Este foi o desfecho mais previsível de todo o mundial até ao momento. Depois da demonstração de força da Alemanha no dia anterior, o segundo finalista teria que exercer cautelas redobradas: evitar o desgaste, visto ter menos um dia para recuperar antes da final, evitar os choques e os contactos que levariam à lesão de um elemento chave, e evitar perder as estribeiras e deixar de fora qualquer jogador por motivos disciplinares. Assim com ambas as equipas a temerem-se uma à outra, era inevitável que se anulassem, e tudo ficasse decidido nas grandes penalidades, e sem golos de parte a parte. Mesmo assim o sinal mais foi para os argentinos, que remeteram a Holanda à defesa durante grande parte do primeiro tempo, mas com os 90 minutos regulamentares terminando com uma oportunidade de ouro para Robben colocar a "laranja mecânica" na final pela segunda vez consecutiva. No prolongamento mais do mesmo, mas com um desfecho oposto: Higuaín teve na cabeça a hipótese de desempatar ao minuto 120, mas o remate sairia fraco, perfeitamente defensável por Jasper Cillessen, que ontem foi o esteio dos holandeses. Só não deu para Van Gaal usar o mesmo truque que usou contra a Costa Rica nos "penalties", pois a entrada de Huntelaar para o lugar do esgotado Van Persie na primeira parte do prolongamento deixou-o sem mais substituições para fazer, impedindo Tim Krul de executar mais um acto de heroísmo. E foi a vez de Sergio Romero chamar a si o protagonismo, defendendo os remates de Ron Vlaar e Wesley Sneijder, e colocando a Argentina na final. Nem os próprios argentinos sabem como aqui chegaram, dependentes de um Messi que lhes valeu até aos oitavos, mas que andou muito apagado nos últimos dois jogos. Vai ser preciso a Argentina "aparecer" na final de Domingo frente aos alemães para conquistar o "tri" no Brasil. E caso isto aconteça, meus amigos, eles nunca mais se calam.
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