maluco que mandou para aqui esta gente?".
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