Hoje entra em campo a equipa das 17 comunidades autónomas e cidades de Ceuta e Melilla, conhecida para fins comerciais (e abreviativos) por "Espanha". A "roja", como também é conhecida esta sociedade forçada de membros involuntários, inicia esta noite pelas 21:00 (horário de Macau) frente à República Checa a defesa do título de campeã europeia obtido há 4 anos na Polónia e na Ucrânia. No grupo da "roja" estão ainda a Croácia e a Turquia, que ontem se encontraram no Parque dos Príncipes em Paris, com os croatas a levarem a melhor com um único golo de Luka Modric. A tal "Espanha", cujo hino, recordo, não tem letra, é tida como uma das favoritas, mas na minha humilde opinião dificilmente fará um torneio memorável; uma equipa envelhecida, sem grandes referências (o primeiro torneio sem Xavi) e uma linha ofensiva algo "rafeira", onde pontificam Lucas Vásquez, que marcou apenas 4 golos na liga pelo Real Madrid esta época, e o profícuo Aritz Aduriz, que apesar dos seus 20 golos na última edição da Liga BBVA, tem 35 anos, e dificilmente será aposta de Vicente Del Bosque no onze inicial. Mas posso estar enganado, enfim, a "Espanha" é imprevisível, e tão recentemente como há dois anos foi um fiasco no campeonato do mundo, de que também fazia a defesa do título, quando todos esperavam que chegasse a uma fase adiantada da prova. Enquanto não sabemos o que vai sair do grupo de catalães, bascos, galegos e outros que preferiam estar ali pelos seus "países", ficamos com o tema oficial, "La Roja Baila", com interpretação de Niña Pastori e - pasme-se - Sergio Ramos, o defesa do Real Madrid, que depois de ter a voz passada por uma máquina de distorção até parece que sabe cantar. Ah, os restantes rapazes fazem os coros, e se há algo que aqui os "nuestros hermanos" levam vantagem, é pelo menos se terem dado ao trabalho de arranjar um tema original para apoiar o seu conglomerado.
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