sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Os blogues dos outros


O Manuel Maria Carrilho está de volta da parteleira dourada de Embaixador na UNESCO. Sempre foi uma personagem que me "enjoava" um bocadinho, mesmo que na pobreza franciscanda que têm sido os Ministros da Cultura, tenha acabado por ser dos menos maus. Chega e já está a criar confusão com o Amado, com o Engenheiro, com todos. Não vai fazer nada de útil, mas no pantano em que já se encontra este país, é mais uma boa possibilidade de lhe fazer aqui uns "bonecos". Que sirva para alguma coisa.

Wehavekaosinthegarden

Raro é o dia em que não vemos na imprensa estatísticas sobre tudo e mais alguma coisa que diga respeito a Macau. Já faltou mais para vermos inquéritos sobre se os residentes de Macau preferem comer ostras ou noodles.

El Comandante, Hotel Macau

Quando George Orwell escreveu "Animal Farm", traduzido para português com o título "O Triunfo dos Porcos", estaria por certo a pensar em energúmenos como Mahmoud Ahmadinejad, essa figura abjecta que é Presidente da República Islâmica do Irão. Infelizmente, a premonição do escritor confirma-se. Os porcos triunfaram.
Espalhados pelo Mundo, há muitos porcos que simbolizam esse triunfo. Um dos que é mais igual que os outros, é Mahmoud Ahmadinejad. Ontem, ao discursar perante a Assembleia Geral das Naçoes Unidas, o facínora voltou a pôr em causa a veracidade dos atentados ocorridos em solo americano. Na cidade que o recebeu, onde estava a deixar escorrer aquela prosa viscosa. Mahmoud Ahmadinejad, que já foi capaz de colocar em causa o Holocausto, que apela constantemente à destruição de Israel, que já tinha colocado em causa a veracidade dos atentados de 11 de Setembro, foi agora humilhar quem o recebeu, ofender a memória dos milhares de vítimas inocentes, precisamente em solo americano. A malvadez desta torpe criatura não conhece limites. Com este gesto aviltante, Mahmoud Ahmadinejad conseguiu deixar claro, se tal ainda fosse necessário, que as Nações Unidas são, nos dias de hoje, uma das mais inúteis criações da Humanidade. Pensada como um espaço de paz e de diálogo, a organização transformou-se num palco onde é permitido impunemente soltar as maiores barbaridades.
Com uma cobertura noticiosa, uma atenção mediática, nunca vista. Os representantes dos Estados Unidos e da União Europeia saíram da sala enquanto a língua viperina de Mahmoud Ahmadinejad proferia aqueles dislates. Terão ido tomar um café, exprimir a sua profunda indignação, quem sabe até congeminar algum terrível protesto formal. Depois disso, calmamente voltaram à sala e deu-se seguimento à ordem dos trabalhos. Alguém duvida que, se Adolf Hitler fosse hoje vivo, teria espaço na Assembleia Geral das Nações Unidas para expôr as suas ideias e apelar ao extermínio? Para exaltar as virtudes da raça ariana? Num palco priveligiado. As Nações Unidas, na actualidade, são a quinta onde os porcos orgulhosamente exibem o seu triunfo. Precisamente o oposto do que se pretendia com a sua criação.


Pedro Coimbra, Devaneios a Oriente

Baptista-Bastos (com hífen, que é mais giro...) é um desses moralistas ao serviço da velhinha que no próximo mês de Outubro completa cem anos. Adora encher a boca com 'república' práqui, 'república' práli, delira sobre a ética da dita e as putativas ameaças à mesma, mas esquece de dizer que vive numa casa camarária, em Lisboa, à custa de cunhas e favores certamente incompatíveis com o 'princípio da igualdade' que tanto deveria prezar. Sabedor de que quem não chora não mama, esse republicano de pacotilha confessou que "Quando precisei [de casa] pedi", esclarecendo ainda que "Não há aqui prendas. A casa que alugava há 32 anos em Alfama estava a cair, eu tinha três filhos e não tinha meios. Escrevi à presidência a pedir uma casa". São também exemplos como o deste inenarrável inquilino municipal que minam os alicerces éticos do regime e justificam que o povo se afaste cada vez mais desse fartar vilanagem dos 'filhos da República'.

