segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Pacu, pacu, que raio de peixe és tu


Depois de ler esta notícia, lembrei-me de uma "pegadinha", ou "apanhado", de um programa de humor brasileiro, onde um falso peixeiro vendia por uma pechincha um tal de "Paku assado". Julgando tratar-se de um peixe, os clientes pediam "paku assado" e recebiam uma pomada...para o cú assado. Agora a ironia: existe mesmo um peixe com esse nome, só que se escreve "pacu", com "c", mas ao contrário da "pegadinha" não há motivos para rir. Antes pelo contrário. O pacu é um parente da infame piranha, chega a medir 90 cm e pesar 25 kg, e tem um hábito terrível: morder os testículos dos humanos que encontra pela frente, até arrancá-los. O sacana do bicho, que de todos os sítios que podia escolher para morder, foi logo escolher um que é tabú para qualquer macho que se preze. Um pescador encontrou um exemplar deste pacu no mar de Oresund, entre a Suécia e a Dinamarca, o que não é muito normal, pois o peixe encontra-se sobretudo nos afluentes do Rio Amazonas e Orinoco, na América do Sul. Se calhar apeteceu-lhe mudar de ares e ir morder alguns testículos nórdicos, para variar. Mesmo tendo sido este o único exemplar encontrado em águas escandinavas até ao momento, os banhistas suecos foram aconselhados a manter os calções vestidos quando forem dar um mergulho. Os naturalistas arriscam-se a ter uma surpresa desagradável, arriscando que as jóias de família sirvam de isco, caso apareça por lá outro pacu. Henrik Carl, biólogo marinho e director do Museu de História Natural da Dinamarca, diz que o pacu "é normalmente inofensivo para os humanos, mas a sua dentada é poderosa". Carl referiu que em 2011 o peixe causou alguns problemas na Papua Nova Guiné, na Micronésia, onde alguns dos nativos "ficaram sem testículos". Isto não é o que possa chamar exactamente de "alguns problemas", e deita por terra qualquer teoria no sentido de considerar o pacu "inofensivo". Nunca confiando, o melhor mesmo é que os suecos se fiquem pelos banhos de sol e dispensem os banhos de mar. É que para a dentada do pacu, não há pomada que lhes valha...

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