sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Os blogues dos outros


o prestigiado jornal "a bola", que até já foi chamado de bíblia, diz que a moeda da RPC é o iene. se a China sabe, proíbe a venda do referido jornal no quiosque que fica ao fundo da praça tianamen.

Santiago, MACA(U)QUICES

Politicamente a China não voltará a ser o que era. A abertura ao mundo é evidente e nota-se que uma nova geração mais moderna e aberta não deixará de forçar as alterações políticas e sociais de modo a elevar, também nesta área, a China a potência mundial.

Carlos, Galo Verde

O grande problema é que ainda não vi ninguém a perguntar-se porque será que este ano há tantos atletas a dizer coisas. Como se tivessem tido necessidade de se acharem lá para terem "sound bytes", para serem ouvidos. Mas o melhor é matá-los a todos (menos os medalhados) e naturalizarem uns quantos georgianos e arménios e lituanos para, assim, atingirmos um magnífico rol de medalhas que a todos encheriam o papo de orgulho.

Altino Torres, Food-i-do

Jogos Olímpicos? Quais Jogos Olímpicos? No fim-de-semana, regressou o totalitarismo alarve do futebol às televisões, jornais, rádio, Internet e às cabecinhas dos portugueses. Vanessa o quê? Nélson quem?

Eurico de Barros, Jantar das Quartas

Contudo, hoje andei pela cidade, fui às aulas de tailandês, fui à biblioteca, passei pelos centros comerciais e Banguecoque está, como sempre, frenética de vida, cheia de turistas e business. Dir-se-ia que nada está acontecer. Como Luís Capeto em 14 de Julho de 1789, apetecia-me escrever, hoje, 29 de Agosto de 2008: "nada a assinalar".

Miguel Castelo branco, Combustões

Um ourives de Barcelos, após ter sido assaltado e de ter ficado sem o ouro todo que possuia, teve o desplante de dizer o seguinte: "Eu sabia que isto me ia acontecer. Falava nisso todos os dias. Adivinhava que ia ser o próximo". Pois bem. Se ele sabia que ia ser roubado só tinha que guardar o ouro e os valores que possuia num cofre de um banco ou onde lhe apetecesse, suspender a actividade por uns tempos até esta onda de assaltos acalmar e mais tarde recomeçar com toda a segurança. Mas não, esta gente quer este mundo e o outro. Não admitem parar um pouco. Têm vivenda, mais que um carro, carrinhas, lojas, quintas, ouro, prata, diamantes e uma boa conta bancária. Mas não, parar é que não. Pois então, têm aí a resposta para tanta ganância...

João Severino, Pau Para Toda a Obra

No momento em que escrevo, a TVI faz uma mega-reportagem sensacionalista sobre os assaltos verificados hoje durante o dia. Em rodapé aparece constantemente o termo "Encapuzados". A Média Capital é dominada por accionistas espanhóis, talvez eles não se ofendam com o "encapuzados", mas eu como bom português, preferia que usassem a expressão portuguesa: encapuçados. E o bom povo semi-analfabeto que vê a televisão em casa, aprende que "encapuçados" se escreve com "Z". O menino vai à escola no dia seguinte, escreve uma composição com a palavra "encapuzados" e um colega diz-lhe que está errado - e o rapaz retorque: "mas eu vi na televisão!...".

Leitor, Abrupto

Ainda não há muito tempo ler o "Correio da Manhã" era sinal de pouca cultura, alguém que se prezasse não ousaria levar o jornal "O Crime" debaixo do braço, até cheguei a receber mails a criticar o facto de citar o CM. Muita gente justificava o facto de não ler o "Correio da Manhã" porque só noticiava crimes. Agora o crime é tema fino, toda a agente procura pormenores sobre todos os crimes e os jornais de referência mandava logo os seus jornalistas mais experientes e cotados para a rua mal recebem a informação de que houve um assalto.

Jumento, O Jumento

2 comentários:

Anónimo disse...

porque e que na sua seleccao de blogs, nunca vem os do vitnho?onsidera que todos os blogs dele nao tem qualidade?

Anónimo disse...

O leitor do Abrupto (é leitor do Abrupto e basta) perdeu uma boa oportunidade para ficar calado. Se, em vez de atirar para cima dos outros a sua arrogância/ignorância, gastasse esse tempo a consultar dicionários, saberia que "encapuzados" está correctíssimo, tal como estaria "encapuchados". "Encapuçados" (como ele julga que se escreve) é que é muito duvidoso que esteja certo. Se não se quiser consultar dicionários, há sempre outra maneira: seguir a lógica e compreender que este adjectivo vem do substantivo ("capuz" ou "capucho") ou do verbo ("encapuzar" ou "encapuchar"). Também existe "encarapuçado" (vem de "carapuço" ou "carapuça"), embora possa não ser exactamente a mesma coisa. "Capuço" é que não e, portanto, "encapuçado" não me parece que possa ser palavra correcta (e o meu dicionário também acha que não).

A vantagem vai, pois, para o tal "bom povo semi-analfabeto que (...) aprende que «encapuçados» se escreve com Z" (sic). O leitor do Abrupto talvez devesse tentar outra especialidade, que em Linguística não vai lá. Falta-lhe, pelo menos, o essencial: a humildade de confirmar as suas teorias nas fontes disponíveis antes de abrir a boca para dizer baboseiras.