Sei que alguns dos meus leitores gostaram muito daquele vídeo dos Pogues, o "dirty Old Town", de um dos melhores discos jamais feitos, "Rum, Sodomy & The Lash", que incluía ainda o deprimente "Waltzing Mathilda" e o corridinho "Sally MacLenane", além daquela que é de longe a melhor música do álbum, "A Pair of Brown Eyes", óptima para se ouvir perdido de bêbado. Perdido de bêbado andava (e anda) o nosso Shane MacGowan, que segui até a sua muito curta carreira a solo, que produziu apenas dois discos, em 1995 e 1998. Por incrível que pareça, o homem ainda está vivo, apesar de não ter dentes, e até já passou dos 50. Shane, todos nos lembramos, era um jovem que gostava de "punk" e um dia quase lhe arrancaram uma orelha à dentada num concerto dos Sex Pistols. A primeira vez que os vi ao vivo foi numa Festa do Avante (1985?), e apercebi-me que ali estava ouro. Arranquei para comprar "Red Roses for Me" e "RS&L", e depois vibrei com "If I Should Fall from Grace with God". "Peace and Love" coincidiu com uma digressão durante o meu penúltimo ano do Liceu, e um concerto em Lisboa (Coliseu? Pavilhão Carlos Lopes?) que fui ver, e a certa altura Shane interrompeu porque "perdeu um anel muito importante para ele". Depois foi o período mesmo antes de vir para Macau, que vibrei com "Hell's Ditch", e já no território comprei Best of the Pogues, que incluía a balada "Rainy Night in Soho", uma linda música. Dos Pogues depois da saída de Shane, é melhor nem falar. Hoje deixo-vos aqui com "Misty Morning Albert Bridge" do álbum "P&L", porque esta semana em Macau tivemos "mist". Neblina, capisce? Fiquem bem, fiquem com os Pogues.
3 comentários:
Anónimo
disse...
Espero que, ao dizer "deprimente" quando se refere a "Waltzing Mathilda", não esteja a utilizar a palavra no mesmo sentido que a utiliza quando fala de programas de televisão. É que é deprimente, sim, mas um "deprimente" de altíssima qualidade. Aliás, tal como acontece com os programas "deprimentes" de que costuma falar.
Claro que aqui é um deprimente maravilhoso, assim como este "Misty Morning Albert Bridge". Repare que quando falo de cada música dos Pogues, é como se estivesse a falar de um filho. Obrigado por ser um fã do grupo mais incompreendido da história.
3 comentários:
Espero que, ao dizer "deprimente" quando se refere a "Waltzing Mathilda", não esteja a utilizar a palavra no mesmo sentido que a utiliza quando fala de programas de televisão. É que é deprimente, sim, mas um "deprimente" de altíssima qualidade. Aliás, tal como acontece com os programas "deprimentes" de que costuma falar.
Claro que aqui é um deprimente maravilhoso, assim como este "Misty Morning Albert Bridge". Repare que quando falo de cada música dos Pogues, é como se estivesse a falar de um filho. Obrigado por ser um fã do grupo mais incompreendido da história.
Abraço
Vão "passar" brevemente no meu blogue também
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