terça-feira, 29 de julho de 2014

Islamização: a imposição do mito


Cristãos e muçulmanos celebram juntos a Primavera Árabe na Praça Tahir, Cairo, Egipto.

Abordei aqui no Domingo o tema da Islamização, mais precisamente o receio de que o continente europeu - onde o Islão se instalou praticamente desde o seu aparecimento e nunca o abandonou por completo - esteja ameaçado no que toca às suas liberdades, à sua cultura, e ao seu modo de vida. Acontecimentos recentes como a nova investida de Israel contra o Hamas ou o genocídio de cristãos no Iraque têm levantado uma onda crescente de animosidade contra o Islão em geral, muito por culpa de algumas imagens divulgadas nos média (nem todos de credibilidade acima de qualquer suspeita), que nos mostram decapitações, corpos ensanguentados, gajos de barba com aspecto ameaçador, o suficiente para os apologistas do "demónio do Islão" virem por aí fora e gritarem "lobo". O que seria se o tal avião da Malaysia Airlines fosse abatido por rebeldes islâmicos, e não separatistas ucranianos. Achei por bem fazer uma adenda ao artigo de Domingo, e mesmo assim não ficará sequer perto de abordar a temática na sua totalidade, tal é a sua complexidade. Pena que nem sempre a abordagem seja no sentido de encontrar as causas, e tantas vezes se opte pela via do segregacionismo e da rejeição completa de uma cultura, que quer queiramos quer não, precisará eventualmente de ser integrada na nossa. Agora depende apenas de nós se queremos isto feito de forma pacífica, ou se preferimos a escalada do ódio e da xenofobia.


Para as contas dos "islamófobos", pouco importam os negros que habitam, por vezes na totalidade, os bairros de lata - desde que não sejam muçulmanos, claro.

Vou começar por contar um episódio que aconteceu comigo no início dos anos 90, teria eu uns 15 anos. Um Sábado de Agosto fui ver um filme no velhinho cinema Quarteto, na sessão das 18:30, e no fim dei um "esticãozinho" até ao terminal de Entre-Campos, uma caminhada sempre agradável debaixo do fresquinho Verão lusitano. Aí apanhei o autocarro das 20:30 para Sacavém, onde nos arredores se situava a minha "segunda morada" na altura, ou algo assim, uma viagem de pouco mais de meia-hora. Nesse dia estariam dois terços do autocarro cheio, não ia ninguém de pé, mas o facto que mais me chamou a atenção foi o de ser o único passageiro branco. Já tinha reparado na animada conversa em crioulo no banco de trás, na senhora negra ao meu lado que olhava fixamente para a frente, como se tentasse evitar o contacto visual comigo, e o próprio motorista, um senhor mestiço, de bigode, na casa dos 50 anos, bem simpático por sinal, se bem que de poucas palavras. Nas duas ou três paragens antes do meu destino não saiu ninguém, e numa delas entraram mais dois passageiros, ambos africanos - ou descendentes de africanos nascidos em Portugal, não sei precisar, pois a certidão de nascimento não é um requisito para se apanhar o autocarro para Sacavém. Cheguei a casa já perto das nove e meia, e depois de ver um pouco de televisão sai para beber um copo e jogar matrecos com a malta do bairro. Podia ter optado por ficar no quarto atrás da máquina de escrever criando a minha própria versão do "Mein Kampf", questionando-me: "serão estes sacavenenses?", mas não me apeteceu.


Segregação: ontem, hoje e amanhã, sempre presente. Sejam negros, judeus ou muçulmanos.

