segunda-feira, 14 de abril de 2014

Arsenal e Hull na final da FA Cup


Arsenal e Hull City são os dois finalistas da edição deste ano da FA Cup, a Taça de Inglaterra, a competição futebolística mais antiga se sempre. Os arsenalistas, que vêm atravessando um período complicado, e arriscam mesmo ficar de fora da próxima edição da Champions League, o que seria a primeira vez em 17 anos, e desde que o francês Arsene Wenger assumiu o comando técnico da equipa. A vitória na meia-final teve contornos épicos, pois pela frente estava o campeão da prova, o Wigan Athletic, e que ainda por cima beneficiava do factor casa. Os "Latics" ficaram com um sabor agridoce no final da temporada 2012/2013, pois apesar da conquista da segunda competição mais importante do exigente futebol inglês, foram despromovidos ao Championship, o segundo escalão da pirâmide da FA. Este ano tentam o regresso ao convívio entre os grandes, o que se afigura difícil, uma vez que Leicester City e Burnley parecem ter já assegurado os lugares que dão acesso à promoção directa, restando ao Wigan tentar classificar-se num dos quatro lugares imediatos da tabela, que lhe dê acesso ao "play-off" que decide a Terceira equipa a ser promovida. O Arsenal, por seu lado, procura o primeiro troféu em nove anos - a "seca" vem durando desde a conquista desta mesma FA Cup em 2005, quando bateram o Manchester United na final, através do desempate nos pontapés da marca de grande penalidade. E foi assim também que se encontrou o primeiro finalista da edição deste ano, no primeiro encontro da "final-four", que tem como palco o mítico Estádio de Wembley. O Wigan adiantou-se no marcador aos 63 minutos por Jordi Gomez, de penalty, e aos 82 o defesa alemão Per Mertesacker igualava a partida, que assim foi para prolongamento. Trinta minutos depois e sem que ninguém chamasse a si a vitória em jogo útil, procedeu-se à "lotaria" das grandes penalidades, e da marca dos 11 metros os "gunners" foram 100% eficazes, enquanto o seu adversário converteu apenas dois dos quatro que lhe foram dados a marcar.


Já ontem jogou-se a outra meia-final, também num sumptuoso palco de Wembley, e frente a frente estavam o Hull City e o Sheffield United. O Hull City ocupa o 13º lugar da Premier League, tem feito uma época sem grandes sobressaltos, encontrando-se seis pontos acima da linha de água. O Sheffield United é um histórico, campeão ingles em 1898, e com quatro FA Cup no seu currículo, a última delas em 1925. Actualmente o clube anda pelas ruas da amargura, e ocupa o 11º lugar da League One, o terceiro escalão do futebol inglês. Mesmo assim o David deu luta ao Golias, num encontro muito disputado que teve nada mais nada menos que 8 golos - 5 para o Hull, 3 para o United. A equipa do escalão terciário até se adiantou no marcador aos 19 minutos, por Jose Baxter, mas o Hull empataria aos 42 pelo francês Yannick Sagbo. O United voltaria a ganhar vantagem ainda antes do intervalo, com um golo de Steven Cougall. O Hull entrou na segunda parte decidido a mostrar quem manda, e em menos de vinte minutos chegou ao 4-2, com Matty Fryatt, Tom Huddlestone e Stephen Quinn operarem a reviravolta. Já nos descontos o United chegou a assustar, com Jamie Murphy a reduzir para 3-4, mas logo na jogada seguinte o Hull reagiu com um golo da autoria de David Meyler. Esta é a primeira vez que os "tigers", orientados pela ex-glória do Manchester united, Steve Bruce, chegam à final de uma competição na sua história. A final realiza-se a 17 de Maio, mais uma vez com Wembley como cenário.

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