Já dizia Jorge Palma no seu "A Escola", do álbum Bairro do Amor: "A escola ainda não acabou/ainda há tanta matéria a estudar". Para Madeline Scotto, uma professora de 100 anos natural e residente em Nova Iorque, a escola só vai acabar com o seu último suspiro. Scotto reformou-se oficialmente do ensino há 10 anos, quando tinha 90, devido a problemas auditivos. Mesmo ouvindo mal, decidiu continuar no activo, e três vezes por semana fica na biblioteca da St. Ephrem’s Elementary School, a escola onde estudou até 1928, a dar explicações de Matemática a alunos que estejam mais atrasados na matéria. A professora sente-se no seu sétimo céu, pois nunca deixou de sentir grande afecto pela escola onde estudou, apesar de ter feito a maior parte da sua carreira e ensinar noutras instituições de ensino. Mãe de cinco filhos, já todos aposentados, com nove netos e 16 bisnetos, Scotto começou a dar aulas em 1954, já aos 40 anos, depois de cumprir a sua "recruta" como mãe e dona-de-casa. Ganhou-lhe o gosto, e depois da morte do marido em 1999 nunca mais deixou o ensino, o contacto com os mais pequenos, e nem quer ouvir falar de reforma. Vive num bairro a poucos minutos da escola onde ensina, que manda um funcionário buscá-la todos os dias a casa. Um exemplo de dedicação muito para além do limite da idade.
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