sexta-feira, 2 de maio de 2008

Um dia em Hong Kong






Foi tumultouosa mas não violenta a passagem da chama olímpica por Hong Kong, a primeira em território chinês. A polícia deteve 20 pessoas durante a passagem da tocha esta tarde, com destaque para a jovem activista Christina Chan Hau Man, que cumpriu o prometido e apareceu exibindo uma bandeira do Governo tibetano no exílio. A actriz e activista dos direitos humanos (?) Mia Farrow ficou retida no aeroporto internacional de HK, e pode finalmente entrar sem que no entanto levasse um aviso escrito, que Farrow não se inibiu de exibir.

As personalidades que transportaram a tocha incluíram os actores Kelly Chen e Andy Lau, o jockey Cheng Man Kit e a campeã olímpica de vela Lee Lai Shan, bem como outras personalidades do ramo dos negócios, política e meio artístico. A tocha foi sempre rodeada de 16 seguranças, e os cerca de 200 mil espectadores mantidos a uma distância segura. Os grupos e associações pró-democracia eram bem visiveis entre a multidão. Verificaram-se confontos, principalmente verbais, entre um grupo cerca de 100 participantes pró-Pequim e um grupo de uma dúzia de manifestantes pró-democracia.

A tocha olímpica chegou a Macau às 22:30 por helicóptero; o percurso foi reduzido das sete horas iniciais para três horas e meia. Entre as personalidades que carregarão a tocha estarão o magnata do jogo Stanley Ho (!?), 13 deputados da AL e ainda Costa Antunes, Jorge Neto Valente e Paula Carion, representantes da comunidade portuguesa. O último será Leong Heng Teng, deputado e líder dos kai fong, a Associação de Moradores.

Quem é Christina Chan Hau Man?

Christina Chan Hau Man tem 21 anos, é natural de Hong Kong e é estudante do primeiro ano de Filosofia na Universidade de HK. No início da semana esta jovem activista anunciou na sua página de acção social Facebook que iria exibir faixas apelando à libertação do Tibete, bem como a bandeira do Governo tibetano no exílio, o que causou preocupação entre as autoridades e fê-la saltar para a ribalta. Qual a motivação desta jovem, que para mais está apenas agora a iniciar a sua vida académica? Quem está por trás de Christina Chan Hau Man?

15 comentários:

Anónimo disse...

CIA? Falung Gong? O Richard Gere e os tipos do clã Gyatso? Que o Leopardo anda à procura de uma cunhazita que lhe conceda a nacionalidade dos Han, não parece segredo... Daí a insinuar que a míuda não tem neurónios ou vontade própria ou que não acredita em outros valores que aquele patriotismo bacoco carregado de bandeirinhas, ja me parece mais grave. Pelas comentários que por aqui faz, o Leopardo é dos que não dá meia tuta pela capacidade de idealizar das novas gerações e sorri mordazmente sempre que um garoto de 20 ou 21 diz que vai mudar o mundo. Talvez sonhem alto, até porque remediar a bela m.... que a sua geração lhe deixou de legado é tudo menos fácil.

Anónimo disse...

Estes jogos Olímpicos foram atribuidos à China na esperança de que seriam um estímulo para que a China começasse finalmente a mudar, nomeadamente no respeito pelos direitos humanos e direitos básicos como a liberdade de expressão, liberdade de imprensa, liberdade religiosa...

Mas o que aconteceu na realidade? Ficou tudo praticamente na mesma, não houve mudanças quase nenhumas e nem o problema do Tibete teve melhorias.

E como responde a China face a estas acusações??

Não misturem política com os jogos Olímpicos!!

Ora isto é de uma hipocrisia que até mete nojo. Senão vejam:

1956 - China boicota os Jogos Olímpicos de Melbourne em protesto pela inclusão de uma delegação de Taiwan.

Até 1980 a China rejeita todos os convites do comité olímpico, alegando a questão de Taiwan.

