Um jornalista de Hong Kong está metido num grande sarilho nas Filipinas. Num artigo escrito para o HK Magazine, de onde é colunista, Chip Tsao (陶傑) escreveu a propósito das Ilhas Spratly que "as Filipinas são uma nação de serventes", e que "não deviam andar a mostrar os músculos aos seus amos[a China]". Tsao acrescentou ainda que "deu uma 'lição demorada' à sua empregada filipina de como as ilhas pertencem à China, e se ela quiser um aumento este ano, é melhor avisar todos os seus compatriotas" (lol). O Blas F. Ople Policy Center, uma organização não-governamental sediada em Manila que dá assistência a trabalhadores emigrantes, já regiu, apelando ao departamento laboral que coloque Tsao na lista negra como "estrangeiro indesejável". Susan Ople, a directora da agência, considera que Tsao "usou a sua empregada como um peão na questão das ilhas Spratly". A congressista Risa Hontiveros Baraquel condenou o artigo de Tsao, apelidando-o de "nojento, racista e discriminatório", acrescentando que "só serve para aumentar o preconceito e a intolerância perante as empregadas domésticas filipinas". Chip Tsao, 50 anos, é um autor e jornalista destacado em Hong Kong, conhecido pelo seu sensacional sentido de humor (?!) e uso do sarcasmo. Chegou a trabalhar para a BBC durante oito anos. As Ilhas Spratly, localizadas no mar do sul da China, são administradas pelas Filipinas, e disputadas pela China, Vietname, Taiwan, Malásia e Brunei. A razão? Têm petróleo, gás natural e são uma importante região piscatória. Senão não interessavam a ninguém.
1 comentário:
Agora começo a perceber porque é que estes gajos de Hong Kong são proibidos de entrar em certos sítios.
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