É com grande orgulho que apresento mais um episódio da minha série de pequenos filmes, que deixo ao dispôr de quem me quiser seguir no canal que tenho no YouTube, e para quem é mais tímido ou não sabe como fazê-lo, basta clicar
aqui e depois no botão de "subscribe", ou quem tiver conta em português - e não tenho muita paciência nem tempo para acompanhar a evolução das páginas que inicialmente eram apenas em inglês - deve o botão de "subscrever", ou "seguir", ou algo que os valha. Isto não é publicidade nem um apelo de um ego que anda a precisar de ser alimentado, mas antes um "serviço despertar", que faço aqui neste caso com o meu canal do YouTube, mas faria com qualquer outro, desde que tivesse conhecimento ou me fosse feito esse apelo. A verdade é que tenho tenho recebido de algumas pessoas um "feedback" positivo, mas ao mesmo tempo algumas me têm dito que não se assumem como seguidores do blogue ou dos vídeos porque "senão já se sabe". Claro que não vou dizer quem são estas pessoas ou sequer quantificá-las (isso encantaria muito boa gente, de certeza, que pensa que me consegue "apanhar" no terreno da provocação, e me leva a cometer alguma inconfidência) mas se me estiverem a ler, permitam-me que vos pergunte: desde quando é que deixaram de acreditar nos princípios pelos quais foram - fomos, pois eu também fui - educados? Se nasceram poucos anos antes, ou até depois do 25 de Abril, foram certamente induzidos a acreditar que somos livres e temos direito a gostar e fazer o que nos der na gana desde que isso não mexa com o direito do vizinho, que é exactamente o mesmo que o nosso. Convenceram-nos que somos do mais democráticos que se pode imaginar; aliás ainda sou partidário da ideia de que levamos a coisas ao extremo, ou "tudo é permitido", ou "não há nada para ninguém".
E é neste mar revolto da extremização de conceitos que me tenho sentido a navegar um pouco solitário pelo riacho do meio-termo. Posso rejeitar uma ideia, uma prática ou um pensamento que me pareça abjecto, ou até repulsivo, mas desde que não seja ilegal, não só o aceito como encorajo quem se identifique com isso a assumi-lo - ou não - mas definitivamente que o faça se isso lhe está a causar transtorno, ou o impede de dormir descansado à noite. Do outro lado, e caso considere pertinente fazê-lo, não me vou inibir de criticar, ou refutar algum ponto de vista com que discorde ou me pareça oportuno ser passível de refutação; dogmas são da competência das religiões, e normalmente inserem-se no âmbito do sobrenatural, e daí à superstição e outras técnicas milenares de manipulação da mente vai um pequeno passo. Quem me considera "provocador" está logo aí a entregar os pontos: se "provoco" é porque levanto alguma temática debatível que é deixada por discutir para não "ofender sensibilidades", o que para mim traduz-se para "não aborrecer o menino , coitadinho, ai que ele faz birrinha", e assim vamos perpetuando os tabus e deixando os têm mais dinheiro, poder, influências, etc. fazer dos outros gato-sapato, e tudo em nome da "moral e bons costumes", que é uma daquelas coisas que nem dão para cortar às tiras, enrolar e pendurar na retrete. Se levanto uma questão que não tem interesse só com o fim de lançar a discórdia, seria um intriguista, e não "provocador", ou como me foi dito ainda hoje, e agradeço por entender como um elogio, dotado de um "humor corrosivo".
Fiquei a saber recentemente, e digo "recentemente" porque foi há semanas, e os factos terão ocorrido há coisa de ano ou meio ou menos, que fui indicado por alguém a uma pessoa que ocupa um cargo de elevada responsabilidade para realizar um projecto semelhante a este, um blogue ou um "website", neste caso mais relacionado com a área específica de trabalho do interessado. Causa-efeito, houve outro alguém que de seguida desaconselhou os meus serviços, mesmo que eu nunca os tenha oferecido, ou sugerido sequer que estou aqui a vender seja o que for. Fico agradecido a quem avançou com o meu nome, apesar de ter quase a certeza que não aceitaria a proposta - não me iam pagar milhões de dólares pelo serviço que provavelmente seria enfadonho e e não me deixaria muito espaço para a criatividade, mas conheço muito boa gente que ia subir pelas paredes ao saber que perdeu uma "oportunidade". Mas qual "oportunidade", se não deixei a entender que estava interessado? Lamento muito e tenho pena de quem gostaria de me ver na fossa, e isso deixa-me bastante triste, pois quem me conhece bem sabe que não sou nenhum "monstro" ou um "sacana mal intencionado", mas tenho um emprego remunerado, e não sendo uma fortuna chega para pagar as contas e ainda sobra para beber um copo. Se fosse fazer o blogue e todo o resto para sobreviver ou ascrescentar mais qualquer coisa ao que me é devido pelo produto do meu trabalho - e nunca misturo as duas coisas, não vai ser por aí que me apanham - não o faria, ou não sentiria o mesmo entusiasmo.
