Cumpre-se o ditado alentejano: "Em Abril um pingo, Páscoa ao Domingo". Lembram-se daquela chuva que caíu no outro dia? Qual dia? Vocês lembram-se, aquele...esse mesmo. Pois é, foi a chuva que despertou os coelhinhos da sua longa hibernação invernil, para que fossem colher os ovos das galinhas chocolateiras, que nos últimos meses não têm comido outra coisa senão sementes de cacau, para garantir que só põem ovos de chocolate, que depois são embrulhados em folha de prata colorida no Pólo Norte, pelos duendes do Pai Natal, e depois distribuídos pela cegonha a crianças do mundo inteiro "e não só". A Páscoa é também uma época de ponderação, pois este ano há eleições europeias, e a Copa de futebol no Brasil deixa-nos a pensar se vale a pena fazer férias na Europa. A Páscoa não nos acontece só a nós, mas faz-nos sentir especiais, no sentido das "olimpíadas especiais", para alguns:
A Páscoa é sinónimo de feriado na sexta e tolerância de ponto na segunda
É partir a bilha da Dona Esperança
É fazer força para arrear o cagalhão que nos causa sofrimento
É ajudar o agente a encontrar a aguardente
É um contentamento descontente
É viver em libertação - quando não se é preso
É dizer que a vida vence sempre a morte, mas eu não arrisco apostar nessa, porque de vivo é mais fácil passar a morte do que o contrário
É libertar-nos do que nos magoa - como as mágoas
É uma explosão de cores, alegrias e sabores
É escrever palavras como "vida", "libertação" e "alegria" cinco ou seis vezes no mesmo texto com meia dúzia de linhas
É ser hoje melhor que ontem (a não ser que estejamos doentes)
É começar 11 frases seguidas com "É"
Em suma...Páscoa é:
CHUPA OVO!
Boa Páscoa aos leitores do Bairro do Oriente, e os outros que se lixem, e estou à vontade para dizer isto porque sei que não me vão ler.
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