A visita do presidente chinês Hu Jintao ao Japão tem sido marcada pela diplomacia e pelas intenções do estreitamento com o país do sol nascente, depois de anos de costas voltadas por razões históricas. Hu Jintao discursou ontem na Universidade de Waseda, em Tóquio, perante uma plateia repleta de estudantes japoneses.
No seu discurso aos estudantes, Hu reiterou que o facto da China ter o maior exército do mundo não implica qualquer tipo de ameaça ao Japão, ou qualquer outro país do mundo, e reafirmou que "a China e o Japão são parceiros, e não inimigos", ao mesmo tempo que agradeceu os empréstimos a baixos juros que o Governo japonês fez à China nas útimas décadas; "a China não vai esquecer a forma como o Japão ajudou ao seu desenvolvimento de alma e coração", afirmações que receberam um coro de aplausos.
As relações entre a China e o Japão andavam tensas nos últimos anos, depois da insistência do ex-primeiro ministro Junichiro Koizumi em prestar homenagem aos soldados japoneses no polémico santuário de Yasukini, onde se encontram depositados os restos mortais de alguns criminosos de guerra do império. Hu referiu-se ao passado histórico entre a China e o Japão como "triste", e proferiu uma afirmação tocante: "a História é rica em sabedoria, e lembrá-la não é fomentar o ódio, mas é como olhar para um espelho e contemplar de frente o futuro".
Mais do que uma operação de cosmética, ou a falsa questão do empréstimo dos pandas, esta visita de Hu Jintao ao Japão é mais uma prova de que a diplomacia pura e dura é a forma correcta de aproximar os países, deixando de lado a retórica ou os ódios viscerais que são tão inimigos do progresso. A postura de Hu Jintao tem sido, a todos os níveis, um sinal de mudança e aposta na modernidade. A China e o mundo agradecem.
3 comentários:
Pois, pois....
É que não convém que nas olimpíadas quando atletas japoneses receberem medalhas de ouro , a bandeira nipónica subir mais alto e o hino japonês fizer-se ouvir, que também se façam ouvir os assobios da populaça a destilar todo o ódio anti japonês que tem sido ensinado a todo o povo chinês nestas últimas décadas.
Se eu aceito que chineses idosos tenham uma péssima imagem dos japoneses, ja o ódio por parte dos jovens me parece não passar de uma enorme lavagem ao cerebro efectuada pelo regime.
Porque se os chineses têm razões de queixa devido a factos históricos, tambem o terão os filipinos, indonésios, malaios, singaporeanos e por ai fora.
E nestes paises eu não vejo as demonstrações de ódio anti japonês por parte da populaçao.
Enfim, diferenças de regime...
E quando as olimpíadas acabarem volta tudo ao mesmo e a lua de mel sino-japonesa desfaz-se.
Meu caro contraditório, penso que o presidente Hu Jintao (ainda) não pode controlar a opinião de 1300 milhões de chineses, mas no entanto congratulo-me que, em nome da China, pacifique as relações entre os dois países.
Quanto à questão das medalhas penso que se trata de uma falsa questão; não há dúvidas que a China vai ganhar mais medalhas de ouro que o Japão, e de longe.
Quanto aos países que refere, se não viu as manifestações anti-japão na Coreia do Sul então não prestou a devida atenção. Quanto a alguns dos outros países que refere, dependem tanto da ajuda nipónica que nem lhes passa pela cabeça fazer barulho. Ninguém reclama de barriga cheia.
Cumprimentos
Concerteza que a China vai ganhar mais medalhas que o Japão, mas o Japão tambem vai ganhar algumas, não acha?
Quanto á Coreia do Sul, a história é diferente, pois a Coreia foi uma colónia japonesa de 1910 a 1945. Estamos a falar de uma história de colonização e não de atrocidades cometidas durante a 2ª Guerra Mundial, á semelhança de Taiwan.
e em Taiwan eu não vejo manifestações anti-japonesas, muito pelo contrário.
Quanto a ajuda que diz que os paises que eu referi recebem do Japão, lembro-lhe que a China tambem a recebeu durante os anos 70e que o Japão é dos maiores investidores na China e que empresas japonesas empregam milhares de chineses.
Não creio que eses paises estejam mais dependentes de dinheiro japonês do que a China
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