domingo, 4 de maio de 2008

Direito ao contraditório


Ultimamente tem sido feita uma certa confusão, com laivos de radicalismo e até de fanatismo, sobre certas posições tomadas neste blogue. Aparentemente alguns cavaleiros do politicamente correcto não estão satisfeitos com a minha posição de apoio aos Jogos Olímpicos de Pequim ou aos esforços diplomáticos que têm sido levados a cabo pelo regime chinês para agradar ao Ocidente, que cada vez mais descaradamente, e pouco consciente das realidades chinesas, tenta impor o seu modelo de democracia e respeito pelos direitos humanos.

Têm sido tempos difíceis estes para quem como eu acredita na progressiva democratização da China e do seu regime. Depois de anos de um silêncio esmagador a respeito da causa tibetana e dos alegados atropelos aos direitos humanos que por lá se verificam nas últimas 5 décadas, eis que em 2008, e a poucos meses da realização dos Jogos Olímpicos cuja organização foi atribuída à China há sete anos (não foi ontem nem no ano passado), brotam como cogumelos e saltam como pipocas os enfurecidos apoiantes do Dalai Lama. E que forma encontraram para fazer ouvir os seus ressentidos protestos? Cometer actos de vandalismo e desobediência pública durante a passagem da tocha olímpica.

“Ah é verdade, o Tibete”, dizem os tubarões do capital enquanto contam os chorudos lucros dos seus investimentos na China. “Mandem lá o povão”, rematam. E o povão – mesmo o que nem sabe ao que vai - chega lá e parte tudo, qual touro que só vê à frente a bandeira vermelha, apoiado pelos tais movimentos pró-democracia. Depois de uma boleia na traseira de um veículo policial ficam convencidos que “mudaram o mundo”. Esses tais movimentos alegadamente sem outra agenda que não a defesa dos direitos humanos trabalham de graça, correm por gosto, ou então vivem do dinheiro que nasce nas árvores. Acreditam? Eu também não.

Essa mistura do cú com as calças tem sido um dos tais fatalismos lusitanos. Ainda em Dezembro último, quando da cimeira UE-África em Lisboa, um grupo de empresários portugueses teve a oportunidade rara de se encontrar com o General Gadaffi na sua tenda improvisada no Forte de S. Julião da Barra. A primeira coisa de que se lembraram de falar, em vez de negócios, foi a questão do respeito pelos direitos humanos na Líbia. Saíram desiludidos e até assustados. Se alguém viesse à minha casa vender-me seguros e a primeira coisa que perguntasse fosse como tratava a minha mulher e filhos, é claro que em menos de dois minutos estava pela porta fora.

Não chegam só as boas intenções ou as palavras bonitas. Não é lá muito coerente formar associações de amizade luso-chinesas que dão jeito quando se quer entrar no imenso mercado chinês, nem apertar o bacalhau à malta da China quando surgem oportunidades de negócio. Das duas uma: ou a China não interessa para nada, ou aceitamos o tal socialismo de mercado com características chinesas. Mesmo o nosso bobo da corte, o madeirense Alberto João, ao dar um murro na mesa e afirmar a viva voz que “não quer cá os shnezz (sic)” esqueceu-se que o material e meios que usa nas suas mui pouco democráticas campanhas vem quase todo da China.

Os exemplos não ficam por aqui. Francisco Louçã, bloquista e economista, foi convidado em 2000 para uma conferência na China. Depois de fazer críticas às condições desumanas dos infantários chineses, o convite foi-lhe retirado. Estivemos em Macau durante 400 anos, mantivemos sempre as mais cordiais relações de amizade com o país do meio, no entanto deixamo-nos ultrapassar em termos de investimento por países que nunca estiveram na China. Somos os campeões do respeitinho pelos tais direitos humanos em versão Ocidental e recebemos a respectiva palmadinha nas costas. Outros usam a diplomacia salpicada de hipocrisia e levam o ouro.

Veja-se o exemplo da Alemanha. O governo de Pequim ficou furioso quando a chanceler Angela Merkel recebeu o Dalai Lama. Mas será que isso teve algum impacto nas relações sino-alemãs? Será que os senhores da Volkswagen, BMW, Adidas ou Grundig levaram logo as mãos à cabeça? Claro que não. E não haverá na Alemanha defensores da causa tibetana? Claro que há. Isto porque a Alemanha é o parceiro comercial mais antigo da China, com relações que se reportam ao tempo de Mao, um exemplo peregrino de pragmatismo e visão, ao perceber que ali estava um gigante adormecido.

