O Benfica venceu esta noite o FC Porto por 3-1 na segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, recuperando da derrota por 0-1 no Dragão no jogo da primeira mão. O árbitro Pedro Proença, reconhecidamente um dos melhores do mundo, esteve em dia não, assumindo o protagonismo da partida em vez das equipas que jogavam à bola, prejudicando ambas. O Benfica entrou melhor, e marcou aos 17 minutos por Salvio, e a eliminatória ficava empatada. O Porto acusou o golo, e Quaresma, como habitualmente, representou a fúria azul-e-branca, sendo castigado com um cartão amarelo devido a uma entrada dura sobre o autor do golo encarnado. Mas seria Siqueira a ser expulso, deixando o Benfica a jogar com dez elementos a partir dos 28 minutos. O lateral-esquerdo viu dois cartões amarelos no espaço de quatro minutos, no que se pode considerar excesso de rigor da parte de Proença. Em vantagem numérica, o Porto veio à procura do golo, que conseguiu aos 53 minutos por intermédio de Varela. O Benfica ficava a precisar de marcar dois golos, e aos 59 Pedro Proença assinala uma grande penalidade muito duvidosa a favor da equipa da casa, a castigar uma alegada falta de Diego Reyes sobre Salvio. Existe um contacto do defesa mexicano, mas não terá sido suficiente para provocar falta. Indiferente a isto, Enzo Pérez aproveita para colocar o Benfica em vantagem. O jogo estava repartido, e o último quarto de hora foi incaracterístico, para não dizer uma má publicidade ao futebol, ao desporto, e principalmente à arbitragem. Salvou-se o golo do 3-1, autoria do jovem médio André Gomes - o momento da noite. A seguir um adepto invadiu o relvado, foi retirado pelas autoridades com as calças em baixo (?!), e logo acabou o futebol propriamente dito. Jorge Jesus, treinador do Benfica, foi expulso, e logo a seguir foi o seu colega do outro lado, Luís Castro, a seguir o mesmo caminho. Pedro Proença perdeu o controlo dos acontecimentos, não permitia que lhe dirigissem sequer a palavra, e começou a puxar dos cartões. Já em cima dos 90 foi Quaresma a ser contemplado com o segundo vermelho, retirando-se do jogo mas não sem antes apertar a mão ao juíz - atitude de desportivismo ou mero sarcasmo? No fim ficou para a história o resultado, e o Benfica chega ao Jamor pelo segundo ano consecutivo. Ao FC Porto resta agora a Taça da Liga para salvar a desastrosa época, e para chegar à final dessa prova, há outra meia-final com o Benfica a 27 de Abril, esta só a uma mão, e no Estádio do Dragão.
E na final com o Benfica vai estar o Rio Ave, que venceu esta noite o Braga no Estádio dos Arcos por 2-0, depois de 0-0 na cidade dos arcebispos. É a segunda vez que os vila-condenses chegam à final da Taça, 30 anos depois da derrota por 4-1 contra o FC Porto de António Morais, com Mourinho Félix, pai de José Mourinho, sentado no banco. Os golos foram da autoria de Ukra, num livre muito bem executado aos 27 minutos, e Rúben aos 69 confirmava a primeira participação do Rio Ave numa prova europeia; com o Benfica qualificado para a Liga dos Campeões, a equipa de NunO Espírito Santo entra pelo menos na 2ª pré-eliminatória da Liga Europa, e caso vença no dia 18 de Maio no Jamor, entra directamente na fase de grupos. E esta é já a segunda final que o Rio Ave garante, pois aguarda o outro finalista da Taça da Liga, que curiosamente sairá também de entre o Benfica e o FC Porto. Um ano em cheio para o emblema vila-condense, que tem ainda realizado um campeonato tranquilo, estando a manutenção no escalão principal por detalhes. Quanto ao Braga, teve uma época para esquecer; a seis pontos do 5º lugar com apenas três jogos para terminar a Liga, os minhotos vão com quase toda a certeza ficar de fora de uma competição europeia na próxima época, agora que se esgotou também a via da Taça de Portugal.
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