Em 1980 a China aceita participar nos jogos de inverno em Lake Placid sob condição de Taiwan ser interdita de usar a sua bandeira. Nesse ano, Taiwan desiste e regressa a casa.

1980 - China boicota os jogos na ex-URSS como forma de protesto contra a invasão do Afeganistão.

Portanto não venham com essa conversa de m....

O Leocardo pode até ir na cantiga, pelas razões já mencionadas no post anterior. Mas para quem acredita que os direitos humanos não têm nada a ver com política, mas sim com o reconhecimento da dignidade inerente a todos os seres humanos e seus direitos iguais e inalienáveis, acho que há razões mais que suficientes para protestar contra a situação actual na China.

Esta jovem não fez mais do que expressar livremente aquilo em que acredita. Mas creio que para o Leocardo é dificil compreender isso. Tudo tem que ter motivações sombrias e escondidas, de preferência materiais.

Se calhar também pagaram 5000 pataquitas para a jovem ir para a rua com a bandeira do Tibete...

Anónimo disse...

se a menina for a que esta na fotografia eu nao me importaria de, para citar o leocardo, "estar por tras da cristina"

Anónimo disse...

Acho que em ultima inst�ncia devido � "tenra" idade da menina, devem estar por detr�s da dita gente importante como: pato donald; gato das botas; branca de neve, barbie conspiradora; heidi; pipi das meias altas...e quem sabe a alma sofrida do grande timoneiro arrependido do que fez em vida!

Anónimo disse...

Eu estou como o anónimo das 14.46: também gostava de ser eu a estar por trás da Christina. Ou pela frente, tanto fazia.

Leocardo disse...

Meu Deus tanto açucar consome esta gente...

Anónimo das 12:39: em primeiro lugar obrigado pela imensa diplomacia e Deus lhe dê o dobro daquilo que me deseja. Já agora não aspiro a qualquer outra nacionalidade senão a minha, que não se coloca como qualquer obstáculo à minha vida pessoal e profissional. E você?

Depois deixe-me dizer-lhe que a sua "leitura nas entrelinhas" anda muito pobrezinha. Não acuso aqui a menina de nada, e se por acaso já ouviu falar de uma coisa chamada "senso comum" também V. Exa. se interrogaria o porquê desta jovem de 21 anos aparecer do dia para a noite com bandeiras do Tibete e todo este aparato. CIA? Falung Gong? Richard Gere? Se calhar é a Coca-Cola, só lhe faltava um patrocínio. Já sei, vai-me dizer que estou do lado de Pequim e acho que é conspiração. Muito fácil, não é?

Se calhar o meu caro anónimo mais o leitor que se identifica como Julio não levaram em conta que esta representante da "nova geração" estava sozinha, e completamente sozinha. Será que em Hong Kong, o local mais livre da China (e não sou eu que o digo) não há mais uma alminha entre aqueles 6 milhões que estivesse do lado da Christina neste aparato todo?

Já sei, ela acordou no último Domingo cheia de vontade de ver uma "China livre" e decidiu passar para o outro lado da barricada colocando em risco o seu futuro e a sua carreira académica. A vontade de ver um Tibete livre era tanta que em vez de se tentar colocar numa posição em tivesse alguma voz e algum crédito e pudesse ser ouvida fez uma fuga para a frente, e sem medos! Tem neurónios, sim, mas não é lá muito esperta.

Os srs. provavelmente pensam que isto da pró-democracia é feito pela mais pura das carolices. Se calhar os democratas vendem artesanato na feira ao Domingo para poder patrocinar as suas actividades, ou se calhar vivem da bonomia do resto da população que contribui com uma parcela dos seus vencimentos para a sua causa. Os sectores chamados "democratas" comem do mesmo prato dos outros e o resto é conversa.