Continuamos a ser muito bonzinhos e impressionamo-nos com muito pouco. “Que horror, coitadinhos dos tibetanos”, lamenta-se a malta nova como se “tibetanos” fosse uma espécie de caniche. Nem os fracos conhecimentos de História, Geografia e Geopolítica do nosso povo os inibem de se juntar a uma causa, desde que dê para ir para a rua fazer barulho e comer umas febras, bloquear a estrada e destilar ódio por um país de que nada conhecem.

Não sei se estão recordados da campanha contra a Guerra no Iraque. Discordou-se, bateu-se o pé, saíu-se para a rua a fazer barulho. Nem uma única franchise norte-americana foi atacada, e os tais manifestantes anti-guerra não deixaram de fazer os seus lanchinhos no McDonald’s ou no KFC ou continuar a consumir os enlatados Hollywoodescos que todas as semanas passam nos cines locais. Apesar das promessas que os americanos tão abertos ao diálogo e à transparência gostam de fazer, a situação continua na mesma.

É irónico que se condene a China por vender armas ao Sudão e ao Zimbabwe, mas que durante os anos da Guerra Fria e mesmo depois disso os Estados Unidos tenham apoiado regimes sanguinários na África, na Ásia e na América Central. Foi a Nicarágua, El Salvador, o Zaire, o próprio Iraque durante a guerra contra o Irão, o regime de Marcos nas Filipinas. Apoios em armas, inteligência e logística que foram responsáveis por milhões de mortes. Os norte-americanos organizaram os Jogos Olímpicos em 1984, no auge da Guerra Fria, e depois em 1996, e a tocha passou sempre incólume.

Não se pense que sou contra a auto-determinação do povo tibetano. Nada disso. Seja o que eles quiserem, mas em sede própria. Ainda não desisti do sonho de ver um dia o presidente Hu Jintao e o Dalai Lama de mãos dadas. É um sonho da paz. E não falta informação e contra-informação a respeito do que realmente se passa no Tibete. Aconselho a leitura deste artigo de Nuno Lima Bastos (que por acaso é apoiante da causa tibetana) e daí tirem as vossas ilações.

Não embarco em rebeldices toscas de ocasião que conspurcam o ideal olímpico. Por acaso já repararam que o próprio Dalai Lama apoia a organização dos Jogos pela China? Não é ele que condena qualquer tipo de violência? Repugno também com veemência outros actos de fanatismo, como o boicote aos produtos franceses por um grupo de nacionalistas simplórios, o tal Nacionalismo com caracteríticas chinesas, como José Carlos Matias tão bem referiu, e que minam as relações sino-francesas. É gente sem o mínimo de sensatez, que não consegue dissociar um povo das acções de meia dúzia de néscios.

O que se passou ontem em Macau foi mais do que um exemplo de submissão ou anuência ao regime, ou um trabalho de casa bem feito pelas autoridades. Foi um exemplo de civismo da população, que deixou uma boa imagem do território e das suas gentes. Agora não se esqueçam é de continuar a lembrar o problema do Tibete quando terminarem os Jogos. É que aproveitar apenas o momento em que a China está mais vulnerável aos olhos da opinião pública internacional não chega. É preciso mais.

32 comentários:

Anónimo disse...

Concordo e subscrevo inteiramente. Apesar de que, se fosse instigado pela Christina, eu também faria o meu protestozinho. Mas só por causa dela. Mas aí seria por uma boa causa. O resto, sem dúvida, não passa de hipocrisia ocidental. Os americanos e seus aliados europeus têm a mania que sabem tudo e que devem impor as suas ideias. Não passam de um bando de idiotas.

Leocardo disse...

Quanto à Christina, se calhar o meu caro anónimo fartava-se de tanta retórica ao fim de 5 minutos. Há por aí mais meninas giras que não requerem tanto sacrifício. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Interessante conversa. O ridículo da questão é que o único pretexto para a China se sentir humilhada são os seus próprios pés de barro. Afinal estes protestos apenas são cócegas que nem sequer servem para os governantes chineses beberem do seu próprio veneno. Há duas razões principais para não se ser solidário com a China, uma quais relacionada com boicotes anteriores por razões políticas já aqui referido. Outra é a suprema hipocrisia dos governantes chineses sobre as questões coloniais e o direito dos povos à autodetreminação e independência. Basta ver como, ao mesmo tempo que subjugavam o Tibete, alimentavam os movimentos de libertação nas ex-colónias portuguesas com muito e bom armamento, como aconteceu, particularmente na Guiné, que muitas vidas custaram a Portugal entre os muitos brancos e africanos negros que morreram ao serviço do País. Aliás, num território em que a larga maioria da população autóctone não apoiava o então PAIGC, foram as armas chinesas que alimentaram a guerra durante tantos anos. Ora bem, falar da hipocrisia Ocidental para com a China é estar a olhar para um espelho. MAs atenção, que fique claro, espero que a China se transforme num país de gente livre e com um sistema democrático exemplar. Seria excelente para todos. Estou céptico disso.

