Aung San Suu Kyi foi condenada a 18 meses de prisão domiciliária, devido à violação dos termos da sua anterior sentença, ao ter permitido que um visitante americano entrasse na sua casa em Maio último. A sentença foi lida pelo tribunal penal de Rangoon, no Myanmar. Aung San Suu Kyi tem estado em prisão domiciliária durante 14 dos últimos 20 anos. A sentença - que condenou também o "visitante" americano John Yettaw a sete anos de prisão - já causou a reprovação de vários líderes mundiais. O primeiro-ministro britânico Gordon Brown chamou a sentença "monstruosa", enquanto o presidente francês Nicolas Sarkozy apelou à União Europeia que adopte novas sanções contra o regime birmanês. O Governo de Singapura "lamentou" o veredicto, enquanto o ex-presidente Bill Clinton afirmou que "Suu Kyi nunca devria ter sido julgada, quanto mais condenada". A sentença foi mais leve que o esperado: cinco anos de prisão. A sentença inicial, lida ao princípio da tarde, era de três anos de trabalhos forçados, mas foi reduzida para metade por ordem expressa do gen. Than Shwe, que justificou a medida para "manter a paz e a estabilidade no país", e ainda que a pena "podia ser cumprida no domicílio". O comunicado de Than Shwe, lido pelo Gen. Maung Oo, justificou ainda a redução com o facto de Suu Kyi ser filha de Aung San, herói nacional da luta pela independência do Reino Unido. As duas acompanhantes de Suu Kyi no momento do "crime", Khin Khin Win e Win Ma Ma, foram também condenadas a ano e meio de prisão. A sentença impede que Suu Kyi, 64 anos, participe nas eleições gerais a realizar no Myanmar no próximo ano.
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