Robin Herman, de Newton Massachusetts, nos Estados Unidos, é proprietária de um abrigo que se dedica a recolher cães abandonados, e dentro do possível tratar os que se encontram enfermos - em suma, é uma ANIMA lá do sítio, mas com mais apoios e assumidamente dedicada apenas a cães. O abrigo tem o nome de "Lucky Dog", ou "cão sortudo", e um desses sortudos foi Adam, um amigo de quatro patas que foi encontrado com o que indicava ser sarna: sem pêlo e com feridas em várias zonas do corpo. Robin tratou do cão o melhor que sabia, mas apesar de Adam ter adquirido uma aparência mais saudável, persistia o problema da comichão, que o deixava a largar largas quantidades de pêlo e não lhe deixavam restaurar a pele. Tendo usado os melhores champôs, insecticidas e vermífugos, resolveu levá-lo ao veterinário para descobrir a razão da maleita de Adam, e ficou perplexa ao saber que afinal que o problema era...ela própria - o cão é alérgico a humanos. Um caso raro, que até parece uma anedota, ao estilo de quando dizemos que somos "alérgicos a certas pessoas", mas não, nem foi piada do veterinário, nem o cão tem o sentido de ironia, e até está a sofrer sem saber porquê. Acontece que assim como há pessoas alérgicas aos cães, o contrário também é possível de se suceder, mesmo que seja raro. Cada uma das espécies tem bactérias - e nós transportamos sempre bactérias, algumas sem as quais não conseguiriamos viver - que provocam na outra uma reacção alérgica. E o que fazer com Adam, agora que se sabe que o contacto com os humanos é a razão do seu sofrimento? Abandoná-lo de novo? Cremá-lo e fazer sabão com as suas bolsas adiposas? Nada disso! Assim como as pessoas podem tratar a alergia aos cães (contudo muitas preferem não o fazer), os amigos de quatro patas podem ser tratados da sua incompatibilidade com os humanos. E a mesma dedicação que leva Robin Herman a socorrer os canídeos da agressão dos homens sem coração levará também a que Adam possa de novo ter um lar.
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