Mac Adame disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mac Adame disse...

Eu também gosto da rapariga...

C disse...

No essencial está dito! E cadê dos "protestantes" em Macau? Não apagaram tocha nenhuma...muito paleio e muita cobardia.

C disse...

Ao Anónimo das 13:49,

A política internacional é mesmo assim, é hipócrita e pouco coerente, tudo porque se rege pela velha máxima REALISTA, o primado do INTERESSE NACIONAL. Nunca fui idealista nem nunca acreditei muito na coerência das relações internacionais.

Concluindo, são os países que têm capacidade de projecção militar, financeiro e económico que vão estabelecendo a sua Pax no mundo e não esquecer que na COOPERAÇÃO, "não há almoços grátis".

Anónimo disse...

A China exige que não se misturem os Jogos Olímpicos com a política, mas tem feito exactamente o mesmo desde sempre com a questão da participação de Taiwan.

A China exige que a história dos massacres dos Japoneses em Nanjing durante a Segunda Guerra não seja esquecida e apagada dos livros escolares, mas faz exactamente o mesmo com o seu próprio passado (Revolução Cultural, Massacre de Tianamen...)

A China barafusta com os media ocidentais por distorcerem a verdade dos factos no Tibete e mostrarem apenas o que lhes interessa de forma pouco imparcial, mas faz exactamente a mesma coisa com os media estatais quando e como bem entende.

A China exige ser respeitada na comunidade internacional, mas desrespeita direitos fundamentais como a liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade religiosa, liberdade de eleger os seus próprios líderes.

A China protesta contra a legislação americana e europeia que impede a exportação de alta tecnologia para o seu país, mas ao mesmo tempo desrespeita e pura e simplesmente fecha os olhos à contrafação, violação generalizada de direitos de autor, propriedade intelectual, copyright...

A China defende a democratização progressiva, mas desde que foi atribuido os Jogos Olímpicos, qual foi o progresso verificado? Melhoraram os direitos humanos? Estamos mais próximos de algo parecido com uma verdadeira democracia representativa? As pessoas já podem navegar e debater livremente na internet? Houve avanços significativos na questão de Taiwan? Houve progressos na questão do Tibete? Nas relações com a Igreja?

E depois vêm pessoas alegres como o Leocardo e chamam a isto tudo socialismo de mercado com características chinesas.

Anónimo disse...

tem toda a razao caro leocardo, e' gente que nao sabe nem percebe nada sobre a china e os chineses

Anónimo disse...

Ao anónimo das 21:46

Que comentário interessante e cheio de conteúdo. Ficámos todos elucidados sobre o seu profundo conhecimento sobre o assunto. Aliás deve conhecer tão bem a China que até escreve com letra minúscula, o que só demosntra a familiaridade com que o Sr. Prof. Dr. trata do assunto.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 19h46 (4 de Maio):

Subscrevo inteiramente o que diz. O anti-americanismo desta gente cega-a. Acham muita piada que haja uma nova potência a fazer frente ao Ocidente e aos americanos em particular, esquecendo-se de que foi o seu mundo ocidental que lhes permitiu terem a formação que têm e lhes deu a liberdade que hoje usam para o criticar. Se tivessem nascido e crescido na China, não poderiam criticar o seu país desta forma.
A China podia perfeitamente continuar a crescer e a se desenvolver de forma estável sem cometer os abusos que comete com o seu povo e tendo uma política externa mais cuidadosa em matéria de direitos humanos. Não o faz por uma razão muito simples: porque o Partido Comunista não quer abrir mão do poder. Quem não vê isto ou é cego ou é hipócrita.

Anónimo disse...

