Podia ter terminado em tragédia, o GP do Japão, 15ª prova do mundial de Fórmula 1, realizado esta tarde no circuito de Suzuka. O tempo esteve durante todo o fim-de-semana condicionado por um tufão, e a corrida esteve mesmo para não se realizar, devido à chuva forte e ao vento de rajada que se abateram sobre Suzuka. Mas a organização decidiu que existiam condições, apesar de mesmo durante a prova as equipas terem pedido várias vezes a sua interrupção. Quem menos sofreu com a intempéride foi Fernando Alonso; o espanhol, conhecido pela sua regularidade (só tinha desistido uma única vez esta temporada) ficou pela 2ª volta. Os carros foram-se aguentando no piso escorragadio com o vento a dificultar a pilotagem, e tudo parecia indicar que se cumpririam afinal as 53 voltas ao circuito, conforme tinha sido programado. Contudo à 41ª volta dá-se um acidente que poderia ter tido um desfecho fatal, quando o Marussia de Jules Bianchi perde o controlo, embate contra uma muralha de protecção já fora da pista, e aquilo que parecia apenas um embate normal ganha contornos sérios assim que se vê a aflição dos comissários de pista, que acenam por ajuda logo que vêem o piloto no chão, alguns metros à frente do seu carro. O piloto francês de 25 anos, que fazia a sua segunda temporada na disciplina máxima do desporto automóvel sofreu lesões graves na cabeça e foi operado de urgência, sendo o seu prognóstico reservado.
Três voltas depois do acidente quase trágico de Bianchi, a organização japonesa dá finalmente por encerrada a corrida quando faltavam ainda nove voltas. Lewis Hamilton, em Mercedes, liderava na altura, e como foram cumpridos dois terços do percurso total foi declarado vencedor, à frente do seu companheiro de equipa e principal concorrente na luta pelo título mundial, o alemão Nico Rosberg. Outro alemão fecharia o pódio, o tetra-campeão mundial Sebastian Vettel, que terminaria à frente do outro Red Bull, o do australiano Daniel Ricciardo, e em quinto lugar terminava um "intruso", o McLaren de Jenson Button, que relegava os dois Williams-Mercedes de Valtteri Bottas e Felipe Massa para sexto e sétimo lugar, respectivamente, impedindo assim que as três escuderias mais competitivas chamassem a si os seis primeiros lugares. Os dois monolugares da Force India terminavam também nos lugares pontuáveis, com Nico Hulkenberg em oitavo e Sergio Perez em décimo, e pelo meio ficaria o Toro Rosso de Jean-Eric Vergne. Curiosamente a etapa japonesa foi a primeira esta temporada em que a Ferrari não somou qualquer ponto, pois além do já referido abandono de Fernando Alonso, Kimi Raikkonen não foi além do 12º lugar. Na outra prova em que o espanhol não pontuou, em Monza, o finlandês "salvou a honra do convento" terminando na nona posição. O mundial continua a ser liderado por Hamilton com 266 pontos, agora mais dez que Rosberg, estando Ricciardo já bem longe com 193, à frente de Vettel, que aproveitou o facto de Fernando Alonso não ter pontuado para ascender ao quarto lugar do mundial de pilotos, agora com 139 pontos contra 133 do espanhol da Ferrari. Nos construtores ninguém pára a Mercedes, que ultrapassou a fasquia dos 500 pontos, ficando agora com 522, quase mais duzentos que a Red Bull que tem 33, enquanto a Williams aproveitou para "fugir" à Ferrari, somando 201 pontos contra 178 da marca italiana. A próxima etapa do mundial é já no próximo Domingo na Rússia, no Autódromo de Sochi.
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