Ninguém se incomoda ou alguma vez se incomodou muito com os bairro de lata nos arredores de Lisboa onde habitavam e habitam os imigrantes oriundos das ex-colónias africanas, ou de outros países desse continente, ou falou de uma eventual "africanização" pelo facto destes bairros serem inteiramente, ou quase, habitados por africanos. Estes são na maioria operários ou vendedores ambulantes, e vivem em autênticos "guetos" onde falta por vezes a luz eléctrica e a água potável. Não contam porque não se impõem, pois não têm dinheiro ou outros meios para fazê-lo. Quando mandam os filhos para a escola, estes vão para o ensino público, juntamente com crianças brancas, ciganas ou asiáticas, se as houver, da mesma área de residência. Pelo contrário, se a comunidade islâmica, composta por comerciantes que fazem questão de ter alguma qualidade de vida, cuidam que se mantêm algumas tradições trazidas dos seus, países de origem, seguem a religião, e todos os restantes pressupostos desde que não sejam contra as leis do seu país de acolhimento, isto torna-se "um problema", e fala-se logo de "islamização". O que posso mais entender desta lógica a não ser que um imigrante será sempre aceite desde que se remeta à sua situação de coitadinho e miserável, e não ouse sequer pensar em organizar uma comunidade onde possa pelo menos "matar" saudades de casa? Isto seria o mesmo que obrigar a comunidade portuguesa em França a comer bacalhau apenas no Natal, e tudo dependeria do nível de desconforto que os franceses sentiriram por eles.


Vegetarianos: os únicos que têm legitimidade para criticar qualquer método de chacina de animais.

O lado mais visível desta "islamização" que nos querem impôr como sabor da semana em matéria de pragas, vírus, pestes e outras ameaças é o lado visível: o das mesquitas, das lojas, dos bairros onde predomina o comércio e a arquitectura islâmica, e a partir daqui, o que "nos impõem". Aí entra a questão das diferenças culturais, e mais recentemente a polémica relacionada com o abate de animais segundo os rituais islâmicos - que curiosamente coincidem com os judaicos, o que deixa aqueles que apoiam o zionismo apenas como contraponto do islamismo meio baralhados. A notícia mais recente dá conta da proibição do abate de animais pelo método "halal" na Dinamarca, uma vez que a legislação local impede que os animais estejam conscientes no momento em que são degolados. Conscientes ou não, que diferença faz? Isto só nos leva a concluir que numa sociedade onde a maioria seja vegetariana ou "vegan" e as leis adaptadas a essa maioria, seja proibido consumir carne de todo. E se nos apetecer um bife ou um frango assado, ou até uma feijoada, onde o cadáver resultante da chacina se confunde no meio dos feijões e da couve? Somos uns "animais", "barbáricos" e "desumanos", é isso que somos. Rejeitar uma cultura diferente é habilatarmo-nos a que outra cultura ainda mais evoluída que a nossa nos considere passíveis de rejeição, também. E quem gosta de ser rejeitado?


Os talibã: é disto que têm medo? Têm visto muitos assim no autocarro? Na escola? Nos jardins públicos?

Tudo bem, estou aqui a apelar à compreensão dos hábitos culturais de uma cultura que consideramos inferior à nossa, ou de características "medievais", que não atende a princípios que são tidos como uma conquista da nossa civilidade, e cuja aceitação consideramos um passo atrás nesse progresso, um regresso ao passado. Para fundamentar estes receios, usamos exemplos de países de onde estas pessoas são originárias, onde vigora uma política da intolerância, do ódio, e onde o respeito pela diferença e o mínimo dos princípios da piedade e da misericórdia são ignorados porr completo. Claro que falo aqui dos principais bastiões do Islão, onde se pratica a "sharia", a lei islâmica, conhecida pela sua interpretação rigorosa e restrita do Islão, ou seja, seguem escrupolsamente um livro que foi escrito no tempo em que não existia electricidade, água potável , telefone ou jogo do Bingo - o cenário é mais ou menos aquele que seria se nas sociedades cristãs seguissemos a Bíblia. O exemplo mais extremo é o dos talibã, seita que leva este princípio ao extremo de proibir a música, a dança, o humor e a higiene pessoal mais básica. Segundo os apologistas da "ameaça" que representa a Islamização, é isto que nos vai acontecer se não fizermos algo que detenha esta imposição da barbárie. Para que possamos agir antes que seja tarde demais, duplicam e triplicam os números reais das estatísticas que para eles significam que estamos em vias de acordar um dia numa república islâmica:

- "Meu amor, onde é que estão os meus ovos com bacon?"
- "Bacon? Então não sabias que o ayatollah proibiu qualquer produto derivado dos suínos quando tomou posse ontem à tarde no lugar do nosso primeiro-ministro?"
- "Ah sim, já me lembro, agora cala-te, não sejas insolente senão levas com o chicote".



