sábado, 13 de março de 2010

Provedor do leitor


Esta semana no Provedor do Leitor gostava de destacar alguns dos excelentes comentários que recebi a propósito de dois dos posts desta semana. O primeiro, do post XXI Festival de Artes, recebeu o seguinte comentário do leitor Pedro Coimbra:

O Guilherme é meu amigo.
Serei suspeito na avalaiação que faço dele, portanto.
Mas, ainda assim, aqui vai - profissionalmente, é um craque!
Como pessoa, é uma jóia.
Não é nada cocabichinhos, nem "mangas de alpaca".
O IC vai sofrer uma grande transformação com ele.
Basta ver o trabalho que ele fez no Museu de Arte.
Programa em português?
Há-de estar em português, em chinês e em inglês.
Exacatamente o que ele fazia no MAM e com uma qualidade gráfica fantástica.


Ainda a propósito do mesmo post, outro leitor deixou o seguinte comentário:

Todos estamos imensamente felizes por ver o Guilherme no Instituto Cultural. Orgulhosos por tê-lo de novo em casa. Expectantes em relação ao futuro. Certos que muito mudará para melhor.
No entanto, no que se refere aos comentários sobre o desdobrável do programa gostaria de esclarecer que quer o do FIMM, quer do o FAM são editados em P/C/I há muitos anos e sempre com uma inegável qualidade gráfica.
Mais, em todas as conferências de imprensa realizadas sempre foi facultada informação trilingue aos representantes dos OCS.
MCP


O mérito a quem o merece, portanto. O post Memórias do Oriente em Guerra - Macau ficou enriquecido com uma série de comentários dos leitores do Bairro do Oriente:

Em meados dos anos 90, tive oportunidade de entrevistar o querido Padre Teixeira (já falecido), e em conversa ele contou diversas histórias passadas em Macau no tempo da 2ª grande guerra. Houve uma história que me chocou na altura e por isso ficou na minha memória.
-Na época da 2ª grande guerra passava-se muita fome. Os cidadãos comuns chineses, deixavam-se ficar às portas de estabelecimentos nocturnos frequentados por militares, onde os mesmos tinham o privilégio de ter alguma comida e bebida. Os tais comuns mortais esfomeados, esperavam que os militares saíssem dos bares embriagados e vomitassem o que tinham comido, para então poderem matar a sua fome.
Fiquei muito impressionado com esta história e ainda hoje relembro e conto isto com alguma dificuldade. Mas é verdadeiro este testemunho.


Do leitor Raúl, de Pequim:

No "Eu Estive em Macau durante a guerra" de António de Andrade lê-se ainda pior. Havia chineses que aproveitavam a corrente de esgotos de comidas mal digeridas como ervilhas e milhos. O livro é, se não me engano, do Instituto Cultural, pois o autor chegou a general. Eu comprei-o , li-o e levei-o para Portugal para o oferecer ao sr. Coronel Eduardo Abreu, falecido em 2004 com 91 anos, que passou toda a guerra em Macau vivendo na Fortaleza do Monte, onde aí, a sua esposa, falecida no ano passado, teve três filhos. Ouvi-los dissertar sobre o que se passou nesse tempo era um deleite, como, por exemplo, quando chegou a notícia da bomba atómica sobre Hiroshima, o facto de a população chinesa ter andado toda a noite a queimar panchões a ponto de o Governador ter proibido tal com receio de provocar a ira dos japoneses.
RAUL (de Pequim)


E ainda do leitor NaBanJin, do Japão:

Obrigado pela divulgação deste título, caro Leocardo.
Eis um tema que deveria cativar o interesse de muitíssimo mais gente, tanto em Macau, como no Japão, como em Portugal, e não se percebe porque se conserva em tamanha obscuridade.
Entre as muitas questões que surgem sobre esse período, nem se fala sequer, por exemplo, do que terá levado o Exército Imperial Japonês a respeitar a neutralidade do território numa altura em que tal estatuto não era nem pouca mais ou menos garantia da sua inviolabilidade, e mais, tendo em conta, que a propaganda japonesa da época, apresentava e justificava a guerra como uma campanha de "libertação da Ásia" do jugo Europeu.
De resto sabemos que a mesma sorte de Macau, não teve Timôr.
Da minha parte, bem que gostaria de conhecer mais obras sobre esta matéria.
Amigáveis cumprimentos do Japão,
NBJ


A excelência dos comentários é digna de destaque na página principal do blogue. Obrigado a todos pela contribuição.

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