O Bispo emérito de Assis, São Paulo, tem uma ideia bestial para esta quaresma: faça um jejum de televisão e passe mais tempo a ajudar o próximo. Concordo. Algumas das afirmação do bispo António de Sousa (ou Antônio, na grafia brasileira) ilustra mesmo o seu ponto de vista com frases bem bonitas. "Não é uma guerra contra a TV. Não é preciso um jejum completo, mas o jejum de alguns programas para que esse tempo possa ser empregue na acolhida ao irmão, na visita a um pobre, na catequese de jovens de rua", diz o sr. bispo. "Um dos males actuais é o excesso de TV. Temos que diminuir o tempo em frente à televisão e ter mais tempo para a família, para o pobre, para o próximo. É um gesto inteligente e atende a uma necessidade absoluta do irmão", destacou, e muito bem.
Depois começa a variar um bocadinho: "O uso indiscriminado da TV, principalmente por parte dos adolescentes e das crianças, está a tornar-se um germe destruidor de todo princípio moral e religioso". Mau, o que quer isto dizer? "Os valores da família e da fé são ridicularizados. A TV prega contravalores. Portanto, o jejum dos olhos é uma forma actualizada de se praticar o jejum quaresmal". Está explicado. Esta não é a primeira vez que este bispo faz uma espécie de cruzada contra a televisão; há mais de 20 anos sugeriu que a população de Assis passasse um dia inteiro sem ver televisão. Andar bem informado e actualizado é mau, portanto. E não me venham falar do "lixo televisivo", cada um vê o que quer. E o que é isto do "jejum dos olhos"?
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