Como já disse não acuso a Christina de nada, mas isto da pró-democracia de microfone na mão e punho em riste tem muito que se lhe diga. Basta olhar para o exemplo do Lee Kin Yun (que por acaso também é de Hong Kong), que não faz mais nada na vida. O mais irónico é que se o regime chinês caisse de um dia para o outro os rapazes ficavam no desemprego. Irónico, não?

O melhor mesmo é esquecer então a diplomacia e passar à selvajaria. E na lógica dos srs., quem não está com a Christina Chan - que não representa ninguém nem foi eleita por ninguém para nada - está contra ela. E espero vê-los lá hoje na passagem da tocha por Macau, nos mesmo trejeitos que a menina.

E o julio dá exemplos de algumas situações no passado em que a China boicotou os Jogos e tal, 1956 e 1980. Muito bem. A sua lógica neutraliza completamente qualquer participação da Alemanha ou do Japão nos jogos, devido ao passado de enormes atrocidades que estes países cometeram. No caso da Alemanha ainda pior, já que usaram os Jogos para fazer promoção do regime nazi.

Não se deve misturar política com os jogos, certo? Concordo. Nem se devia usar a passagem da tocha olímpica para tal. Nem para fazer política, nem auto-promoção como o fizeram algumas personalidades de HK e Macau. Como já disse aqui, os jogos aos atletas pertencem, e só aos atletas.

Cumprimentos

C disse...

A promoção dos valores da Democracia é feita como o Leocardo disse e muito bem profissionalmente e não por mera carolice.

Operam para além de fundações norte-americanas para a Democracia em Hong Kong, bem como na RPC Fundações políticas europeias de cooperação, tais como a Konrad Adenauer Stiftung (Fundação) da CDU/CSU alemã, grupo Partido Popular Europeu, ou então a Friederich Ebert, dos sociais-democratas alemães SPD ou do grupo do Partido Socialista Europeu.

Jovens líderes políticos são geralmente convidados por estas instituições a realizar cursos de formação política de uma semana, por exemplo a Berlim, Hotel de 4 estrelas e pocket money.

Anónimo disse...

Segundo percebi, o que o Julio disse é que a China não tem o direito de usar o argumento de que "não se deve misturar politica com os Jogos Olímpicos", pois ela tem feito o exactamente o mesmo ao longo de muitos anos.

Leocardo podia explicar melhor essa sua lógica em relação ao Japão e a Alemanha? Por acaso eles argumentaram o mesmo?

Anónimo disse...

Caro Leopardo,

Julguei que fosse mais expedito. Será possivel que a sua linha de argumentação seja tão primária que quem não apaparica tudo aquilo que escreve, lhe quer partir as pernas ou algo que se pareça? Feito imperador Haile Selassie da Travessa do Balichão, o Leopardo vitimiza-se sempre que a conversa não lhe soa a bajulação. Isto é apenas um reparo e não um ataque pessoal. Ataque pessoal seria dizer que o caríssimo perdeu metada da acutilancia que tinha no seu defunto blog. Mas eu compreendo ... Com quatro bocas para alimentar e com a CTM a passar a pente fino a Internet a expensas do governo, bater a bola baixinho é palavra de ordem. Ou será que o Léu recebe um complementozito ao salário de funcionário público para escrever umas jardas cheias de macieza a favor da Praia Grande e de Pequim?
Já agora - e já que fala de Lee Kin Yun - lembre-se que está vinte mil patacas potencialmente mais rico por causa do estardalhaço que essa cambada de inuteis e paus mandados, como parece insinuar, fizeram durante o ano passado.Pelo posts que aqui colocou ha meia duzia de dias, nao parece muito incomodado com a questao do dinheiro, ainda que ele tenha sido distribuido para que o megafone de Lee Kun Yun nao chegasse a tanta gente. De resto, entre o incipiente campo pró-democracia que existe em Macau e o nacional-porreirismo advogado por uma grande parte dos comentadores deste blog, se calhar até prefiro o primeiro. Esteja quem for que estiver por trás, o mercantilismo e a venda de valores é menos evidente.

