terça-feira, 24 de março de 2009

Persona non grata


Legisladores e activistas dos direitos humanos da Região Administrativa Especial de Hong Kong querem que Grace Mugabe, mulher do ditador do Zimbabwe Robert Mugabe, seja banida do território depois de lhe ter sido garantida imunidade diplomática após um incidente com um jornalista.

Grace Mugabe, 43 anos, escapou à detenção depois de ter alegadamente atacado um fotógafo britânico que a surpreendeu durante uma viagem a Hong Kong, para fazer compras. A imunidade da sra. Mugabe foi mal recebida por legisladores e activistas dos direitos humanos que pediram uma explicação ao Departamento de Justiça.

O fotógrafo Richard Jones, 42 anos, alega que foi espancado por Grace Mugabe em 15 de Janeiro último, e sofreu vários cortes na face provocados pelo anel de diamante que a agressora usava. O ataque teve lugar enquanto a primeira dama do Zimbabwe fazia férias de luxo com 92 mil dólares norte-americanos levantados do Banco Central de Harare pelo marido, enquanto o país se encontrava em tumulto político, e mergulhado na inflação e na pobreza.

A imunidade diplomática foi reconhecida em 1961 na convenção de Viena sobre relações dimplomáticas, e tem servido no passado para proteger diplomatas de serem detidos ou processados em países onde cometeram ofensas graves.

8 comentários:

Anónimo disse...

Pois, imunidade diplomática, mais uma belíssima lei. Mas não se pode criticar as leis, não é verdade?

Anónimo disse...

Quando o Leo fez este post a primeira coisa que eu pensei foi que cá apareceria o ciber-anarca vomitar as suas postas de pescada.

Não me enganei.

O rapaz deve ter mesmo um trauma qualquer.

Anónimo disse...

A verdade é que este traumatizado também adivinhou que o outro traumatizado (o Livrinho de Regras) viria logo a seguir, embora não viesse dizer nada.

Desde que abriu o livro para me mostrar que a minha opinião não se coadunava com o que está escrito na lei, teve pelo menos a coerência de não dar abertamente opinião sobre mais nada. Nisso tem razão: como achou que eu não tinha o direito de ter uma opinião contrária à lei, também não se sente mais no direito de a ter. Vá lá, não é burro de todo, valha-nos ao menos isso.

Anónimo disse...

Você tem o direito de ter qualquer opinião.

Sou plenamente a favor do direito a qualquer um dizer os disparates que quiser.

Chama-se a isso liberdade de expressão, um direito consagrado na Lei Básica de Macau e na constituição de qualquer país democrático e livre.

O seu problema é que você só diz mal, é " do contra", um defeito tipicamente tuga.
Mas quanto a fundamentação, nicles.

Apresente argumentos com algum nível e nós então talvez consigamos ter uma discussão igualmente com nível.

Você sabe porque é que existe a imunidade diplomática, juntamente com outros privilégios?
Olhe que não é como o Leo diz para proteger diplomatas que cometem ofensas graves, mas sim como respeito por um representante de um Estado estrangeiro e tambem para garantir o eficaz desempenho das funções das missões diplomáticas.
É por isso também que os locais das missões diplomáticas são invioláveis, ou seja, nenhuma autoridade do Estado onde esteja localizada a missão diplomática pode lá entrar sem autorização do chefe da missão.
Tudo isto são regras respeitadas por praticamente todos os Estados desde há muito, e não apenas depois de ter sido elaborada a Convenção de Viena.

Se há individuos que abusam disso, isso não é razão para se acabarem com estas regras nas relações internacionais, pois estas regras sao feitas em função dos Estados e não em funçao dos individuos que ocupam estes cargos, que podem ser os maiores merdosos, como é o caso do Mugabe.

Um diplomata é um representante de um Estado, e todos os Estados merecem respeito.
É esse o espirito da Lei.

Neste caso concreto o que as autoridades de HK podem fazer é expulsar a megera.

Leocardo disse...

Só um reparo: eu não disse que a imunidade diplomática serve para proteger diplomatas que cometem ofensas graves. Apenas disse que essas ofensas acontecem.

Cumprimentos.

Anónimo disse...

Também há uma coisa chamada mala diplomática, que é excelente, por exemplo, para passar droga de um país para outros. Parece que a mala diplomática não é nunca revistada, o que é óptimo. Se os putos não precisassem de respirar, os embaixadores pedófilos até podiam levar os meninos dentro das suas malas sem problema. Não há nada como ter amigos diplomatas. Tentem arranjar um e verão.

Anónimo disse...

Serve para passar droga como serve para transportar documentos considerados segredo de Estado.

Se não existisse mala diplomática você acha que o interesse que as policias dos diversos paises teriam para revistar a mala diplomatica seria por causa de droga?

Pelos vistos para você diplomata= traficante ou pedofilo.

Anónimo disse...

Já que não podem olhar, podiam, por exemplo, pôr cães a cheirar. Ou será que os cães também conseguiriam cheirar os segredos de estado?

E não, para mim os diplomatas não são todos traficantes ou pedófilos. Apenas uma boa parte deles o são. Isso e perversos de todos os tipos, porque o seu estatuto lhes serve para esconder as suas perversões, coisa que para o cidadão comum é muito mais difícil.