sábado, 14 de novembro de 2009

Salvem as águias! Perdão, as águas!


Nunca fui de desperdiçar água. Irrita-me quando tenho que lavar a loiça, irrita-me quando abro a água para o banho dos miúdos e eles demoram a entrar, fico deprimido quando penso no desperdício de água que é uma piscina, onde os humanos montam a sua versão muito própria de uma sopa de feijão verde. E eles são o feijão verde. A solução para o maior racionamento deste recurso não passa por gratificar quem poupa água, mas sim penalizar quem a desperdiça. Se há alguém assim tão burro que ache que a água é um bem que nunca mais acaba, mesmo que a consumamos como loucos, o melhor e ir-lhe à carteira, que é onde provavelmente lhe dói mais (pesquisas confirmam que as pessoas que mais desperdiçam água são ricos, vaidosos e esnobes). Quanto ao alarmismo do “só há água para 12 dias”, ou as corridas loucas aos supermercados para comprar água engarrafada, sosseguem-se as hostes. Já tivemos aqui esta crise antes, e resolveu-se. A memória é também muito curta, às vezes. Será que é água a mais?

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