Leocardo disse...

Anónimo da 1:02: tudo o que o julio fez foi dar exemplos de como há 52 e 28 anos, respectivamente, a China "mistourou política com os jogos". Ora se isto lhe dá direito a gritar "hipocrisia", e tendo em conta que muito possivelmente nenhum dos então líderes do regime chinês está vivo, porque não pegar em exemplos anteriores? Podiamos ir por aí fora e chegar ao ponto de dizer que se Portugal organizasse os jogos, iamos ter os indios do Brasil ou os landins de Moçambique a boicotá-los. É tudo política.

Anónimo das 1:42: lamento não me inserir no mono-pensamento que muito por aí vigora de que a China e tudo o que lhe esteja apenso são sinónimos de atrocidades ou atropelo dos direitos humanos; ainda para mais quando 99% do maranhal que anda por esse mundo fora a bater o pé nunca esteve na China, nem agora, nem antes, nem nunca, e não faz a mínima ideia do que fala. Se por acaso acha que vou falar mal por falar, que fazendo isso fica-me bem, me faz parecer um democrata às direitas, engana-se.

Não sei se está assim há tanto tempo em Macau, mas se está já devia ter percebido que os tais movimentos pró-democracia não são nenhuns pé-rapados, e que têm o seu preço, e que não correm por gosto. Eu pessoalmente sinto-me terrivelmente desiludido por eles terem a capacidade de fazer muito mais mas vacilarem na hora da verdade. Se andam aí de megafone em punho aos gritos é porque sabem que o podem fazer sem consequências de maior, e já há muito que a fantochada da polícia os levar pelos ombros com eles a espernear e deixá-los ir para casa meia hora depois deixou de me enganar.

Quanto à minha posição não é pró-Pequim, pró-Tibete ou pró-Praia Grande. É a posição de quem acha que cada assunto deve ser tratado em sede própria. E continuo a achar uma hipocrisia sem nome e um aproveitamento funesto que durante os sete anos em que os jogos foram atribuídos a Pequim e o mês passado não tenha havido uma única voz discordante, para aparecerem agora todas a três meses dos jogos, e logo para abandalhar a passagem da tocha olímpica.

Quanto às suas restantes observações, prefiro guardar a acutilância para outros temas. Assim como a maioria silenciosa que no sai para as ruas aos gritos e a tentar actos de vandalismo, apoio os jogos olímpicos em Pequim, desejo que corram bem e acredito na progressiva democratização do sistema. Tudo o que tenho visto ser feito nesse sentido nos últimos dez anos, pelo menos, deixa-me com essa certeza e esse optimismo. Agora quem pensava que a China ia obter a organização dos jogos e deitar o poder à rua para quem o quisesse agarrar, deve ser muito ingénuo ou sonhador.

Em relação às vinte mil patacas penso que se deve estar a referir a outro post ou a seguir um outro raciocínio qualquer. E não, não tento partir as pernas a qualquer tipo de argumento no sentido contrário, V. Exa. é livre de exprimir aqui as opiniões que quiser contando que não recorra ao insulto gratuito. Só não me vai é ver a pedir-lhe desculpa ou a fazer qualquer tipo de retração por pensar da forma que penso.

Cumprimentos

C disse...

Caro Leocardo,

Não se apoquente que tem todo o meu apoio.
Essa malta que grita Dtos Humanos (seja o que isso queira dizer) é a mesma que apoia o Aborto, essa malta que grita hoje contra a China é a mesma que enxovalhou Portugal em 1999.

Recomendo ver o filme sobre os "BOPE" - Tropa de Elite, em que se mostra a dura realidade que a classe média, média abastada e alta brasileiras, são aquelas que estão metidas em MANIFS e as mesmas que alimentam o tráfico de droga. Resumindo e concluindo, comparo-os aos bloquistas e demais como cambada de marginais e hipócritas, armados em Bem, em politicamente correcto, em heróis mas da sarjeta.

