Foi inaugurado na Amadora no dia 16 de Novembro o parque infantil Mauricio de Souza, com uma temática que incide sobre a Turma da Mônica, a banda desenhada que celebrizou aquele desenhista e autor brasileiro. Sim, eu sei, esta não é uma notícia nova, mas nem eu vivo na Amadora, nem soube dela até hoje, quando a RTP entrevistou o próprio Mauricio, que folguei ver, continua em grande, com um óptimo aspecto, e isto tudo apesar dos seus respeitáveis 78 anos.
Este homem sempre sorridente com uma imaginação fantástica é o criador de alguns dos heróis da nossa infância, e dos que vieram antes e depois - são mais de 50 anos a contar as aventuras da Mônica, do Cebolinha, do Cascão e companhia. Quem não se lembra da Mônica, a menina que se irritava quando lhe chamavam de "dentuça" e fazia uso do seu coelhinho de pelúcia atómico? E do Cebolinha, o "galoto" que "tlocava" os "eles" pelos "eles"? Ou do Cascão, que nunca tomou banho e morria de medo da água?
Se estes personagens foram baseados noutros da infância do seu autor, como ele alega, então Mauricio de Souza teve uma infância feliz. E fez tudo para contribuir que tivessemos uma nós próprios. Os seus "bonecos" não eram BD vazia de mensagem e de sentido; exploravam a inocência e ao mesmo tempo a astúcia e a honestidade da infância, dessa dor que nem sempre dói que é ser criança e crescer, descobrindo todo o dia um mundo de novidades, e a mais importante de todas as mensagens: a amizade, que fica para sempre entre os que crescem junto, que aprendem uns com os outros, que por muito que relembrem as suas aventuras juntos nunca se cansam de as repetir, como quem tenta trazer de volta um tempo em que era tudo mais fácil.
Quanto ao parque dedicado a Mauricio na cidade da periferia lisboeta, o que dizer? Merecia pelo menos algo da dimensão da Disneyworld. Maurício de Souza é do tamanho de todas as crianças e dos adultos que ainda se lembram do que foi ser criança. É do tamanho do mundo.
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