Festa rija

Vejo aquele exemplo de monstruosidade que são os touros de morte. Primeiro foi o tal "regime de excepção" em Barrancos (eu também quero um regime de excepção para mim, do tipo, não preciso de trabalhar e dão-me 5000 euros por mês?), e agora é Monsaraz que se quer juntar à festa da matança sanguinária. Não percebo qual é a obsessão desta malta alentejana em perseguir um bovino, dar-lhe pontapés, e depois executá-lo. Depois são os mesmos que se dizem contra a lapidação nos países islâmicos. Como sempre o argumento é a "tradição", polvilhado com muita vontade de aparecer na televisão, e algum tipo de crença mística de que o boi "tem cornos", e portanto "é o diabo". Que raio de tradição é essa de perseguir covardemente um animal pelas ruas, e depois matá-lo como se estivessem a sacrificar uma virgem a Kalima? Sabem o que também era "tradição"? Bater com as clavas nas cabeças das mulheres e arrastá-las para a gruta. A polícia "identificou os organizadores", e depois deixou-os ir em paz. E que tal levá-los para a traseira da esquadra e fuzilá-los? É de festa rija que eles gostam.