Saudações,

Anónimo disse...

Vitó, o seu apoio nao interessa.

Anónimo disse...

Fogo só por causa dela junto-me à causa tibetana....É boa que doi!

Anónimo disse...

Leopardo,

O que me preocupa naquilo que escreve não é que acredite na progressiva democratização do primeiro sistema, porque essa é evidente. Basta que se compare a China da Revolução Cultural à China do socialismo de mercado, para que se perceba que o que existe de comum entre ambos é uma série de premissas antigas a que se vai puxando o lustro de cinco em cinco anos, com fórmulas como a da sociedade harmoniosa ou a do desenvolvimento cientifico. O que me preocupa é que tente sintetizar todas as coisas à imagem e semelhança de Pequim, quando o que Macau deve valorizar acima de todas as coisas é um ténue legado do pensamento ocidental que consagra coisitas como a liberdade de expressão, de informação e de pensamento.
Há quem não se importe de abdicar delas. Eu importo e nem sequer pertenço aquela tal geração dos mil direitos adquiridos que germinou com o "Avril au Portugal".
Pelo que se depreende das suas palavras, as tais associações pró-democracia trazem a reboque uma farsa: são elas próprias um artefacto ao serviço do sistema e das forças instituidas ou, pior ainda, não são mais que mercenários a soldo de interesses que pouco dizem às gentes de Macau.
Que sejam! Desde que tenham garantias e a possibilidade de exprimir o que têm a exprimir sem sofrer represálias. Quando acusa que a miuda de Hong Kong - que por acaso ate estuda filosofia e como tal até é capaz de gostar de se dar um tanto ou quanto ao raciocínio - integra essa tal clube de mercenários, não só reduz a nada a individualidade da rapariga, como institui como mácula o facto de se pertencer a alguma coisa que não as capelinhas que rezam as boas graças da RPC.
Nao tenho nada contra a presença da China no Tibete (apesar de já lá ter estado e de não ter encontrado um único tibetano feliz com a presença dos irmãos Han)e partilho consigo a ideia de que há muito boa gente a falar do Tibete por esse mundo fora sem o coneguir apontar num mapa. O que me preocupa na sua filosofia, como lhe disse,é que cada vez mais coloque China, Macau e Hong Kong no mesmo saco, quando a farinha a nível algum se mistura. Gostava muito de poder continuar a viver num lugar onde as pessoas pudessem protestar pelo que quer que seja, desde os direitos dos tibetanos aos direitos das minhocas utilizadas na permacultura.Por mais sórdido que seja a razão do protesto, este deve ser um direito, porque se este existe e se existe sem contingências, o tal de "segundo sistema" persiste. Quando vêm a lume noticias que dao conta que varios residentes do territorio foram conduzidas às esquadras de Macau só porque vestem de forma menos ortodoxa ou quando sao presas pessoas por escreverem comentários na Internet, é sinal que algo vai mal no Reino da Dinamarca e que o tal de segundo sistema, o que nos torna diferentes da malta dali de Zhuhai, está mais do que doente.


NB:O que faremos no dia em que os cometarios do VRC, inflamados de patriotismo luso, sejam vistos como subversivos? Desamparamos a loja e juntamo-nos a ele no degredo português?

C disse...

Ao Anónimo último,

Subversivos não serão, porque não se pretende depor nenhum poder instalado.
Macau já não é território soberano português e ponto final, esta é a realidade. Mas não há que misturar, confundir a realidade e toda a sua acção com o plano dos sonhos pessoais, que é a quimera de um dia Macau voltar a ser português. Se tal coisa nunca for possível que nos pautemos pela cooperação com a China e apoio à preservação da Lusa presença em Macau.