Rui Crull Tabosa, Corta-Fitas

São 21 horas de quarta-feira passada. A família depois de um dia de trabalho está na sala a ver as notícias na televisão gozando o descanso proporcionado por uma casa espaçosa, ricamente decorada e situada na aprazível Quinta da Marinha, em Cascais. A imaginação dos proprietários poderia estar na discussão da crise que afecta o país, na nova peça de teatro de Alexandra Lencastre, nas escolas que estão a encerrar ou na última passagem de modelos a que a dona da casa pode ter assistido. Num ambiente calmo e acolhedor, eis que, de repente, ouve-se um estrondo e pela porta traseira entram três homens encapuzados, armados, falando espanhol com sotaque de um país de leste, possivelmente russo. Demonstrando um profissionalismo de alto calibre na arte tenebrosa do assalto a casas, os meliantes sabiam perfeitamente ao que vinham e para onde se dirigiam. Num ápice obrigaram o chefe da família a abrir um cofre existente numa sala contígua. Cofre aberto, um saco mais que aberto e para o seu interior foram introduzidos 600 mil euros e uma quantidade de jóias avaliadas em muitas centenas de milhares de euros. Adeus e felicidades, terão dito os assaltantes que sairam porta fora sem deixar rasto. Como ainda é possível ser-se tão inconsciente para manter quantias tão avultadas no interior das residências? Depois não chorem. De acrescentar que, a quinta dos ricos ainda não arranjou dinheiro para uma segurança a sério e para um sistema de video vigilância. Será que a PJ já tentou prender todas as empregadas domésticas que passaram lá por casa? Portugal continua a ser indubitavelmente o paraíso do crime.

João Severino, Pau Para Toda a Obra

“O orçamento de estado português não é bem um orçamento; pois um orçamento é um documento que prioriza os gastos e autoriza despesas, em função da receita prevista. O OE faz exactamente o contrário, autoriza receita, em função da despesa prevista. Neste sentido não é um orçamento. É um “orçaminto”.

Paulo Morais, Blasfémias

Um dia destes ganho coragem e salto a janela. Passo uma perna, sem pressas, sobre o peitoril familiar; depois a outra, talvez ainda mais devagar, avaliando o risco e todas as consequências futuras dessa loucura, uma por uma. Ou então faço tudo de repente, com a urgência dos cobardes e dos desistentes, que se precipitam no vazio porque temem arrepender-se. E porque preferem entregar-se à sorte, pensando que ao menos terão a fatalidade como álibi e o destino como culpado a quem apontar o dedo. Um dia destes aproveito uma qualquer pedrada certeira para acabar com as dúvidas e estilhaçar utopias, feitas dos pálios e das fanfarras que sustentaram no seu pedestal uma ilusão de liberdade. Um dia destes atiro para uma mala todas as lembranças, todas as memórias, todos os sonhos vividos, desejados ou apenas temidos, e levo tudo comigo para a derradeira aventura. Não faltarão cheiros, cores, sabores intensos, sol e chuva, terra e mar, muito mar. Tudo isso irá comigo, porque tudo isso se me colou à pele com os anos e já faz parte de mim. Um dia destes reaprendo a dizer lareira, mesa, pão, vinho, consoada, linho, lã, aconchego. Está decidido. Um dia destes salto a janela e volto para casa.

Ana Vidal, Delito de Opinião

Dizem que um jogador violou as redes e matou o jogo! E não foi preso?

João Moreira de Sá, Arcebispo de Cantuária

2 comentários:

Pedro Coimbra disse...

Leocardo,
O meu blogue não é o Hotel Macau.
O El Comandante ainda me processa:)
Bfds

Anónimo disse...

a unica coisa boa que o carrilho fez na vida é sem duvida ter casado com a boazona da barbara guimarães,nisso tenho que tirar o chapéu ao gajo