Ecos de ontem

A respeito da da morte de Carlos Castro, disse o crítico de cinema e jornalista Rui Pedro Tendinha: "É uma grande perda. Não é fácil de perceber. Não sei como foi possível". Permitam-me que tente perceber, e que com o próprio Castro fazia, tentar entrar na cabeça das pessoas só para as chateear. Simplesmente porque me diverte.
Esta tragédia cai como uma bomba na comunidade gay, que demora a reagir. O fortíssimo lobby do “tudo a andar para a frente”, sem respeito pelo que o resto de nós possa pensar ou sentir, está estranhamente silencioso, escondido na sua casca, com medo dos papões. Talvez porque o Carlos Castro fosse um Fidel Castro da causa gay, e aposto que para muitos merecia até um funeral de Estado (A propósito, já que têm paradas gay, bares gay e até olimpíadas gay, porque não um funeral gay? É só uma ideia...). Anos de discussão sobre a viabilidade de se passar a considerar um casal gay uma coisa normal, e um dos seus paladinos morre às mãos de um miúdo aventureiro com idade para ser seu neto, no centro do mundo, e de uma forma chocante, com os genitais mutilados.

Antes que venham insistir que também existem crimes passionais em casais heterossexuais, e muitos deles com contornos macabros, gostava que fizessem apenas um pequeno esforço para se lembrarem de um crime semelhante a este, com esta violência. Não conseguem pois não? Isto de cortar os testículos é tabu mesmo para as mulheres mais violentas e traídas. Existe como que uma espécie de zona desmilitarizada naquelas partes. Todos os casais têm discussões, é certo, mas pelo menos as minhas ficam muito longe de acabar com à agressão com um laptop na cabeça até à morte, muito estilo "Abel e Caim", ou mutilação de orgãos genitais com pedaços de vidro partido (f...-se!). Só que para o jovem aventureiro de 20 anos (primeiro li 24, depois 21, e sinceramente não sei nem interessa) que acompanhou o Carlos Castro até Nova Iorque não existem limites.

Sabe-se agora que na origem da discussão que culminou em tragédia pode estar dinheiro. Carlos Castro teria acusado o jovem amante de o ter roubado, e a tensão começou já na quinta-feira. Não interessa tanto o que estavam os dois a fazer naquele quarto de hotel de luxo em Times Square, mas prefiro antes perguntar o que estava o Carlos Castro a fazer com um miúdo em Nova Iorque. Afinal o lobby gay de que o jornalista, cronista, sei lá é sumo representante (pode-se dizer que Carlos Castro era a versão gay da “tia”) defende o direito das pessoas se poderem amar umas às outras independentemente da sua orientação sexual, ou defende o direito a que predadores sexuais andem por aí à solta a fazer o que muito bem lhes apetece? Não interessa se o Renato Seabra tem 20, 21 ou 24 anos, e podia muito bem ter 13 ou 14 que o resultado podia ser o mesmo. É um puto sem nada na cabeça, daqueles que usa os atributos físicos para compensar a falta de talento, e que considera a dignidade um bem móvel de que se pode dispor a bel-prazer.

Como tal chegou mesmo a participar num daqueles concursos de televisão deprimentes onde os jovens se desunham para prosseguir uma carreira no estrelato, e assim fugir a qualquer forma de trabalho ou responsabilidade comuns. Depois conheceu um homem muito mais velho, que de certeza absoluta viu nele nada mais do que um daqueles coelhos com pilhas Duracell que fosse capaz de o satisfazer sexualmente. Se isto não é próprio de um predador sexual, não sei o que será. Se eu fosse encontrado morto com a pila arrancada por uma miúda de 20 anos num qualquer quarto de hotel, duvido que muita gente fosse ter pena de mim. Se isto tivesse acontecido com o Carlos Cruz, toda a gente ia dizer que “já se estava à espera”.

Não se pense que tenho algum tipo de ódio ou desprezo pela personagem do Carlos Castro. Quando vivia em Portugal desconhecia por completo a existência deste senhor, e foi nos últimos 15 anos que o comecei a ver na televisão. Segui com interesse a hilariante polémica entre Castro e o comediante Bruno Nogueira, este sim um homófobo de primeira água (seria interessante recolher a opinião do Bruno Nogueira sobre o sucedido), e achava piada ao ouvi-lo a debitar aquelas crónicas paneleiras na televisão. No fundo tinha o mesmo tipo de interesse que a Odete Santos: são pessoas com que não nos queremos cruzar na vida mas são engraçadas a uma distância segura.

Nunca ouvi o Carlos Castro dizer que era homossexual, nem li nada sobre o assunto, mas a primeira vez que o vi deu-me imediatamente a entender que era, devido aqueles trejeitos e maneirismos típicos de gay – uma coisa de que se podiam livrar, que ficavam muito mais a ganhar com isso. (Curiosamente ficam ofendidos se os imitamos). Como referi aqui antes, nada tenho contra as pessoas que optam por uma sexualidade alternativa, e até acho mal que o reprimam, mas deviam terminar de uma vez por todas com essa mania ridícula de insistir que são um casal normal. Eu não considero a homossexualidade uma coisa normal, apesar de a aceitar. O que não aceito é que os meus filhos cresçam a pensar que se pode optar, como quem opta pela via de ensino no Secundário. Tal como os leões e outros animais, temos o dever como pais de defender os nossos filhos enquanto estes não se conseguirem defender sozinhos.

Um caso como este não vem dizimar o direito que os homossexuais têm de continuar a viver a sua vida como muito bem entenderem, mas prova que são pessoas potencialmente desiquilibradas, carentes e com dificuldades em manter uma relação estável. Nesta vertente, os gays têm o pior do homens e o pior das mulheres quando estão a "amar" (sinceramente fiquei uns dez minutos a procurar a palavra certa): a força bruta e os ciúmes irracionais. Basta ver os transsexuais, por exemplo, que por vezes podem parecer frágeis e femininos e depois são f... para a porrada. Basta olhar para o número de suicídios passionais em homens gay com mais de 35 anos de idade. São factos com estudos elaborados e números registados que são até relativamente fáceis de aceder.

Antes que se transfira para aqui aquela discussão do post de ontem, não, não estou a dizer que TODOS os homossexuais são pessoas desiquilibradas e perigosas, mas considero que estão longe da maturidade para lidar com questões sentimentais de forma racional. O caso do Carlos Castro demonstra que existe essa imaturidade, e que parece piorar com a idade. Finalmente, para um certo leitor que acusou os comentadores de "estar a desrespeitar os mortos", a si respondo-lhe citando a Lili Caneças: "Pelo menos morreu em Nova Iorque, uma cidade que ele adorava". Está tudo dito.