Hiroo Onoda, ex-combatente japonês na II Guerra Mundial, morreu ontem em Tóquio aos 91 anos. Onoda foi notícia há 40 anos, quando se tornou o último soldado nipónico a render-se. Pouco antes da derrota do seu exército em 1945, refugiou-se na ilha de Lubang, perto de Luzon, no norte das Filipinas, juntamente com mais três militares. Oficial de informações treinado em tácticas de guerrilha, tinha orientações para nunca se render, e resistir até à chegada de reforços. Nunca acreditou nas notícias que o Japão se tinha rendido e a Guerra tinha acabado, e manteve-se sempre disposto a lutar, mesmo quase 30 anos depois da rendição nipónica. Foi preciso que um antigo comandante seu lhe ordenasse para baixar as armas e desistisse de lutar. A sua história ficou conhecida em 1950, quando um dos militares que esteve com ele regressou ao Japão. A história de Onoda é um caso curioso de persistência. O que dizer do homem que apenas a velhice levou, e não o fogo inimigo? Um soldado exemplar, ou um grande teimoso?
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