Uma rapariga do continente suicidou-se ao saltar do sexto andar do campus feminino da Universidade de Ciência e Tecnologia (em inglês MUST) na manhã do passado dia 21. As versões são divergentes; há quem diga que a jovem sofria de disturbios emocionais derivados de problemas de relacionamento com um "namorado estrangeiro" que terá conhecido durante um estágio nos Estados Unidos da América, outros alegam eventuais problemas financeiros. O presidente da Associação de estudantes da MUST, Tai Kai Pong, apelou a todos os estudantes do continente que tenham dificuldades de integração que procurem ajuda dentro da associaçãoou do Centro de Apoio Psicológico da Universidade.
4 comentários:
Sinceramente nem sei se o suicídio é um acto de coragem ou um acto de cobardia.
De facto, é preciso ter imensa coragem em se suicidar; por outro lado, é preciso ser demasiado cobarde para não enfrentar os problemas da vida.
Vida académica, bem sei o que isso é. Tive imensas crises desde que entrei para a faculdade, em 2004. A última crise minha ocorreu, por acaso, há um mês atrás. Aqueles estudantes que lutam dia após dia para virem a ser alguém no futuro passam por situacões pré-depressivas ou chegam mesmo a conviver com a depressão. De facto, há que ser muito forte para aguentar tudo (diga-se projectos, exames, o facto de se estar longe da família, problemas com namorados, aturar professores e colegas chatos, gastar balúrdios para telefonar aos pais que estão a milhares de quilómetros de distância, etc.).
Ainda bem que estou no último ano do curso...
Pois é, mas hoje em dia um curso vale o que vale. Eu próprio me interrogo se a procura no mercado de trabalho priviligia os canalizadores, pedreiros e electricistas. Não me diga que o seu curso é Direito. Se sim, em Macau é óptimo, em Portugal acaba num "strip car wash" (com todo o respeito). Beijinhos.
Fique descansado que não é Direito. Mesmo se fosse, eu não ficaria cá em Portugal. Apenas estou cá para estudar e fazer companhia ao namorado. Daqui a uns tempos quando terminar o curso, partirei para a aventura. Isto é o optimismo em força (muito graças à educação que os meus pais me deram).
Não há que ter medo nenhum do futuro, eu pelo menos não tenho.
Peace! :D
O problema é a má interpretação do budismo, em que crêem na reincarnação para melhor ou para pior, mas sempre haverá uma segunda oportunidade, sem se recordarem que o budismo condena o suicídio. Já na tradição dos Grandes Livros, da judaico-cristã, ou nos portamos bem ou inferno para sempre.
Para quem tem pachorra, vale a pena ler Durkheim " O suicídio e a anomia".
Quando a instabilidade emocional se agrava, o melhor é mesmo ter acompanhamento médico.
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