E por que é que não deixam que sejam os chineses a queixarem-se? Ainda não os vi a fazerem isso. O ocidental americanismo quer, por força, que haja democracia no mundo todo. Mas quem disse que os chineses querem uma democracia? Acaso os estrangeiros é que têm de impor o seu sistema num país que não é deles? Quem se queixa a toda a hora são os birmaneses. No entanto, não vejo os ocidentais tão preocupados com a Birmânia. O que me leva a pensar que, quando se trata da China, as motivações são outras que não o direito à liberdade dos chineses. Para além de que o rumo que algumas ditas democracias estão a tomar deixa muitas dúvidas sobre as tais virtudes "democráticas".

Anónimo disse...

Ao anónimo das 4:36:

Mas você acha que os chineses têm liberdade para queixarem-se livremente, para criticar o seu governo? Sabe que o crime por subversão do Estado na China dá pena de morte ou prisão perpétua?

Leocardo disse...

Anónimo das 4:36: nem mais. O pior é que a democracia com características Ocidentais na China não interessava a ninguém antes de todos os aspectos que o anónimo das 19:46 referiu. Estava-se toda a gente nas tintas para a liberdade de imprensa, para a liberdade de culto, para as prisões e execuções arbitrárias antes da China se ter tornado a 3ª potência económica a nível mundial.

Contrafacção? Violação dos direitos de autor? Quem se lembrou disso quando a China foi integrada na OMC? Mesmo a questão do massacre de Tiananmen só teve o impacto que teve por causa do timing e do número de vítimas. Tivessem morrido meia dúzia de estudantes e lá alguém se lembrava de Tiananmen.

Um bom exemplo, esse da Birmânia, onde a população sofre dia após dia na mão de um regime selvático que mata para abrir caminho. Fosse a Birmânia um país capaz de ombrear no mercado com os países Ocidentais e já esse regime tinha caído há muito. Mas são pobrezinhos, então não interessam nem ao Menino Jesus.

A Arábia Saudita, país onde em pleno sec XXI se executam prisioneiros por decapitação, os ladrões são mutilados, as mulheres não votam e os homossexuais são internados em instituições psiquiátricas. Vende-se petróleo manchado de sangue e ninguém chateia a plutocracia dos príncipes.

O Partido Comunista não quer abrir mão do poder? Quais as alternativas? Os nacionalistas? Não desejo ao meu pior inimigo uma viagem na máquina do tempo à China nacionalista. Ou pensam que era como Taiwan é agora?

C disse...

Eh, eh, caro Leocardo,

Em grande!

O que as pessoas se esquecem ou omitem é que os tais activistas de serviço pelos direitos humanos só fazem isso na vida, é o seu ganha pão, quer acreditem na causa ou não e não fazem mais nada na vida.

Os activistas pelos DH tal como noutras áreas económicas vivem de visibilidade, fazem um chavascal para poderem-se "emplastrar" nas revistas, TV e Media em geral, porque tendo visibilidade, quanto mais visibilidade tiverem mais subsídios e apoios recebem, mais os activistas ganham, mais sustento para a família deles entrará concerteza.

Para quem acredita que essa gente, essas organizações, são assim na sua totalidade altruístas, estão muito enganados.

Vejamos um exemplo, numa determinada zona de conflito no mundo, entram as agências de cooperação internacionais para estabilizar e manter a paz na zona, e depois na hora da partida, da retirada, faz-se explodir uma bomba, inventam-se uns atentados, matam-se uns quantos para assim se poder prolongar as missões, para continuar a "mama", pois o desenvolvimento sustentado de uma região pós-conflito não pode nem deve viver sob base de subsídios e apoios sob pena de hipotecar o futuro, de reconstruir na base da ilusão e assim perpetuar a dependência em vez de dar condições para uma real independência.

Fico espantado pela tamanha ingenuidade das pessoas que discutem tais assuntos, sobre os activistas etc.. quando provavelmente podem ser dos piores elementos. Façam uma leitura menos idealista e mais realista. Mais uma vez, não há almoços grátis.

Anónimo disse...

Leocardo,

Não é "impressiona-mo-nos"; é "impressionamo-nos". E "cu" não tem acento (nem antes, nem depois do acordo ortográfico).

É claro que Tiananmen teve o impacto que teve por causa do número de vítimas. Não só, mas também, como é óbvio. Então não acha normal que um acontecimento daqueles, onde o poder do PC chinês é desafiado pela primeira vez pelo seu povo, e logo por tantos milhares de pessoas, e que termina de forma tão trágica, tenha tido um grande impacto por todo o mundo?

E aquele foi um bom exemplo de como o governo chinês trata quem o questiona internamente.

