quarta-feira, 9 de abril de 2014

Sem pernas, sem estômago, sem perdão


Oscar Pistorius, o atleta sul-africano que foi tido como um exemplo de abnegação e de coragem anda hoje pelas ruas da amargura. Pistorius foi campeão para-olímpico de atletismo, correndo mais que a concorrência graças a um par de pernas artificiais, feitas em carbon, e foi mais longe ao participar nas Olimpíadas regulares, contrariando todos os que consideravam que não reunia os requisitos para o efeito. Posto isto, o atleta agora com 27 anos foi acusado há um ano do homicídio da sua namorada, Reeva Steenkamp, e arrisca-se a uma pena que pode ir dos 25 anos de prisão a perpétua. O momento que mudou para sempre a vida de Pistorius deu-se na noite de 13 para 14 de Fevereiro de 2013, quando abateu Steenkamp, alegando que a confundiu com um intruso. Contudo a perícia comprovou que o atleta mentiu no seu depoimento, e que terá disparado de uma distância que lhe permitia identificar a sua vítima, e com intenção de matar. Diz-se que o casal atravessava uma crise, e que Steenkamp estaria a trair Pistorius. O réu não tem "digerido" bem o caso, e ontem voltou a sofrer uma crise nervosa em pleno tribunal, durante o julgamento; voltou a chorar, diz estar "traumatizado" com o sucedido, e diz que "vomita" cada vez que se recorda da visão do corpo da namorada morta. Tudo indica que este será o fim da linha para um homem que em tempo inspirou tantos que como ele lutam para ultrapassar as adversidades.

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