Mesquita de Tsim Sha Tsui, Hong Kong. É grande, imponente, fica no centro de Hong Kong, está ali há trinta anos. Qual é o problema?

Ninguém pensa por um segundo que estes imigrantes oriundos de países árabes onde não existe liberdade de culto, e onde se responde por crimes como a blasfémia, a apostasia ou o adultério sob o risco da pena de morte venham para o Ocidente um bocado fartos de tudo isso, e que procuram apenas um sítio onde possam ganhar a vida sem que ninguém os chateie. Mesmo que se mantenham fiéis à sua religião não vão certamente querer impôr os seus aspectos mais controversos, e quem sabe a razão pela qual deixaram o seu país. Escrevo para quem quiser ler, mas não posso deixar de ter em mente uma pessoa que tem como lema de vida "quem está mal muda-se", e é a ele que pergunto: se estes tipos estão bem onde estão, e aprovam o tipo de conduta que para nós é abominável, porque mudam? Se estiverem bem onde estão, e forem bem vistos pelos manda-chuvas do estado clerical que estrangula as liberdades individuais dos cidadãos desses países, certamente que ficariam muito mais felizes espezinhando os restantes no seu país do que tentando impôr do nada o mesmo modo de vida noutras paragens, onde existem leis e autoridade que os detenham.


Radicais islâmicos em Londres: se os empurram, é possível que eles empurrem também - são apenas pessoas.

O problema de muitos islamófobos é conhecerem poucas pessoas "normais". Entenda-se por "pessoas normais" quem tem outras prioridades na vida que não a religião, a salvação, o paraíso, as quarenta virgens ou tudo o que apenas fica acessível após pifar, bater a bota, ir desta para melhor. Existem mil milhões de muçulmanos em todo o mundo, e fossem todos uma "ameaça", como dão a entender os partidários da "Islamização", já tinhamos tido uma guerra santa, em que eles teriam saído vencedores. De facto uma das características que distingue o Islão das crenças ocidentais é o apego aos princípios da sua religião: não comem carne de porco, não bebem álcool, e talvez sejam um pouco mais contidos nas palavras e nos actos, mais humildades, ou até desconfiados, mas é claro que isto não serve de regra para todos. Veja-se o caso da comunidade indonésia em Macau, a esmagadora maioria composta por mulheres, quase todas elas islâmicas. Vestem-se como querem, comportam-se muito aquém do que é rigosoramente declarado na sua religião, e casam com homens não-muçulmanos, sem que nenhum dos dois se precise de converter a nada - o BIR vale mais que a fé, se quisermos colocar a questão nestes termos. O que quero dizer no fundo é que tal como existem católicos não praticantes, há também muçulmanos não praticantes. É só conhecer alguns para perceber isto, em alternativa a fugir deles com receio que puxem da cimitarra e nos cortem a nossa cabeça de "kaffir".


Situação precária, a dos cristãos no Iraque. É isto que queremos fazer com os muçulmanos na Europa?

