Dos quartos saem os quatro

Barcelona e Atletico de Madrid empataram a uma bola no Nou Camp na primeira mão do encontro dos quartos-de-final da Champions unicamente espanhol, colocando os "colchoneros" em vantagem para o encontro da segunda mão. O inevitável Diego Costa adiantou a equipa visitante aos 56 minutos, mas quinze minutos depois Neymar, um dos "ases" do "naipe" catalão, empatava o jogo, sendo contudo insuficiente para os "blaugrana" encararem com optimismo a passagem às meias-finais.


Em Old Trafford, na Inglaterra, Manchester United e Bayern de Munique reeditaram a mítica final da Liga dos Campeões de 1999, que os ingleses venceram por 2-1, operando a reviravolta nos instantes finais. É um ManU muitos furos abaixo desse que temos passados 15 anos, enquanto os bávaros são provavelmente a equipa mais forte da Europa na actualidade. Mesmo assim a equipa agora orientada por David Moyes obteve um empate, que sempre traduz uma melhoria em relação ao desempenho doméstico, onde ocupa um modesto 6º lugar a Premier League, e chegou a adiantar-se no marcador aos 58 minutos, pelo defesa sérvio Nemanja Vidic. Os alemães, virtuais campeões da Bundesliga, empatariam aos 67 por Schweinsteiger, mas perderiam este jogador para o encontro da segunda mão, devido a expulsão por acumulação de amarelos. Mesmo assim a equipa de Pepe Guardiola é a grande favorita para resolver a eliminatória a seu favor na Allianz Arena, e passar ao "final-four" da prova.


Também da Alemanha mas menos optimistas estarão os jogadores e atletas do Borussia Dortmund, finalista derrotado da edição 2012/2013, que sairam pesadamente derrotados do confronto com o Real Madrid no Santiago Bernabeu. Os "merengues" angariam uma confortável vantagem de 3-0, e estão com um pé nas meias-finais. A equipa de Cristiano Ronaldo e companhia beneficiou de um início arrasador, com dois golos na primeira meia-hora: primeiro pelo galês Gareth Bale aos 3 minutos, e depois pelo jovem Isco, aos 27. O internacional português fez o gosto ao pé já no segundo tempo, aos 57 minutos, marcando o seu 14º golo nesta edição da Liga milionária, igualando a marca do argentino Lionel Messi, e com fortes probabilidades de vir a deter o novo máximo. O CR7 lesionou-se, mas sem gravidade, e deverá estar apto para o encontro da segunda mão em Dortmund.


Contas complicadas também para José Mourinho, que viu o seu Chelsea sair derrotado do Parque dos Príncipes em Paris por três bolas a uma frente ao Paris SG, complicando o apuramento, que agora depende de uma vitória em Stamford Bridge por um resultado de 2-0, ou melhor. Os franceses adiantaram-se logoaos 4 minutos graças a um golo do argentino Ezequiel Lavezzi, mas os ingleses empatariam aos 27 de grande penalidade, por intermédio do belga Eden Hazard. Chegava o interval, e o Chelsea tinha obtido um importante golo fora, e parecia controlar a eliminatória. No entanto aos 61 minutos um erro do central David Luiz, que marcou na sua própria baliza, começou a deitar tudo a perder, e a situação piorou já em cima dos 90, com outro argentino, Javier Pastore, a fazer o terceiro para os homens comandados por Laurent Blanc, que lideram o campeonato francês e estão a causar uma boa impressão na Europa. Valeu a pena todos os milhões investidos nos últimos anos no emblema da cidade-luz pelos investidores do consórcio financeiro do Qatar.