Subiu á AL a proposta de lei que alarga as competências do CCAC para o sector privado, e como já se vinha especulando, foi muito mal recebida. O ambiente esteve quente na tarde de ontem no hemiciclo da Praia Grande, mas não por se tratar de uma proposta que coloque dúvidas quanto à sua interferência na esfera das liberdades individuais ou mesmo a famigerada Lei Sindical. É uma proposta que criminaliza a corrupção no sector privado. Ao contrário de outras recentemente aprovadas, nem o facto da maioria da população estar de acordo faz com que se reúna consenso. E ironicamente – talvez por “vingança” – só os sectores democratas e operários estão a favor da legislação. O núcleo duro dos deputados está contra, e não se prevê que tal como está, a proposta seja aprovada. A votação foi adiada, e tudo indica que não vá para a frente ainda durante esta legislatura. Ausência mais notada foi a do Comissário Cheong U, que delegou para uma vice-comissária a tarefa de apresentar a proposta. Levantam-se ainda dúvidas quanto à fiscalização e à própria forma de agir do Comissariado.
A imprensa deu um grande destaque ao assunto. O Ponto Final teve uma capa inspirada no clássico de Martin Scorsese "Goodfellas", com o título em português, "Tudo Bons Rapazes". O Hoje Macau fez também uma reportagem extensiva sobre o assunto (pode ler
aqui todos os detalhes, com acesso aos links), bem como o JTM (leia
aqui). Aproveite também para ler a opinião de João Miguel Barros, um dos maiores críticos do comissariado, no HM, intitulado
O projecto de todas as suspeitas. Entretanto o comissário Cheong U
reagiu hoje às críticas (reportagem da TDM).
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