É óbvio que não aprovo o que se passa em países como o Iraque, Irão, Paquistão, Afeganistão e outros onde as liberdades são atropeladas em nome da religião, mas também não é difícil de entender que estas práticas são levadas a cabo por elites, e têm fins políticos. Não me tentem convencer que alguém nasce terrorista, ou que existe um gene em certos povos que os predispõe a amarrarem-se de explosivos e rebentarem pelos ares. Os "mártires" do Islão não passam de vítimas do sistema onde, coitados, nasceram e lhes foi dada uma lavagem cerebral tamanha que não foram capazes de distinguir o certo do horrivelmente errado. Não sei se recordam o incidente com aquele jovem nigeriano que foi detido durante um voo de uma companhia norte-americana e lhe foram detectados explosivos na sola dos sapatos. Este era um jovem problemático, frustrado, assolado por um complexo de inferioridade e com uma auto-estima tão baixa que foi seduzido por promessas de martírio, heroísmo, fama, virgens no céu à sua espera, etc. São estes indivíduos mesmo maus, ou apenas fracos e facilmente manipuláveis? Se isto serve para jovens que reagem à rejeição juntando-se a más companhias e depois se metem na droga, porque não serve para estes? Se injecta para a veia como resposta ao isolamento e à solidão é um marginal miserável que mais vale cuspir em cima, mas se decide rebentar num centro comercial, é um perigoso terrorista, e todos parecidos com ele dão também potenciais bombistas-suicidas?


Muçulmanos franceses apelam à "sharia". Parecem chateados. Pudera, pedindo a "sharia" pode ser que pelo menos os deixem em paz.

E isto leva-me à questão da integração. Se os filhos dos muçulmanos, nascidos no pais de acolhimento dos pais, que adquiriram a cidadania de uma forma limpa, e estão perfeitamente inseridos no mecanismo da sociedade, não se sentirem integrados, há uma tendência natural para que se dispersem. Agora uma dúvida, em forma de pergunta que deixo no ar: os jovens muçulmanos de segunda e terceira geração, nascidos nos países ocidentais que assumem uma posição radical, mais ainda que os pais ou avós antes de emigrarem, são aliciados por quem? Portanto: 1) teme-se uma escalada do fanatismo islâmico na Europa; 2) os veículos desse fanatismo são na maioria descendentes de uma primeira vaga de imigrantes, que se radicalizaram; 3) apontei no parágrafo anterior uma possível causa: dificuldades de integração na sociedade do país onde nasceram, que os rejeita; 4) a tendência é para que o fanatismo suba de tom, e a resposta mais adequada segundo alguns é mais descriminação. E onde vão buscar eles a motivação? De onde parte a retórica que vais servir de base de sustenção deste fanatismo? Não dos pais, que como já se viu estão plenamente integrados, então de quem? Exacto, de quem mais tem a lucrar com tudo isto, os grupos extremistas sediados nos tais países que rejeitamos por serem anti-democráticos e pouco civilizados, mesmo apenas coexistindo com o nosso modelo de sociedade ideal. E não estaremos nós a fazer muito pouco para evitar que células desses grupos extremistas recrutem cidadãos que como nós são também europeus de pleno direito?


Crianças muçulmanas inglesas, apelando não à "sharia", mas o fim do racismo e da xenofobia.

Como se pode ver, é mais fácil fomentar o ódio do que apresentar soluções para o problema. Aqui entram os grupos tradicionalmente xenófobos, que à pala desta islamofobia recrutam pessoas até com alguma inteligência e discernimento, mas inebriados com uma "ameaça" que está longe de adquirir as dimensões que lhes são dadas a acreditar, temem a ameaça ao seu estilo de vida tradicional, ou o dos seus pais e avós - por vezes até chegam ao ponto de se esquecer do facto de que o mundo evolui. Para estes grupos, normalmente alinhados com a extrema-direita ou a direita conservadora, os muçulmanos tornam-se um alvo fácil, quer pela má publicidade dada pelos média, quer pelas acentuadas diferenças culturais, quer pelo aspecto exótico de alguns seguidores do Islão. É preciso não esquecer também que é mais fácil atirar pedras a um velhinho de barba e sandálias que volta da mesquita do que a um preto ou um cigano, que pode resultar em retaliação e respectiva carga de porrada aplicada nos cornos, ou num chinês, e depois lá ficam eles sem uma alternativa barata para comprar uma prenda à namorada no Domingo em que comemoram o aniversário, mas são tão broncos (e tesos) que se esqueçeram da data. A estes pouco importa de onde são os imigrante, ou naquilo que acreditam: querem-nos dali para fora e ponto final. Pegando nos números que apresentei no artigo de Sábado, que dão conta de um facto importante e grave, de 85% dos nascimentos na Europa nos últimos 20 anos serem de filhos de imigrantes. Sem crescimento populacional, o que propõe fazer quando forem precisos braços para trabalhar enquanto vocês "curtem" o modo de vida que tanto querem preservar mas sem aturar putos? Que tal o regresso da escravatura? Dava jeito, não dava? Certifiquem-se é que os escravos não se reproduzem ou se integram, e depois de os usar os mandam de volta à selva.


