sábado, 29 de março de 2008

Colagem medíocre


FITNA (2008)
*
Argumento (?), Realização e Produção: Geert Wilders
Duração: 16.48

Fitna é um filme de apenas 16 minutos escrito, produzido e realizado por Geert Wilders, um gajo da extrema-direita holandesa que se opõe ao Islão ao ponto de querer que o Corão fosse considerado “ilegal” por ir contra as leis em vigor nos Países Baixos. Depois de mais ou menos um mês a enfurecer os radicais ameaçando-os com um filme “ainda pior” que os tais cartoons de Maomé publicados naquele jornal dinamarquês, Wilders concretizou a ameaça e provou que não estava a fazer bluff e o movie foi exibido através da LiveLeak.

O filme começa com um aviso de que contém imagens chocantes. A colagem que Wilders faz de versos do Corão com imagens reais de violência (atentados do 11 de Setembro, atentado na estação de Atocha, Madrid ou assassinato de Theo Van Gogh), afirmações de líderes religiosos islâmicos, imagens de manifestações ou recortes de jornais é algo insonsa e despropositada, salpicada com algumas estatísticas que levam à principal mensagem do filme: existem cada vez mais muçulmanos na Europa e a imigração tem que parar.

Se o filme ofende? Garanto que muitos islâmicos vão ficar furiosos, mesmo que não o vejam. A ideia inicial de Wilders era provocá-los, fazer-lhes saber que podia mexer com eles. Não se vê uma única imagem de Maomé (a não ser uma dos tais cartoons), nem um insulto, nem uma boca racista. Nada. Wilders ameaça sempre ir mais além mas não se atreve. Quem for minimamente inteligente não se ofende, não há substância, não há polémica, não há sequer humor. O pior é que nem toda a gente percebe as coisas deste modo. Para o registo, fica aqui mais uma “provocação” horrenda e sem nome.

Não sei se Wilders fez este filme por despeito ou se por acaso é um gajos com eles no sítio. Duvido no entanto que seja esta última a razão, pois afinal Wilders já é objecto de uma segurança apertadíssima desde 2004 devido a múltiplas ameaças à sua vida. Mais um filme, menos um filme, não faz diferença. Não vale a pena perder tempo a procurar o filme nos media onde se publicam vídeos, mas quem quiser mesmo ver o filme, pode vê-lo aqui na íntegra e sem cortes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estou 100% de acordo com o conteúdo do filme. Sou culturalmente católico e a Europa é uma criação da Igreja. Passada a fase negra (Inquisição) da intolerância, hoje vivemos uma fase adulta de tolerância, onde somos livres na nossa crença. No entanto e se pensarmos bem, ao retirarmos o Cristianismo da nossa vida, estamos a negar a nossa cultura e civilização no mais ínfimo pormenor. Para mim os muçulmanos são-me estranhos e não quero conviver com os seus hábitos na minha terra. Como estão atrasadíssimos em relação ao Ocidente, não vejo que por si próprios possam ser tolerantes. Daí que nos deixem em paz e pratiquem a sua religião na sua terra.
Álvaro