O jornalista que tentou agredir o ex-presidente americano George W. Bush atirando-lhe com os sapatos em Dezembro último em Bagdade foi condenado a três anos e meio de prisão. O juiz Abdel Amir al-Rubaie do Tribunal Criminal central do Iraque condenou a três anos de prisão Muntazer al-Zaidi, por "agressão contra um chefe de Estado durante uma visita oficial". Familiares e apoiantes de al-Zaidi não se conformaram com a condenação, e manifestaram-se ruidosamente à porta do tribunal. O agressor diz apenas "ter defendido a honra do seu povo", e que a tentativa de agressão foi uma "resposta" à ocupação norte-americana do Iraque. Parece-me um exagero condenar por um par de sapatos que nem acertaram em Bush, quando comparados com o rasto de destruição deixado pelos americanos.
12 comentários:
Pois. A beleza da justiça era mandarmos às malvas as regras estabelecidas e irmos criando novas conforme as circunstâncias e os casos.
mas provavelmente o leocardo concordaria que os três anos fossem aplicados ao fulano que tentou fazer o mesmo ao wen jiabao.
como diz o anónimo anterior regras diferentes conforme as circunstâncias, os casos e já agora tambem as vítimas.
Só acho que atirar um sapato, apesar de ser uma tentativa de agressão, não é razão para privar alguém da liberdade durante três anos. Nem ao Bush, nem ao Wen Jiabao, nem a ninguém. Era diferente se tivesse sido agressão consumada, claro.
Cumprimentos.
Aí estão os pró-americanos a achar normal levar três anos por atirar um par de sapatos. Não me admira mesmo nada. Cambada de lavados ao cérebro.
Aí está a maralha de esquerda que gosta muito de mudar as regras a meio do jogo e conforme os casos. Se a moldura penal vai de x a y e se o sujeito foi considerado culpado e condenado dentro dessa moldura vocês querem o quê?
Eu sei, vocês gostavam mais era dos tempos de julgamentos populares no Campo Pequeno.
Não sou de esquerda nem de direita nem de coisa nenhuma. Sou apenas pelo bom senso. E sei que se os sapatos viessem dirigidos a mim nem um dia de prisão ele levava. O que eu sou, sem dúvida, é pela justiça igual para todos. A vossa opinião é que muda consoante a identidade da vítima.
Aconselho-o a consultar um Código Penal, pode ser o de Macau, nomeadamente no seu artigo 308.
Aí reparará que não é exactamante a mesma coisa atentar contra a integridade física de um Chefe de Estado e atentar contra a integridade física de um zé-ninguém como eu ou você.
Como aliás qualquer pessoa com dois dedos de testa compreende.
Se voce não gosta do Bush, eu muito menos.
Mas ele era na altura um Chefe de Estado e portanto o labrego que lhe atirou os sapatos deve ser punido de acordo com a lei.
Se fosse a lei de Macau digo-lhe já que ele poderia apanhar entre 1 a 8 anos de prisão.
Anónimos das 5:53 e 8:31 : Existe o Código Penal, sim, mas existem também circunstâncias atenuantes e dirimentes. Que se saiba o Bush não apresentou nenhuma queixa crime contra o jornalista iraquiano, tendo-se até referido ao incidente como "um acto de liberdade de expressão". Não se trata apenas aqui de abrir o código e ler quantos anos apanha um gajo que atira um sapato a um chefe de estado. Assim era fácil e lá ficavam os causídicos no desemprego. Não defendo como alguns que o jornalista devia ganhar uma espécie de prémio, mas não me parece que 3 anos de prisão efectiva seja um castigo adequado ao crime.
Cumprimentos.
Existem certos tipos de crimes em que a vítima não necessita de apresentar queixa para serem serem julgados e punidos.
As circunstancias atenuantes e dirimentes servem para que o arguido tenha uma pena mais leve e não para o inocentar pela pratica do crime que toda a gente viu que cometeu.
Se 3 anos são demais ou de menos eu não sei.
Mas não me parece que atentar contra a integridade física de um Chefe de Estado, seja ameaçar com um soco, um tiro ou atirar com pedras, latas ou sapatos não mereça pelos menos uns meses de cana.
Pode ser chefe de estado ou de estrado, que para mim é a mesma porcaria. A vida dele não vale mais do que a minha. A lei só diz que vale porque são os chefes de estrado que promulgam as leis. Que você também ache que vale menos do que eles, é lá consigo. Mas pelo menos aprendi alguma coisa com este caso: se algum chefe de estrado me irritar ao ponto de lhe querer atirar com um sapato, não o faço. Prisão por prisão, dou-lhe é logo um tiro nos cornos.
Dê um tiro. Depois não queira é leis especiais para si.
Parece que ainda não percebeu: não quero leis especiais para mim, o que quero é leis iguais para todos.
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