Tão amigos que eles são...

E esta história do barril de pólvora que é o Médio Oriente ter causas religiosas ou étnicas é uma treta em que só os inocentes acreditam. Os norte-americanos invadiram o Iraque com o pretexto de que ali existiam armas de destruição maciça, quando todos sabemos que era o petróleo que tinham em mente, e não a "libertação do país oprimido por um ditador sanguinário" - mesma desculpa que usaram para invadir o Afeganistão ou para embirrar com o Irão, ou que a Venezuela de Chávez usou para se opôr aos Estados Unidos. Se têm a mente os valores da democracia, da liberdade e tudo isso, o que os impede de intervir na Arábia Saudita, que é apenas o país onde o extremismo islâmico mais se faz sentir, e onde a "sharia" aplica penas como a amputação da mão direita para os crimes de roubo, ou da cabeça para o adultério, e ainda persistem práticas de execução e tortura medievais? Perguntem a qualquer ocidental imbuído deste preconceito alimentado pela ignorância se seria capaz de viver num país islâmico, e ele responderia "nem pensar". Depois acenem com um contrato de trabalho no Dubai, com um ordenado chorudo, e vão ver se ele reconsidera ou não. No Dubai pratica-se outra das formas mais rigorosas da "sharia", e muitos foram os estrangeiros que por "distração" sentiram na pele aquilo que outros apenas temem. Sim, e o Dubai fica nos Emirados Árabes Unidos, outra nação exportadora de petróleo onde os nossos amigos americanos acham bem não interferir.


Se escolherem não ter religião, óptimo, mas no caso de optarem por uma (carências afectivas?) não sejam totós: portem-se bem e sejam amigos, f...-se!

Ninguém escolheu o país onde nasceu, a sua nacionalidade, etnia, cor, e até religião, e afortunados os que como eu puderam optar pelas que existam, ou então por nenhuma. Valorizamos estas conquistas que tanto nos custaram a obter, como a liberdade de expressão, de culto, de escolha, enfim, somos uns privilegiados. O que não nos podemos dar ao luxo é de rejeitar alguém que à partida não teve a sorte de, como nós, gozar destes direitos, e que agora tenta recomeçar num ambiente que para ele é hostil, talvez como ele próprio é também "hostil" aos nossos olhos. É para isso que se fala do diálogo inter-cultural, e estender uma mão é sempre mais convidativo do que fazer com ela um gesto de repúdio, de rejeição. E isto serve para todas as culturas. Se não aceitamos ser catalogados à partida como portugueses, chineses, cristãos, protestantes ou muçulmanos quando nos encontramos num ambiente diferente do nosso, não devemos fazer o mesmo com quem nem sequer abriu a boca para nos julgar, condenar ou impôr o que quer que seja. As imposições normalmente chegam quando já não há possibilidade de diálogo e de entendimento. Pensem mais nisso, e menos nos pontos percentuais que "esticam", e com que justificam esta paranóia sem sentido.


2 comentários:

Anónimo disse...

Oi pessoal de Macau! Sou do Brasil e estou supreso em descobrir que do outro lado do mundo tambem se fala português, um abraço a todos. A llingua nos uni !

Anónimo disse...

Bravo, bravissimo! Totalmente de acordo.

Aquele homem não joga com o baralho todo mas ao menos tem alguma coisa com que se entreter.