Dizem que os cirurgiãos-plásticos sul-coreanos são os melhores do mundo, e a julgar pela imagem acima, não parecem existir dúvidas: são milagreiros! Mas também se diz que "a necessidade é mãe da invenção", e com as coreanas a ostentarem aquela aparência de meter medo ao susto, é natural que a profissão de cirurgião-plástico, a atirar para "escultor", tenha muita saída naquele país. A fama vai além fronteiras, e além dos trabalhos domésticos - que já devem ser bastantes - as clínicas da Coreia do Sul recebem também a visita de muitos clientes estrangeiros, especialmente mulheres, e na maioria de países vizinhos, como o Japão e a China. No caso da China a popularidade das clínicas sul-coreanas tem crescido desmesuradamente, com o número de mulheres chinesas que as procuram a aumentar de 2500 em 2011 para mais de 25 mil o ano passado. Uma das razões tem também a ver com a falta de confiança nos cirurgiões chineses, e são comuns os casos de pacientes que morrem na mesa das operações, debaixo do bisturi de alguém menos competente.
Para quem tem dinheiro, ir ali ao lado embelezar-se não é problema, mas o mais complicado é o regresso: com um rosto completamente diferente daquele que consta do passaporte, torna-se complicado o trabalho dos funcionários dos aeroportos. Num incidente recente, 23 mulheres com idades compreendidas entre os 36 e os 54 anos ficaram retidas na imigração, pois tinham caras completamente diferentes da fotografia do documento de viagem: "Tivemos que comparar as partes não corrigidas com suas fotos com muito cuidado", disse Chen Tao, funcionário do Shanghai Hongqiao Airport. Felizmente os hospitais coreanos encontraram uma maneira de contornar o problema. Agora são distribuidos “certificados de cirurgia plástica", a pedido de pacientes estrangeiros. Estes documentos incluem o número do passaporte, a duração da estadia, o nome, a localização e o selo oficial do hospital de cada pessoa. Os viajantes podem usar o certificado para ajudar a convencer os funcionários da imigração na viagem de volta para casa. Beleza, a quanto obrigas...
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