Millie Brown é uma artística plástica de 26 anos, especializada em pintura abstracta, que tem gozado de um enorme sucesso e feito uma pipa de massa com os seus quadros. A crítica elogia-a, e chama-a de “revolucionária”. E revolucionária porquê? Porque em vez de tinta, Millie usa o próprio vómito para pintar os seus quadros. Não é vómito de feijoada ou de caril de camarão, o que nem por isso torna a imagem menos repulsiva, mas o que Mille faz é beber leite colorido, que depois regurgita por cima de uma tela de lona, e voilá!, nasce a arte. Vês como se faz, ó José Drummond? Um dos seus últimos quadros foi leiloado e arrematado por 25 mil patacas, e para isso só precisou de vomitar para cima de uma tela em branco.
Millie nasceu na Inglaterra, e a partir dos 13 anos viveu em França e em Espanha com os pais, onde nunca se conseguiu adaptar, tornando-se na tipa esquisita que é hoje. Aos 17 foi estudar para Los Angeles, onde actualmente reside. Deve ter sido durante a viagem de avião que se terá sentido mal disposta, foi ao lavabo gregoriar e teve esta ideia para uma carreira artística. Olhando para o aspecto da jovem, de quem nos lembramos? Se respondeu Lady Gaga, ganhou um porta-chaves de plástico daqueles que saem nas rifas que têm sempre prémio: Millie apareceu
neste video da cantora, onde aparece a vomitar um liquído azul em cima do seu vestido de noiva. A canção chama-se “Exorcist Interlude”, mas bem se podia chamar “Só nós duas é que sabemos”.
Como não há bela sem senão, há quem acuse a artista de “promover a bulimia”, e de ser uma má influência para outras jovens que tenham problemas alimentares, complexos de culpa, enfim, aquelas adolescentes problemáticas que parecem uma espinha de carapau mas ainda acham que estão gordas. Mas estes pais, educadores, médicos e outros que tais não passam de invejosos. Aquilo não é bulimia coisa nenhuma, e como é possível verificar
neste vídeo (dura mais de meia-hora, e não recomendo), custa à menina vomitar aquele leite todo, e nem sempre aquilo sai logo da primeira vez que enfia dois dedos pela garganta abaixo, e ao fim de uma hora diz ficar “cansada”. Sim, acredito, mas no fim vale a pena, pois há sempre alguém disposto a comprar aquela mistela de leite e suco gástrico que depois pendura na parede da sala.
Millie defende-se das acusações, dizendo que “há artistas que pintam com o pénis, com trombas de elefante ou narizes de golfinho, qual é o problema com a minha escolha?”. Nenhum claro, e de todas as teorias que poderia elaborar que explicassem esta bizarra opção artística, “bulimia” não seria uma delas, com toda a certeza. Aliás o processo criativo de Millie é mais elaborado do que se possa pensar; a sua obra mais conhecida, “Nexus Vomitus” foi criada ao som de ópera interpretada pelas cantoras Syne Zita e Patricia Hammond. Podem conferir no tal vídeo que deixei acima; entre uma aría e outra ouve-se “blerghh! Arghhh!”. Lindo, lindo. Millie Brown: genial ou porcalhona?
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