Água vai

A crise da água está aí e veio para ficar. Hoje um garrafão de cinco litros de Luso estava a 23 patacas no supermercado aqui perto de casa - duas patacas e meia mais caro. A Capitania dos Portos garante que a salinidade da água não vai atingir a população, e que não há necessidade de reduzir o consumo. Mas espera-se um "período crítico" lá para o Ano Novo Chinês, altura em que toda a gente vai começar a deixar de tomar banho, provavelmente. A água engarrafada, a tal que se diz ser o "petróleo do futuro" vai certamente continuar a subir de preço. Nunca bebi água da torneira aqui em Macau, não sei muito bem porquê. Em Portugal fazia-o (e faço-o) com bastante frequência, mas por alguma razão nunca consegui ingerir o que saía aqui da torneira. Este problema da salinidade não é novo, e na volta paira sobre Macau na forma do medo que a cidade do Santo Nome de Deus se transforme nalguma espécie de deserto, ou oásis no mau sentido. E quem agradece são os traficantes das nascentes e da água destilada.