Tenho andado a fazer um "search" nos ficheiros mais antigos da minha memória na esperança de encontrar personagens que me tenham de algum modo influenciado na pré-adolescência, ou antes disso, e de alguma forma contribuído para a formação da minha personalidade. Isto explicaria muita coisa, de facto. Um desses personagens é o camarada Arnaldo Matos, pá! Peço já desculpa pelo facto de me referir ao camarada Arnaldo Matos, pá! deste jeito, sempre como "camarada" e a interjeição "pá!" no fim, pois era (e ainda é) assim que toda a gente se refere ao camarada Arnaldo Matos, pá! O camarada Arnaldo Matos, pá! foi um dos fundadores do PCTP/MRPP, um partido de extrema-esquerda que hoje é liderado pelo camarada Garcia Pereira, pá! e onde as fileiras contaram com nomes como Durão Barroso, Diana Andriga, Maria José Morgado, Ana Gomes ou Fernando Rosas, que entretanto abandonaram o ideal revolucionário e ficaram aburguesados, pá! P... que os pariu, mazé!
A primeira vez que sofri um choque político-ideológico foi com o camarada Arnaldo Matos, pá! Pode-se mesmo dizer que foi o camarada Arnaldo Matos, pá! quem rompeu o meu hímen ideológico, deixando a sua semente marxista-leninista-maoista-engelista no meu ventre pequeno-burguês, e conforme os ensinamentos deixados pelo falo retórico do camarada Arnaldo Matos, pá! através da minha pristina vulva proletária, fui fazer um aborto. Porquê? Porque era ilegal, camaradas! Se não concordam, o camarada Arnaldo Matos, pá! manda-vos à merda, pá! que naquele tempo o camarada Arnaldo Matos, pá! quebrava não só os hímens dos reacionários-juniores como eu, mas todas as convenções implantadas por essa corja corporativista, pá, dizendo "merda" e mandando toda a gente para o c*&%lho antes dessas expressões terem sido inventadas.
Após uma pequena pesquisa na net, descobri que o camarada Arnaldo Matos, pá! "retirou-se da luta política em 1982", isto porque segundo ele, "a contra-revolução triunfou". F***-se, pá! destesto quando essa merda acontece, c*&%lho. Anda praí um gajo a tentar educar a p**a da classe operária e os c***ões dos camponeses para depois virem esses filhos da p... dos contra-revolucionários estragar tudo, os sacanas. No entanto tenho quase a certeza que foi durante as eleições legislativas de 1985 que vi pela primeira vez o camarada Arnaldo Matos, pá!, no tempo de antena do PCTP/MRPP. Nesse tempo tinha eu 10 anos e não entendia nada de política (e ainda não entendo, nem eu nem ninguém) e ao ouvir aquele tipo de bigode a dizer cobras e lagartos de tudo e de todos ao mesmo tempo que debitava caganitas de retórica esquerdista da mais rançosa, a cheirar a chulé e cheia de pelos da barbicha do Lenine, fazia todo o sentido. Pensei para mim mesmo: "este gajo vai ganhar, com toda a certeza". Mas ganhou o Cavaco. É mais ou menos o mesmo, mas ao contrário.
O camarada Arnaldo Matos, pá! fundou o MRPP ainda nem estávamos nos anos 70. Porquê? Porque sim, c*&%lho, e também porque esses f... da p... revisionistas do PC eram uns betinhos, uns meninos de coro, uns anjinhos com um bigode do Estaline. Está lindo, está. O camarada Arnaldo Matos, pá! foi desde jovem para a clandestinidade, pá! Quando a senhora que pariu o camarada Arnaldo Matos, pá! ("mãe" e "pai" são docinhos reacionários, sujas fufas conformitas) lhe perguntou o que queria ser quando era pequenino, o camarada Arnaldo Matos, pá! respondeu: "clandestino, f...-se!". Na escola a flausina fascizóide que tentou enganar o camarada Arnaldo Matos, pá! com balelas sobre o céu e os c@£!es, ouviu das boas, pá!: "Vai tu, p***éfia salazarenta! O camarada Arnaldo Matos, pá! vai prá clandestinidade, c*%&lho!"
E estavam à espera do quê, carneirada sifilenta? Enquanto se entretiam com o vosso Molotov de açúcar Moscovado, a reaça prendeu o camarada Arnaldo Matos, pá! Suas matrioskas rotas, deixaram camarada Arnaldo Matos, pá! fazer coceguinhas nesse vosso clitoris seguidista com a sua glande revolucionária, e depois foram atrás da trufa lazuda do Cunhal, não foi, suas ovelhinhas chocas. Mas o povo libertou o camarada Arnaldo Matos, pá! O povo está com o camarada Arnaldo Matos, pá!
Chupem na pila do povo, suas comilonas de pilinha moscovita, que o camarada Arnaldo Matos, pá! conhece bem e evita. O camarada Arnaldo Matos, pá! é que é o grande dirigente e educador da classe operária, pá! O camarada Arnaldo Matos, pá! é o líder das massas, f...-se! Estavam lá todas no comício da Amadora, pá. O penne, o fusilli, o linguini e o tagliatelli mais a p... que os pariu, c*&%lho! Estão a ver lá em cima, onde se lê "camardas", o camarada Arnaldo Matos, pá! está a saudar os camaradas e a mandar os revisionistas à merda, pá!
Agora querem ver o creme que o Kremlin deixou nas vossas trompas de falópio revisionistas e decadentes, suas pachachas seminovas? O camarada Arnaldo Matos, pá! explica-vos nesta intervenção que fez durante as jornadas
de economia Marxista promovidas pela Revista Popular “Tempo e o Modo”, pá!
Os social-imperialistas revisionistas soviéticos dedicam-se a toda a espécie
de especulações no mercado internacional e dominam, através de uma
série de pactos económicos e militares, um conjunto de países do mundo, à
custa dos quais vão crescentemente vivendo e entesourando quanto
podem.
Eles dedicam-se a toda a espécie de facturas. Compram, por exemplo, o
petróleo do Médio Oriente a preço baixo e depois vendem-no na Europa ao
preço corrente no mercado internacional, auferindo com isso profundos
lucros.
Obrigam os países que dominam a comprar-lhes os principais produtos
acabados de que necessitam e, ao mesmo tempo, a fazerem sacrifícios
para investir os seus capitais no desenvolvimento de sectores importantes
da União Soviética, como é o caso da Sibéria.
E não se viu, suas vendedoras do povo, suas arrendatárias da c**a da classe operária? Foi-se a ver e aqueles fantoches revisionistas estavam todos a nadar em nota, pá, em banheiras de ouro nas termas da Sibéria, cum raio!
Ah suas porquistas do Bolshoi, nem sabem o que perderam, pá! O camarada Arnaldo Matos, pá! queria trazer o maoismo, porra! O camarada Mao é que é bom, suas pêgas russas. Comam merda, mas é, pá! Eduquem-se com o camarada Arnaldo Matos, pá! e leiam as suas obras aqui na Biblioteca Vermelha do sítio do PCTP/MRPP, c*&%lho. Vão-se f...r! Viva o camarada Arnaldo Matos, pá!
PS, quer dizer, MRPP, pá!:
Arnaldo Matos nasceu a 24 de Fevereiro de 1939, em Stª Cruz, na Madeira, é advogado e tem actualmente 75 anos. O facto de ele ainda estar vivo faz-me sentir...mais novo ☺
1 comentário:
longa vida
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