sexta-feira, 10 de outubro de 2014

CCAC rima com Heroísmo (se não rima, passa agora a rimar)



Enquanto o ICAC de Hong Kong promete uma investigação "isenta e imparcial" ao alegado caso de corrupção envolvendo o Chefe do Executivo C.Y. Leung e uma empresa australiana, o nosso Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) também soma pontos, desvendando um sórdido e complexo caso de falsificação de documentos em que é suspeito um...FUNCIONÁRIO PÚBLICO! Sim, já era tempo de pôr um fim ao reinado de terror dos mensageiros do mal a soldo dessa organização terrorista pior que 10 ISIS juntas e ainda com vinagre, veneno e vómito por cima...O GOVERNO! Essa agora...empresa australiana, Chefe do Executivo, 50 milhões de HKD...tudo trocos que deito para a sarjeta para não me fazerem peso no bolso do cu das calças, comparados com esta nojenta conspiração a que os nossos "agentes transparentes" puseram um ponto final. Quem foi que disse que o CCAC era mais inútil que uma múmia paralítica cujas ratazanas que lhe andavam em cima já tinham sido reduzidas a pó? Ah pois, fui eu...está bem, e então, até eu me engano.

Vejam lá vocês que este perigosíssimo criminoso atreveu-se a alterar respostas DO SEU PRÓPRIO TESTE durante um concurso de acesso DO SEU serviço, e com isso aumentar as possibilidades de conseguir um melhor resultado PARA SI, e assim ter mais hipóteses de conseguir uma promoção NA SUA carreira. Imaginem que o biltre aproveitou-se logo do momento em que não se encontrava ninguém na sala, o cobarde, traindo assim a confiança do compententíssimo júri que deixou lá as provas, ingenuamente convencido que ninguém se atreveria a tal façanha. Que maldade...que batota...que egoísmo. Onde é que já se viu, alterar uma resposta do teste que ele próprio realizou, usando ainda por cima a sua letra, e assim tentar melhorar a sua classificação? Que caso de invasão da própria privacidade; este mundo está perdido. Mas será que pensava que escapava da perícia do CCAC, que assim resolveu o misterioso caso de quem alterou as respostas do exame quando se encontrava uma pessoa na sala de exame, ou seja, uma multidão? Digo mais: o CCAC era capaz de apanhar o suspeito nem que estivessem DUAS pessoas na sala, e com uma probabilidade de 50% de acertar. Genial! Agora o meticuloso falsificador arrisca-se a uma pena até 3 anos de prisão, tempo suficiente para reflectir sobre o seu hediondo acto.

Ainda bem que o CCAC tem os melhores especialistas do mundo - sim, se olharem para a lista de candidatos rejeitados ao cargo de inspector pelo Comissariado encontram lá nomes como Sherlock Holmes, Hercule Poirot, Mandrake e Sr. Monk. Temos o CCAC como réstia de esperança, juntamente com o Gabinete de Protecção de Dados Pessoais (GPDP), que ainda há coisa de mês e meio salvou a maioria dos residentes de Macau de passar os elementos do BIR para uma maquiavélica organização e assim arriscar-se a ficar sem identidade, e ter de passar a assinar com um "X", e ainda o Comissariado de Auditoria, que quase diariamente apresenta relatórios que nos deixam dormir mais descansados, sabendo que não andam por aí esses malvados dos Funcionários Públicos a deitar fora os lápis que compraram com O NOSSO dinheiro, quando ainda têm dois milómetros de carvão para ser usado. Deus abençoe esta liga dos super-heróis bem que nos guarda das forças do mal.

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