A questão dos jovens quadros superiores "escondidos"
referido por Susana Chao no seu blogue é mais uma daquelas verdades sensatas que a senhora se "esqueceu" durante os dez anos que esteve na presidência da AL. De facto a máquina está um pouco desgastada depois de 10 anos a ver os mesmos intérpretes. Começa a faltar já alguma imaginação, e é preciso sangue novo. Só que os jovens têm receio de demonstrar os seus talentos, pois uma opinião discordante pode rotulá-los de "oposicionistas". Sobre alguns destes quadros pesa ainda o ónus de um contrato ou de uma comissão de serviço, o que os deixa numa posição desconfortável se ousarem diferir, mudar ou reformar. Então como preparar as futuras gerações para manter Macau "governado pelas suas gentes"?
Chui Sai Peng é mais pragmático, e volta a falar do tempo e da experiência dos actuais quadros, e de como foi preciso "partir do zero". Se há mesmo uma coisa em que Chui Sai Peng tem razão é na questão da eternização de alguns altos quadros, que simplesmente não queirem deixar a cadeira do poder. O que impede que as gerações no poder sucedam-se, como seria natural, é a cultura chinesa da "face", em que se torna "embaraçoso" para quem fez um bom trabalho ser "despromovido" ou simplesmente "aposentado". Com estas coisas da cultura do mandarinato não se brinca. É no entanto curioso que Susana Chao considere esta mentalidade reinante "feudal". Será que se há dois anos um deputado proferisse uma afirmação deste tipo na AL, a então presidente não o consideria "arruaceiro", e tentava "metê-lo na ordem"?
1 comentário:
Eu tenho muita consideração pela senhora mas parece-me que se dá uma importância exagerada ao blog da dita cuja.
AA
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