A literatura em castelhano ficou mais pobre: desapareceu o escritor colombiano Gabriel García Marquez, vencedor do prémio Nobel da Literatura em 1982, e autor do célebre "Cem Anos de Solidão", considerada a obra-prima do estilo do realismo mágico, de que foi um dos reprecussores. Marquez nasceu há 87 anos em Aracataca, na Colômbia, e estudou na Universidade de Cartagena. Jornalista de profissão, começou por publicar pequenos contos, que mais tarde reuniu em seis colectâneas, e assinou 14 obras, entre novelas, romances e não-ficção. Tal como muitos intelectuais do seu tempo, situava-se à esquerda do espectro político, e foi um entusiasta adepto da revolução cubana. Em 1975 esteve em Portugal durante alguns meses para ver "a nossa" revolução. Retirado da escrita desde 2010 devido a problemas de demência, encontrava-se internado desde o início do mês num hospital da Cidade do México, onde viria a falecer ontem. O presidente colombiano Juan Manuel Santos já decretou luto nacional, por respeito a mais este grande nome das letras que agora nos deixa.
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