Quem já visitou Pyongyang (e não deve ter sido muita gente...) apercebe-se do ódio que os norte-coreanos nutrem pelos norte-americanos. A maioria dos posters propagandísticos que se podem encontrar na capital do país mais isolado do mundo demonstram sobretudo o poderio militar da Coreia do Norte, com imagens de soldados a esmagar monumentos americanos como o Capitólio, ou mísseis a destruírem a Casa Branca, ou tanques a esmagarem a "american way of life", que para os coitados dos norte-coreanos é "a pior 'way of life'" que se pode imaginar. Contudo existem ainda cartazes propagandísticos que alertam os cidadãos para os perigos de uma invasão por parte dos Estados Unidos. Algumas destas imagens têm um valor artístico inquestionável.
Nesta pintura vemos um pobre norte-coreano, mais bem alimentado e com um ar mais saudável do que possa imaginar, a sofrer as agruras da tortura por parte de dois soldados norte-americanos, que se preparam para infligir queimaduras com um ferro em brasa nas partes mais tenras da indefesa vítima. A julga pelo olhar sádico do soldado que segura o ferro em brasa, aquele cigarro vai acabar a vazar um olho do norte-coreano.
Um grupo de norte-coreanos é empurrado para uma vala, onde serão enterrados vivos. Repare-se no ar resignado da jovem norte-coreana que segura uma criança nos braços, e do jipe onde se lê "U.S. Army".
Um grupo de mulheres norte-coreanas imploram aos soldados norte-americanos que não levem os seus filhos. As mulheres têm uma expressão que é um misto de ódio e impotência. Uma das criancinhas estrebucha, segurando-se ao degrau da porta.
Um jovem norte-coreano prepara-se para ser queimado numa fogueira, enquanto entoa uma canção patriótica. Uma criança abraça um ansião, que "nunca tinha visto nada assim", nos dias da sua já longa vida.
Uma jovem norte-coreana, que a julgar pelas roupas rasgadas já terá sido violada pelos soldados norte-americanos, é amarrada a um búfalo, e entregue à sua sorte. Muito triste.
Um fresco que faz parecer "Guernica" de Picasso um piquenique. Um pobre orfão desesperado, deixado em cima numa pilha de cadáveres. Os soldados norte-americanos já o identificaram, e preparam-se para encurtar a vida do petiz com balázio traiçoeiro na nuca.
Mais uma prova da crueldade sem igual do invasor. Uma jovem norte-coreana, agarrada ao cadáver da mãe, preparada para encontrar a mesma sorte. O carrasco está mais uma vez bem identificado, com uma boina verde onde se lê "US". Malditos!
Um grupo de soldados norte-americanos diverte-se a arrancar a sangue frio os dentes de uma jovem norte-coreana, provavelmente para que ela confesse qualquer coisa. Ou apenas por prazer sádico. Um dos soldados fuma um cigarro, pensando "this is better than sex!". Onde é que já vi isto antes?
Uma espécie de Jean d'Arc em versão coreana, a caminho da fogueira, enquanto apela aos seus compatriotas que não virem a cara à luta, que não esmoreçam. Uma nobre heroína a quem a História cantará loas de exultação.
E pimba!, um prego na tola da menina, onde se lêem dizeres insultuosos. Repare-se no ar sádico do soldado, impiedoso e cruel.
Se isto fosse mesmo verdade, seria a guerra mais cruel da História. Mas tudo não passa de um mero produto da imaginação fértil e doentia do regime da Coreia do Norte. Em todo o caso, há que lhes reconhecer mérito artístico.
9 comentários:
Mérito artístico, sim, mas pouco rigor histórico. A havê-lo, quando se tratasse de fogueiras, em vez de soldados norte-americanos tínhamos de ver padres inquisidores. Isso sim, era respeito pela história.
O Satananás deve mesmo viver obcecado pela Igreja, chiça...
Esta imaginação mórbida revela como eles pensam, ou seja, em caso de guerra era o que fariam aos outros. É como as pessoas. Só a gente má é que ocore ver nos outros maus pensamentsos, que não são mais do o reflexo dos seus próprios pensamentso.
O COMUNA DO LEOCARDO ESTA NOVAMENTE A VENDER O SEU PEIXE...
Já vi começarem guerras por bem menos...
Interessante posta, Leocardo.
Obrigado.
"Um fresco que faz parecer "Guernica" de Picasso um piquenique." Ahahahahahahahahahahaha! Tu e a arte andam um pouco de costas voltadas... és mais bolos não é Leocardo?
Porquê? Não percebeu? Quer que lhe faça um desenho?
Bem, há muito quem afirme a ficção ultrapassar a realidade. Sei lá eu que fizeram os "américas" mais labrêgos por lá.
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