Boas! Eis-me de regresso depois de cinco dias por terras do Sião, de cara lavada, e preparado para enfrentar mais um mês de labuta, quer a obrigatória (maldito calvário...porque raio inventaram as contas?), quer aquela que me dá prazer, satisfação e gozo, o Bairro do Oriente. Tive a oportunidade de trocar dois dedos de conversa com alguns leitores, ora no Facebook ora pessoalmente e três em quatro deles (foi exactamente com quantos falei, quatro) perguntaram-me se eu fazia planos de deixar a escrita e passar a uma versão audiovisual do blogue. Claro que não, nunca foi essa a intenção, e se por acaso têm aparecido muitos vídeos e pouca escrita é porque, como devem imaginar, os vídeos dão algum trabalho e consomem bastante do tempo que era habitualmente reservado à escrita, e antes disso têm-me feito andar um pouco "fora" no que toca à actualidade informativa. Isto para não falar da concentração que requerem nos detalhes, o que tem absorvido muito da minha atenção e inspiração.
Um dia tem 24 horas, durante semana um terço desse tempo, ou seja, oito horas é reservado aos afazeres profissionais (se bem que aproveito sempre cinco ou dez minutinhos de intervalo para apontar umas ideias no "memo" do telemóvel), uma ou duas horas pelo menos são reservadas à família, nem que seja pelo menos o jantar - e mesmo assim eles ainda se queixam. Restam-me portanto doze horas, que tirando uma ou duas que se perdem no vaivém casa-trabalho, "toilettes" e afins, são dez horas que tenho para dividir entre o sono e o blogue, isto grosso modo. O sono tem sido muitas vezes sacrificado, já cheguei a dormir duas ou três horas por dia durante quase uma semana inteira, mas epá, às vezes vale a pena. Um gajo olha para isto e diz: "sim senhor, muito bonito, se eu morresse hoje ficaria imortalizado no éter da World Wide Web!". Além disso agora na Tailândia aproveitei para me "vingar", e dormi sem exagero 60% do tempo. Bem vistas as coisas até foi um desperdício, mas se ficasse em casa nos feriados arrisco dizer que tinha feito mais uma leva de vídeos, quem sabe.
Espero que gostem do vídeo que deixarei aqui em breve, tenho esperança que ainda esta manhã, ou o mais tardar pela hora de almoço de amanhã, segunda-feira, e apesar dos 26 minutos de duração, não foi difícil recolher o material "in loco" - era só apontar com a câmara para aqui e para ali. A parte do Filipe fiz em 3 minutos, com o meu filho a filmar dentro do Family Mart a caminho do hotel (eram uma da manhã, creio, óptima hora para evitar ser o centro das atenções), e o Leocas com o seu "Dinamizar" foram cinco minutos na praia, deixa cá ver se ficou bem, e zás! segue para edição. E é de facto a edição, a montagem, a colocação das trilhas sonoras, as vozes-off e tudo mais que dão todo o trabalho, e para "nascer" um vídeo de 20 e poucos e minutos perdem-se umas boas 3 ou 4 horas. Só para verem como não nasci para Scorsese, Spielberg ou Pérez (Sérgio Pérez, o "nosso" Fellini do Lilau, entenda-se), procuro sempre o melhor resultado possível. E depois sai aquilo,
helas. Entretanto aproveito para anunciar que muito possivelmente a escrita regressará em força, até porque muito do material - que repito, é todo original e 100% da minha autoria - são já ideias mais ou menos antigas, e agora que estão "despejadas", é possível que a frequência dos vídeos diminua. Claro que nunca se sabe se a "musa" dos cineastas de telemóvel-para-YouTube me inspira, e de facto tenho algumas coisas na forja, mas certamente sem a mesma cadência.
Quanto aos que se questionam sobre alguma da orientação que o blogue tem vindo a tomar, ou noutras palavras, que "paneleirices" são aquelas que eu ando a escrever ultimamente, posso-vos garantir que nada se passa, e se 2014 tem sido um ano merdoso para mim em muitos aspectos, pela primeira vez digo com o peito feito que "está tudo bem". Glória ao sobrevivente e miséria aos que contra a sua alma bondosa atentaram. Assim arranca o mês de Outubro, o blogue prepara-se para comemorar o seu sétimo aniversário (dia 1 de Dezembro, caso se tenham esquecido), sempre com emissões regulares, tirando uma ou outra "avaria", e os mais de 11 mil "posts" afixados do lado direito para vossa consulta são apenas "os primeiros onze mil". Deixem-me assegurar-vos que estou para as curvas, de onde vieram esses há muitos, muitos mais, e o Leocardo promete continuar atento, crítico, incisivo, mordaz, bem-humorado sem piada nenhuma, e nunca digam que algo é de "mau gosto", pois como o nome indica, esse também é um "gosto", e "gostos não se discutem" - dizem, mas é mentira: discutem-se sim, há por aí muito gosto que me chateia, e é para "malhar" nesses que aqui estou. E vocês, pázinhos, fiquem desse lado que não pagam (e nunca pagarão) nada. Um abraço.
Leocardo
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