E por que é dá como alternativa ao poder actual o regresso ao tempo dos nacionalistas? Você já parece o Carlos Morais José a escrever que quem apoia as reivindicações do povo tibetano está a defender o regresso a um regime feudal que terá existido há não sei quantos anos.

Vitó, já não há paciência para os teus discursos de cátedra. Este garoto é um parasita e vem para aqui falar sempre de cima para baixo, como se fosse um grande especialista em relações internacionais e os outros fossem todos uns ingénuos. És um tonto, pá!

Anónimo disse...

Ainda para completar a mensagem anterior:

É claro que se tivesse só morrido meia-dúzia de pessoas em Tiananmen, aquilo não teria tido o impacto que teve. Mas isso é de La Palisse...

Anónimo disse...

"tivessem só morrido meia-dúzia de pessoas", quis eu dizer.

Leocardo disse...

Obrigado pela correcção; no primeiro draft escrevi impressiona-nos, depois mudei o sentido à frase e fiz ali uma pequena confusão. Quanto ao cú, quem não gosta de um bom acento, bem como de um bom assento? Chamemos-lhe o meu acordo ortográfico. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Pois é, Leocardo, bateu no ponto. É isso mesmo que disse: interesses económicos, nada mais. Quando a China não era nada, ninguém se preocupava, apesar de ter um regime muito mais sanguinário nessa altura. Agora está na moda falar mal da China porque os ocidentais já viram que vai ser, não tarda muito, a maior potência económica.

Como já não sabem que mais hão-de dizer, até já no copyright falam, como se isso fosse problema. O desrespeito pelos direitos de autor não deixa ninguém na miséria, pelo contrário, permite à população aceder à cultura. Afinal, quem é que esta gente defende, é o povo? Em países como Portugal e outros já nem a classe média pode comprar um CD ou um DVD ou um livro, ao preço a que estes estão. E aposto que os que falam dos direitos de autor são os primeiros a passar a fronteira para comprar DVD baratinhos. É como o caso das 5000 patacas, de que todos dizem mal, mas não há ninguém que não as vá buscar. Cumprimentos.

Anónimo disse...

Não deixo de me surpreender com argumentações tão básicas como a do último anónimo (13:29). Faça um esforço, vá lá! Vai ver que consegue escrever alguma coisa mais inteligente.

Anónimo disse...

Anónimo das 14.02: pois, é dos tais, não é? Que falam do copyright e das patacas mas não recusam nada. O barrete serviu-lhe e fica-lhe a matar, pelo que vejo. Qual é a argumentação inteligente que tem para explicar essas incoerências?

Anónimo disse...

Incoerências, caro anónimo das 12:32? Você não sabe do que fala. Conhece-me de algum lado? Sabe se compro algum produto pirata ou se vou receber as 5000 patacas? Julgo que não. Então cale-se e não fale da minha vida sem sequer me conhecer.

C disse...

Caro Leocardo,

Só agora que constatei um fenómeno interessante ligado ao comportamento sociológico de alguns dos seus visitantes. Dado que Macau é uma terra pequeníssima, dada a comunidade portuguesa ser "microscópica", dado que nem todos se dão muito bem com todos, todos eles (anónimos) vêm ao "Bairro" para desabafar, descomprimir, fazendo do seu blogue um tipo de tubo de escape.

É sempre um aspecto positivo, o Leocardo sempre poderá ajudar à manutenção da boa saúde pública e sã convivência dos portugueses em Macau.

Anónimo disse...

Caro Vitó, este teu último comentário também encaixa em ti que nem uma luva.

Anónimo disse...

Anónimo das 14.02 e das 15.49 (e será que das 0.58 também?): Você, pelo contrário, conhece toda a gente. Por isso sabe que é o mais inteligente de todos, mesmo que se recuse a dar provas disso.

C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
C disse...

Ao Anónimo penúltimo,

A ter de dizer digo-o logo e assumidamente, não me escondo sob o anonimato e não passou de um comentário aos cobardolas.

Na guerra subversiva é usual, é costume que a parte mais fraca se apresente em forma de guerrilha, em forma de anonimato, escondidos que nem ratos e a sua intenção a de atingir a população e a sua opinião, a sua derrota depende também do factor tempo.

Leocardo disse...

Sempre é melhor assim do que andarem ao estalo. Assim não perdem a compostura.

Anónimo disse...

Comportamento sociológico?

Anónimo disse...

Não ligue, Maria. O Vitó tem a mania que é erudito.