quinta-feira, 25 de março de 2010

Deixem as prostitutas jogar!


Dezenas de prostitutas marcharam ontem em França para protestar contra uma proposta de lei que visa legalizar os bordéis naquele país. Segundo as prostitutas, essa lei não lhes permite que trabalhem por conta própria. Um deputado do parlamento francês propôs a reabertura dos bordéis em França - seis décadas depois de terem sido fechados - com o propósito de tirar as prostitutas da rua, e oferecer-lhes assistência médica, financeira e jurídica. A ideia não é má, mas as prostitutas dizem que assim "não podem tomar as suas próprias decisões", e que preferem que seja revista a lei de 2003 que ilegaliza a solicitação de sexo. Uma das prostitutas (neste caso um prostituto), Thierry Schaffhauser, 27 anos, ilustra com um exemplo: "Os médicos, por exemplo, podem trabalhar para uma empresa ou por conta própria. O importante é deixar que as pessoas decidam como devem trabalhar". As prostitutas-manifestantes juntaram-se a uma conferência sobre a prostituição realizada no Senado, convocada por Chantal Brunel, uma deputada que se opõe a lei. A deputada, contudo, não esteve presente (!). Depois da conferência as prostitutas marcharam sobre Paris, vestidas de uniforme e segurando cartazes onde se liam slogans como "Vocês dormem connosco, depois votam contra nós". Lola Bruna, uma prostituta de 19 anos, diz que "Não há que ter vergonha. Dizem que esta é a mais velha profissão do mundo, e deve ser por alguma razão". Os bordéis foram ilegalizados em França em 1946, e em 2003 uma lei tornou a vida das prostitutas mais difícil, proibindo a solicitação de serviços sexuais, com uma multa de 40 mil patacas (!?). Alima Boumediene-Thiery, a senadora do Partido dos Verdes que organizou a conferência, "A questão aqui não se prende com os bordéis. Prende-se com o reconhecimento dos direitos dos homens e mulheres que fizeram a sua escolha, e devemos respeitar". Uma ideia peregrina em muitas partes do mundo, aparentemente. Alguém aqui em Macau percebe isto?

PS: Na caption na página do Facebook onde publiquei esta notícia lia-se: "brownish Workers". Bem racista, francamente.

6 comentários:

Anónimo disse...

Vejam o exemplo de Macau, a prostituição é ilegal em Macau mas as saunas que servem de fachada para a prostituição já é legal,no fundo vai dar ao mesmo.Portanto legalizar a prostituição para que???So para dizerem que está legal e depois terem que pagar impostos?As prostitutas que trabalham por conta própria preferem que a prostituição seja ILEGAL porque assim não tem que pagar impostos.Aqui em Portugal teve 1 inquérito,perguntaram as prostitutas em Portugal se queriam que a prostituição fosse legal ou ilegal,e mais de metade respondeu que ILEGAL,porque assim não tem que pagar impostos.Como eu as percebo.

Leocardo disse...

Pois é, mas em Macau, por exemplo, onde não há assim tantos impostos, as prostitutas são abusadas, agredidas, presas ou expulsas quando há uma 'limpeza' qualquer, e no fim quem mais lucra são as saunas e as associações de crime organizado. E depois no fim fica toda a gente muito admirada de como é possível Macau figurar na lista do tráfico humano.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Numa coisa têm razão: é melhor trabalhar por conta própria do que ser empregado de alguém. Muitos patrões costumam abusar dos seus trabalhadores, quanto mais destas trabalhadoras...

Anónimo disse...

Há 2 tipos de prostituição:a prostituição voluntária e a prostituição involuntária.Concordo e não concordo com o sr Leocardo.Se há muitas mulheres obrigadas a prostituirem em Macau tambem há muitas prostitutas que são prostitutas por livre vontade,ninguem os obrigou a prostituirem.Basta ver os anuncios de jornais,são prostitutas porque querem abrir as pernas,querem dinheiro fácil.

Anónimo disse...

Exactamente. As pessoas devem ser livres de escolher e as autoridades deviam apenas preocupar-se com as que o fazem involuntariamente e prender quem as obriga. Quanto ao resto, cada um(a) sabe da sua vida.

Anónimo disse...

A polícia tem lá tempo para prender as putas???Os policias tambem vão as putas.Tenho 1 amigo macaense em Macau que é policia e vai sempre as putas e como sou amigo dele,aproveito,tambem vou,até há descontos por ele ser policia.Se não fazem descontos o meu amigo policia prende a gaja.