quinta-feira, 10 de abril de 2014

Atleti histórico, Bayern de betão


Atletico de Madrid e Bayern de Munique juntaram-se ontem a Chelsea e Real Madrid nas meias-finais da Liga dos Campeões, afastando respectivamente Barcelona e Manchester United. Para os "colchoneros" foi uma noite histórica, pois há 40 anos que os madrilenos não chegavam a esta fase da principal prova de clubes da UEFA. Pela frente estava o Barcelona, um nome que impunha respeito, e apesar do empate a uma bola em Camp Nou na semana anterior, havia quem atribuisse ligeiro favoritismo aos catalães. Só que o Atletico não se intimidou, e ainda "picou" mais aos blaugrana, quando Koke marcou aos cinco minutos do encontro. A equipa de Simeone, que imprimiu um cunho muito pessoal a este Atletico, muito guerreiro, muito pragmático, foi "mastigando" o tempo que restava para o fim da partida e da eliminatória, e deixou Messi e companhia em branco, e de fora da Champions. Curiosamente a última vez que o Atletico chegou tão longe viria a ser derrotado na final de 1974, e curiosamente contra o Bayern de Munique, e apenas com recurso a "replay". No sorteio do "final four" logo à noite em Nyon, não há qualquer condicionante, pelo que podemos muito bem ter uma meia-final entre Real e Atletico, duas equipas da capital espanhola.


O Bayern de Munique, por seu lado, não deixou de parte uma reedição da tal final em dois actos contra os "colchoneros", a 15 e 17 de Maio de 1974 no Heysel Park, em Bruxelas. OS bávaros tinham tudo bem encaminhado depois de um empate a uma bola em Old Trafford no passado dia 1, mas não ganhou para o susto quando o defesa Patrice Evra marca aos 57 minutos, virando o cenário a favour do Manchester United; um golaço que silenciou a Allianz Arena. Só que os alemães não se deixam impressionar tão facilmente, e logo dois minutos depois Mario Mandžukić recolocou a igualdade na partida e na eliminatória, e aos 68 foi a vez de Thomas Müller consumar a "cambalhota" no marcador, deixando mais aliviados os adeptos da casa. O ManU precisava de marcar, arriscou e baixou a rectaguarda, o que permitiu ao holandês Arjen Robben fazer o terceiro do Bayern aos 76, e dar a estocada final nas ambições de David Moyes salvar a época através da Champions.

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