Apesar de já ter deixado isto bem claro, e ter prometido a mim mesmo que não insistiria no tema, há quem ainda pense que tudo o que faço é com o propósito de atingir algum fim, ou de obter benefícios que não obteria por outra via, e assim dei-me a conhecer, saí do anonimato para ficar no "mercado", ou que estou a soldo de fulano para atingir ou intimidar outrano, em suma, a minha postura deixa um pouco baralhados todos os que se esqueceram que não faço mais que exercer um direito que me é garantido, pois nesse processo aprenderam que "não há almoços grátis". Ora permitam-me discordar, e dizer que foram enganados, meus amigos. Temos compromissos a cumprir para que nos seja garantido ter todos os dias na mesa um almoço e um jantar, mas não é imperativo que tenhamos que renunciar ao que somos apenas porque o estômago fala mais alto. Há que distinguir entre fazer concessões e prostituir os valores: no primeiro caso podemos "concordar em discordar", o que tem a sua graça, não no sentido de "piada", mas de graciosidade; no segundo estamos a sujeitar-nos a um papel que não é o nosso, e se nos morde a consciência ao pensarmos que não queremos o mesmo para os nossos filhos, então nada como ser o exemplo - com que outro querem que eles se identifiquem?
Finalmente, e voltando ao ponto de partida deste texto que pretendia que fosse mais curto, reparem como deixei ali em cima uma série de imagens com que tenho ilustrado alguns artigos e vídeos, e isto tem uma razão de ser. Quando decidi fazer o primeiro blogue, e optei por adoptar um pseudónimo (não o fiz com a intenção de ganhar popularidade, pois essa foi-me atribuída sem eu ter pedido nada; há que os sabem disso, os que não sabem porque não viram, e os que se fazem de esquecidos) escolhi "Leocardo" com base nas iniciais do meu nome próprio e do apelido, e foi algo que me veio à cabeça de repente. Se repararem nos filmes podem notar que às vezes podia fazer melhor, mas tenho um pouco de "pressa" em passar a mensagem, o que sendo um efeito que admito, no fim é a mesma coisa: ou a mensagem passa, ou fica encalhada. Não sou do signo de Leão, nem acredito na astrologia ou em quaisquer qualidades atribuídas aos felinos que muitos humanos invejam, e o meu animal favorito é o pinguim - esta comparação foi feita por alguns leitores logo no início, e nem fica bem, nem mal. Vale o que vale. Não me considero vaidoso, sou o mesmo que era em Março de 2006 quando comecei o primeiro blogue, em Dezembro de 2007 quando comecei com este, e em 2012 quando revelei a minha identidade. Podia-o ter feito no auge da tal popularidade, mas só o fiz quando achei que não fazia mais sentido andar a esconder-me e ao mesmo tempo levantar suspeitas sobre terceiros. Agora para os que acham que sou "arrogante" porque falo de coisas que eles próprios não entendem, porque não lhes interessa ou porque lhes falta argumentos, ou porque não sabem escrever (houve um tempo em que nos ensinaram como fazê-lo, chamava-se "escola") lamento muito, mas não tenho por hábito nivelar as coisas por baixo. Se a vista é melhor do terraço e no rés-do-chão tenho uma parede em frente, posso tentar chegar lá a cima pela escadas, mas se os degraus forem mais altos que a perna, paciência. O que nunca vou fazer é chamar quem está no terraço para me sentir menos só na minha miséria.
PS: Para quem fica muito irritado quando lhe apontam os erros ortográficos, e depois ainda vem com uma grande lata dizer que "sabia", ou pior, que "não interessa", pode sempre usar
o dicionário, que esclarece todas as dúvidas e é completamente gratuito. Eu às vezes também uso, e em caso de dúvida é sempre melhor fazer as coisas bem feitas do que andar por aí com filosofias da treta, defendendo que "toda a gente se engana" e não sei que mais. Podendo evitar o erro, para quê recorrer à teoria de que ninguém nasce ensinado? Isso contribui para o quê, exactamente?
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